Prancha com motor - distância legal da costa

[ricky3]

Estava eu descansando ontem á tarde em Sesimbra,entre a fortaleza e as rochas,com a minha Maria,a pescar a uns 60/70 metros, não mais que isso,quando passa um artista numa daquelas pranchas com motor por baixo e apanha o fio, que resultou em cana e carreto na areia,por sorte só partiu o fio,pois o carreto enterrou-se parcialmente e fez com que estancasse antes de entrar na água.
Já tinha passado para lá,mas mais longe, quando regressou vinha mais perto e parece que fez um pião para, propositadamente,apanhar o fio...foi mesmo a impressão com que fiquei.
Ainda mandei vir com ele,o gajo parou,tirou o fio que levava agarrado e nem uma nem duas, desapareceu.

Qual é a distância que estes indivíduos devem(deveriam) respeitar em relação á linha de água?

[Nelson Peres]

Não sei se há distância legal mas devia de haver respeito para com os outros ! E que chegaram primeiro !! Infelizmente todos levamos com esse tipo de situações. Surfistas, barcos, etc, etc... Conseguem estragar o dia a um gajo. Há poucos dias, com KMS de praia uns surfistas decidiram surfar á minha frente , depois percebiam que eu continuava a lançar, lá se iam desviando mas no calor das ondas lá voltavam para a minha frente...

É um dia estragado, se um gajo acerta com um chumbo mata um gajo daqueles...mais vale abandonar.

[Beto_Manja]

Boas,

Uma prancha a motor não sei se pode ser equiparada a um barco mas, se for, deve resguardar uma distância mínima de 1/4 milha (cerca de 450m) a não ser que pretenda efetuar a manobra de "abicar" (encalhar na praia), neste caso, deve fazer a aproximação perpendicularmente à praia.

[PedroS]

Eu acho que há uma certa atracção pela molhada...
Já todos experenciaram que, chegados à praia, escolhemos um local mais isolado e colocamos o nosso chapéu de sol. Pouco tempo depois já não estamos sozinhos e são já vários os chapéus por perto.

Na pesca é a mesma coisa... o meu problema não tem sido com barcos ou surfistas, mas com banhistas mesmo. Estamos já fora da época balnear, mas mesmo assim, tento estar longe deles. Eis senão quando, normalmente já com as linhas na água, lá vem um ou dois, tomar banho perto ou mesmo à minha frente.
Falo calmamente com as pessoas, mas não percebem, ou não querem perceber.

Penso mesmo que o que existe é uma sensação do "tudo é meu", ou "eu tenho o direito de estar aqui".
O respeito há muito que se perdeu, em todo o lado.
Mas nós, pescadores, também não somos o melhor embaixador do respeito... basta ver o lixo que deixamos por todo o lado, o não cumprimento das zonas de pesca, horas, e outras restrições.
Tenho feito algum trabalho pedagógico quando enceto conversas com companheiros da pesca, e do que me apercebo, muito poucos são os que conhecem os seus direitos, e sobretudo os seus deveres, ou então, não querem saber...

[ricky3]

Concordo com o companheiro PedroS,pois também tenho experienciado situações com os banhistas...o sentimento é como que de ostentar o "eu tenho o direito de estar aqui",chega mesmo a ser gozo.
Postei esta situação com a prancha a motor porque será menos "normal",talvez.