Percebo perfeitamente o que diz 👍🏻
Um dia talvez faça algumas , obrigado !
Espero verdadeiramente que tente porque se for suficientemente curioso irá perceber como os vários formatos de boia funcionam, em que situações funcionam e o porquê de que noutras situações não funcionam.
A minha primeira boia, feita por mim, na pesca de barragem foi feita de uma caniço (aquelas plantas que nascem junto à água e que dentro do caule tem uma matéria parecida com o esferovite) e posso dizer que é talvez um dos melhores materiais para fazer boias ultraleves, perfeitas para a pesca de barragem.
Quando passei a pescar no mar deparei-me com um problema que até ali nunca tinha enfrentado. Boias partidas, nem uma nem duas mas várias por jornada de pesca e isso começou a pesar no orçamento.
Na altura mudei de boias de balsa para boias de plástico, algumas delas bem caras mas continuava a partir as boias com alguma frequência,
Decidi fazer um torno com um berbequim e comecei a fazer boias de cortiça.
Mesmo que as boias se partissem bastava um pouco de cola e a boia podia voltar ao ativo.
Só que também comecei a notar que algumas vezes a boia funcionava na perfeição e noutras nem por isso.
Tentei perceber o porquê e comecei a fazer experiências.
- Boias com a parte bojuda em cima (mais estáveis seja qual for o mar)
- Boias com a parte bojuda em baixo (mais sensíveis mas também mais "bailarinas")
- Mastro mais comprido em cima (afundam facilmente e às vezes é difícil perceber se é derivado à picado do peixe se é da ondulação)
- Lastro mais comprido em baixo (não são tão sensíveis se não forem bem calibradas e podem ficar "bailarinas")
- Boias tubulares ou tipo caneta (mais estáveis)
- Boias cónicas (mais "bailarinas")
- Boias peão (ideais para este tipo de material)
E comecei a perceber como a coisa funcionava, qual a melhor boia para aquele mar específico e quando usar esta ou aquela boia.
A corticite, na minha opinião, é talvez a melhor matéria para fazer boias tipo peão, já nas boias tipo caneta a coisa não é bem assim.
Uma coisa que as boias de corticite compridas tem é que habitualmente são muito “bailarinas”.
Cheguei à conclusão que este comportamento se deve ao peso da própria boia. Isto é excelente para os lançamentos quando o peixe anda mais longe, mas depois atrapalha na ondulação.
Então virei-me para as boias de EVA compradas no chinês e modificando-as à minha maneira e à gramagem que desejava.
Umas funcionam melhor que outras mas o importante é aprender com os erros.
Contudo nunca deixei de comprar boias nas lojas até porque alguma são demasiado apelativas e pelo preço mais vale comprar que perder tempo a fazer uma cópia de raiz.