Boas,
Como o título indica, chegou aquela altura do ano (de preferência a ocorrer todos os anos) em que temos de desfazer o "trabalho" que o mar tem realizado no casco do nosso barco 24H/DIA todos os dias desde que entrou na água pela última vez, isto como é obrvio, aplica-se a barcos que estão sempre dentro de água.
A minha ideia inicial seria relatar todo o trabalho que tive até o mesmo estar concluido e o barco novamente dentro de água.
Mas, como sou maçarico, é aliás a primeira vez que vou fazer esta operação, optei por lançar o tópico antes do trabalho feito e desta forma tentar obter dicas e ensinamentos gratuitos
da malta mais experiente e disposta a contribuir para este tópico, antes de eu fazer asneira...
O primeiro passo foi retirar o barco da água, este processo foi bastante rápido e simples pois já não era a primeira vez que o fazia e já sabia exatamente como proceder.
A partir daqui, tudo será uma nova experiência.
O normal, nestas situações, é deixar o barco encalhado dentro do porto de abrigo, tinha até já combinado com o dono da oficina oficial Honda para me disponibilizar água e luz para fazer a lavagem, mas num segundo pensamento, decidi levar o barco para casa, na Benedita.
Os motivos foram vários, aponto dois:
- a distância cerca de 30km até á Nazaré e o facto de ter de trabalhar durante o dia ía me deixar pouco tempo de luz para trabalhar no barco.
- por ser a primeira vez, não sei ao certo quanto tempo leva esta operação o que ía resultar num numero incerto de deslocações chatas à Nazaré.
No sábado retirei o barco da água, pela enchente do final da tarde e lá fiz a morosa viagem de volta com o barco atrelado.
No Domingo iniciei os trabalhos com uma lavagem a jacto de água.
Ficam umas fotos do antes, com os dois piores sitios, o transdutor de popa (não admira que já andasse com dificuldades em sondar) e a base inferior do trim, que devido às saliencias foram os unicos sitios onde o mexilhão agarrou.
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À passagem do jacto de água, parecia que estava a utilizar um apagador, a "nata" vermelha desaparecia que era um mimo, mas atrás ia saindo também partes do anti-vegetativo e surge a primeira questão;
"Será normal sair tanta tinta na lavagem?!" Deixo a resposta para quem souber mais do que eu...
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Após esta passagem ía ficando algumas cracas que também saíram facilmente com a ajuda de uma espátula metálica.
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O pior mesmo, foi arrancar os mexilhões, trabalho que não consegui concluir e será o passo seguinte da minha abordagem.
Deixo ainda um pensamento, a fácil remoção das algas vermelhas, apenas com a passagem do jacto de pressão água, terá algumas coisa a ver com o facto de estarmos no verão e as algas ficarem mais "maduras"?!
Como é natural, a cada desenvolvimento na limpeza, aproveitava para ir inspecionando o casco mais ao pormenor, foi nesta fase e após ler uns artigos sobre manutenção de cascos, nomeadamente este, Não está autorizado a ver ligações.
Registe-se ou
Entre , do nosso companheiro Ernesto, que me apercebi e mentalizei que tenho de fazer uma manutenção profunda, ou seja, lixar todas as camadas de tinta anti-vegetativa e primário até chegar ao casco e de seguida fazer o tratamento completo como se fosse a primeira vez.
As aulas teoricas, sucederam-se com a leitura de vários artigos espalhados pela net e com um telefonema ao "stôr" Ernesto, que mais parecia um curso intensivo, tal foi a quantidade de informação técnica e prática que absorvi.
Ao Ernesto, quero aproveitar para agradecer a disponibilidade, é impagável.
Agora é aquela altura em que podem mandar uns "bitaites", quer seja acerca do processo propriamente dito, seja das tintas ou restantes materiais, tudo será tido em consideração.
não percam as cenas dos próximos capitulos