Bem, no vídeo realmente parece que esses barbiscos e boguitas foram apanhados no rio, mas também existem viveiros destes peixes (barbos) em alguns locais e poderão vir legalmente dai.
Vêem-se nas grandes superfícies à venda barbos pequenos (não como esses e geralmente a roçar os 20cm) que creio virem desses tais viveiros.
Abraço
Eu gostava de acreditar que é assim...
Diz a lei que:
É proibida a
pesca, comércio, transporte, retenção e consumo de peixes e outras espécies aquícolas de
dimensões inferiores às fixadas nas alíneas seguintes: (Decreto n.º 312/70, de 6/7)
a) Esturjão - 65cm;
b) Salmão - 55cm;
c) Lampreia e sável - 35cm;
d) Achigã, barbo, carpa, saboga ou savelha, robalo, enguia, tainha e outras espécies do género Mugil -
20cm;
e) Truta - 19cm; (ver Portaria n.º 351/86, de 8/7)
f) Tenca - 15cm;
g) Boga, escalo e pimpão - 10cm;
h) Lagostim de água doce - 9cm. (ver Portaria n.º 1 054/90, de 13/10)
§ 1.º O comprimento dos peixes será medido, rectilíneamente, desde a ponta do focinho à forca caudal ou ao
topo da barbatana, se esta não for bifurcada. No lagostim de água doce o comprimento deve ser medido
desde a extremidade da cabeça, não compreendendo as pinças e antenas, até à extremidade da cauda
estendida.
§ 2.º Os exemplares pescados de dimensões inferiores às determinadas neste artigo serão imediatamente
restituídos à água.
§ 3.º Nenhum pescador poderá capturar mais de 40 lagostins de pés brancos por dia de pesca. (Decreto
Regulamentar n.º 18/86, de 20/5)
Aqui vai uma notícia, da
LUSA, de 2009:
Trutas: Viveiro do Marão sem pessoal qualificado - denuncia sindicato 08.01.2009 - Lusa
O Viveiro de Trutas do Marão, onde cinco mil trutas reprodutoras produzem mais de quatro milhões de ovos que exigem cuidados especiais, está "a um passo da exterminação", denunciou hoje o Sindicato da Função Pública do Norte (STFPN).
"A reformulação do Instituto Florestal, no âmbito do processo de mobilidade especial do Ministério da Agricultura (MAP), extinguiu a categoria profissional de viveirista e as pessoas que cuidavam daquele viveiro foram mandadas para casa", denunciou Artur Monteiro, coordenador do STFPN.
Segundo o sindicalista, estes viveiristas foram substituídos por "três trabalhadores não especializados, sem preparação adequada, que se deslocam ao viveiro apenas para alimentar as trutas".
O dirigente sindical referia-se ao facto de, além da alimentação das trutas reprodutoras, as tarefas diárias dos viveiristas também incluírem o acompanhamento da evolução dos ovos, que morrem em três dias se não forem virados com regularidade.
Por essa razão, Artur Monteiro recordou que "se trabalhava no viveiro 24 horas por dia, sete dias por semana".
As funções dos viveiristas colocados na mobilidade especial são agora assumidas, segundo o dirigente sindical, por três operadores de rádio, alegadamente destacados para o Parque Florestal de Amarante.
"Não podemos concordar que, mantendo-se as exigências económicas e sociais, o Estado mande para casa pessoas com preparação e deixe as coisas ao abandono ou recorra a pessoas sem formação especializada", frisou Artur Monteiro, em declarações à Lusa.
O Viveiro de Trutas do Marão, situado junto à antiga estrada nacional que atravessa aquela serra, integra o maior posto aquícola português, criado há cerca de 70 anos, tendo sofrido há oito anos obras de beneficiação orçadas, segundo o sindicato, em "centenas de milhares de euros".
As cerca de cinco mil trutas ali existentes destinam-se ao repovoamento de rios em todo o país, mas também para o fornecimento de estruturas comerciais e para concursos de pesca desportiva.
A Lusa está a tentar obter um comentário do MAP sobre a situação.
FR.
Penso que já nessa época, o Estado tinha desactivado também os dois únicos viveiros de barbos e bogas que existiam no país. Provavelmente porque achavam que as concessões existentes e as que surgiriam, resolveriam a lacuna criada.
Na minha opinião, para além do aumento do número de concessões, nada mais mudou... e o que mudou, foi para pior.