Retomo a conversa para dar mais uma "achega" e reconsiderar um argumento que usei...
A argolagem poderia danificar o verniz (alguém que "limasse" o passador), mas o inox devia resistir sem verniz - não estamos a falar de proteção por cromagem, estamos a falar de passador totalmente em inox.
Quem vive perto do mar sabe que muito pouco resiste ao tempo. Mesmo com todos os devidos cuidados inox, alumínio, etc.. é tudo uma questão de tempo.
Há um tipo de inox ( não sei qual ) que é usado nas embarcações, esse sim muito bom.
Verdade. Tal como referi, há vários tipos de aços inox, com teor em crómio substancialmente diferente e consequente resistência à corrosão consideravelmente diferente.
Também é verdade que a água salgada é tramada e a corrosão é inevitável.
Mas há passadores em que "nada acontece" durante muito tempo...
Quanto ao aço do barco. Provavelmente um inox de melhor qualidade. Mas há outros fatores. O próprio barco pode ter proteção sacrificial. Usa-se muito o zinco, que é barato e perde eletrões com facilidade (oxida-se).
Desta forma sacrifica-se o zinco para proteger o resto do barco. Quando as placas de zinco estão degradadas, substituem-se com alguma facilidade.
Por curiosidade, já repararam na base dos vossos carretos (a parte que fica no porta-carretos). Conseguem identificar lá uma placa? (nos ultegra, por exemplo, é amarela/ dourada). Essa placa é sacrificial, serve para proteger o carreto da oxidação.
Até há marcas que recomendam isolar a placa do porta-carretos caso o carreto esteja na cana por longos períodos (não esquecer que a cana conduz corrente elétrica e a placa é para proteger o carreto, não a cana toda....
)
Relativamente aos problemas de oxidação precoce que foram mencionados.
Refletindo mais sobre esta temática lembrei-me que já fiz anodização do alumínio. De modo simplista consiste em aumentar a camada auto-protetora (natural) do alumínio e dar-lhe alguma "durabilidade". Pensei se no aço inox, que também tem a tal camada, se procederia de igual forma.
Confirmei que sim e até que é bastante importante. Desta forma, não só o tipo de aço inox que se usa é importante como também o tratamento que lhe é dado (e aqui também é importante quem a dá, porque se for mal feito... isto pode até diferenciar a marca A da marca B - é como a cromagem.... o princípio é o mesmo, mas se for feito por quem não sabe não vai durar o mesmo).
Daí a minha retificação sobre a argolagem... Se o passador foi concebido com determinado tipo de aço a contar com uma determinada proteção natural melhorada (tratamento) e se essa proteção for riscada/ removida, ficamos com uma camada mais fina, que protegerá em condições "normais" (se o passador for limpo) mas pode não ser o suficiente para proteger se estiver muito tempo em contacto com água salgada.
E o que descrevem pode ser o caso!
Se assim for, trata-se de uma má aplicação por parte da marca.
Ainda assim, como a água salgada "é tramada", siga-se o "conselho" do Pedroko: "limpeza e proteção", independentemente da marca.
