Desabafo

[Ernesto Lima]

Boa noite Cláudio Nobre.

O seu artigo, na minha opinião, reflecte o que se passa em quase tudo na vida..., pesca, trabalho, grupos de "amigos"..., enfim, em quase tudo.
Na verdade, o difícil é fazer o que fez..., colocar esses sentimentos por palavras e sujeitar-se aos escrutínios de quem as ler.

Na verdade concordo com tudo o que disse, mas nunca o coloquei por escrito, pela simples razão de achar que não valerá a pena, atendendo a que esse tipo de comportamentos, por bem, ou por mal, são da natureza humana.

Toda a gente quer ser protagonista e muito bom no que faz, só que isto dá muito trabalho, ou seja, pescar bem, trabalhar bem, relacionar-se evitando conflitos, estudar, em vez de copiar, procurar, em vez de ir atrás de quem procura..., etc., dá muito trabalho, mas sempre haverá quem procure colher mais que o que planta..., também uma regra muito animal, coisa que primariamente somos.

Posto isto, sabe o que tenho vindo a aprender a fazer..., a minha pesca, à minha maneira, nas horas que entendo, ou posso, não negando com quem aprendi e passando o que acho saber a quem o quiser, sem me preocupar como o que faz com isso. E sabe porquê? Porque poderá fazer melhor, pior, ou mais ou menos, mas nunca conseguirá fazer como eu, ou sentir-se como eu, enquanto pesco.

Portanto, na minha opinião, acho que deve fazer a sua pesca, relacionar-se com quem muito bem entender e borrifar-se para o resto, colocando esses sentimentos para trás. Isto porque, como análise que permite constatar factos reais, são interessantes, mas fora isso, têm o valor que lhes quisermos dar.

Abraço

Ernesto

[robalinho]

Boas li atentamente o que o Claudio escreveu ,e foi corajoso expor em palavras o que sentia e ao companheiro Ernesto pelo sentimento sincero de quem ja passou e aprendeu com a vida ,com pessoas como vós eu aprendo e cresço como humano e como pessoa,todos diferentes .....

Abraco

[Claudio Nobre]

Este texto são pensamentos meus, estavam cá dentro as voltas à tanto tempo.. finalmente saíram e da melhor forma possivel, acho eu.

Estas palavras são a consequência das derrotas,  sendo talvez a maior dessas derrotas ter compreendido que aquele sentimento de conquista que tinha quando aos 13/14 anos deixei o colo do meu pai e parti à descoberta do meu jeito, da minha arte, quando pela mesma altura ia aos acorrazes com o meu amigo David na esperança de apanhar uma baleia... Esse sentimento morreu, hoje as coisas são o que são.

Por outro lado este texto também é a consequência de vitórias e o exemplo disso é ele próprio, porque para mim, chegar a hoje com 26 anos e ser capaz de me sentar a reflectir sobre tudo isto em vez de pura e simplesmente seguir o resto do rebanho, é mais uma vitória que a pesca me deu.

Obrigado a todos pelas vossas palavras
Um abraço

[Claudio Nobre]

Não gosto nem digo e nem se quer quero pensar que sou melhor que alguém, e apenas por essa razão me levou à conclusão que a melhor maneira de melhorar a qualidade humana é ensinar os meus descendentes o melhor que sei e com todas as forças esconder-lhes as minhas fraquezas.

Obrigado Claudio Nobre.

Obrigado eu Alexandre, a tua resposta diz-me que a minha mensagem encontrou destino.

Um abraço

[Claudio Nobre]

Filipe esta tudo bem, crescer não é doença é a vida...
Sei que o equilíbrio é uma questão de gestão e que as duas coisas me vão trazer a minha paz mais dia menos dia... Nem que seja só por momentos quando consigo tirar prazer daquele sentimento orgânico e primitivo... pescar.

Um grande abraço para ti, espero que esteja tudo bem contigo e com os teus...

[Claudio Nobre]

Muito obrigado Ernesto, não me canso de escrever isto...

É precisamente essa paz que o Ernesto já encontrou que eu ainda procuro, mas mais uma vez à minha maneira... Já não sou a criança que acredita poder mudar o mundo inteiro, hoje não sei bem como me definir mas acredito que consigo tocar no mundo à minha volta.
Quando essa crença desaparecer então será altura de tocar só no meu mundo...

Forte Abraço

[Ernesto Lima]

Viva Cláudio Nobre.

A paz é algo que sempre procuramos, mas olhe que continuo a aprender e a lutar para ir encontrando e mantendo a paz. Parece-me um processo que não acaba, e nesse processo as conversas e o mundo que nos rodeia, podem ser nossos aliados, dependendo da forma como nos enquadramos e relacionamos.

Abraço

Ernesto

[kalvas]

Viva claudio.

Infelizmente nem todos sabem tirar partido daquilo que realmente importa.
Isso é a condição humana.
Lamentavelmente são os exemplos que mais presenciamos.

Um abraço.


Deixo-te aqui um link duma canção que gosto bastante e que fala um pouco disso.
Aliás foi a letra que me fez questionar esse teu assunto.

E são tantas que nos rodeiam ...

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[Rauven]

Como eu te compreendo Claudio!!!
Força ai companheiro!!

[canivete]

Olá Claudio esta é uma casa propicia a desabafos no bom sentido,mas cabe a nós enquanto seres humanos como diz o seu post denunciar e combater essas atitudes,quanto á competição,que tipo de competição?A de natureza desportiva é bem vinda essa já é um veiculo de combate a tudo o que menciona no seu texto.


cumpts



Manuel Matos

[joao.pereira]

excelente texto. Subscrevo inteiramente!