VII Campeonato do Mundo de Pesca em Barco Ancorado - Clubes

[Braga]

Boas

Decorreu em Setúbal, de 25OUT a 01NOV2014, o VII Campeonato do Mundo de Pesca em Barco Ancorado - Clubes.

O programa foi:

Dia 25 chegadas das delegações desportivas.
Dia 26 – 10H00 - Reunião de Capitães,
           – 16H00 - Cerimónia oficial de abertura.
Dia 27 – 07H00 – saída das embarcações para o treino oficial.
Dia 28 – 07H00 – saída das embarcações para a 1ª. prova oficial.
Dia 29 – 07H00 – saída das embarcações para a 2ª. prova oficial.
Dia 30 – 07H00 – saída das embarcações para a 3ª. e última prova oficial.
Dia 31 – 16H00 – Cerimónia de encerramento,
           – 20H00 – Jantar de gala.
Dia 01 – saídas das delegações.

Na competição estiveram envolvidas equipas de vários países, entre outras, 4 Portuguesas, 3 Italianas e 3 Espanholas.

As equipas Portuguesas eram constituídas pelo CPND Albufeira, Botafogo, GD “Os Amarelos” e CN Sesimbra.

A equipa vencedora foi a Lenza Emiliana Tubertini, constituída por Anthony Giacomini, o grande vencedor deste campeonato, Marco Volpi, Paolo Volpini e Gabrile Brunettin.

No 2º. lugar do pódio ficou a equipa Portuguesa, o CPND Albufeira, constituídos pelos seguintes atletas, Alexandre Dionísio, Célio Alves, José Luís Costa, João Pardal e Nuno Sousa.

O 3º. lugar do pódio foi ainda ocupado por outra equipa Portuguesa, o GD “Os Amarelos”, constituída por Bruno Cabrita, Pedro Galiar, António Oliveira, João Farinha e Bruno Ferreira.

Existiram troféus até ao 6º. classificado.

Outros troféus foram entregues, nomeadamente ao atleta com maior número de exemplares capturados nas três provas, totalizando 205 peixes pontuáveis Anthony Giacomini, um jovem da Lenza Emiliana Tubertini, que fez três primeiros lugares nos barcos onde esteve.

O outro troféu para o maior exemplar, foi capturado pelo atleta do CPND Albubeira – José Luís Costa, tratando-se dum pargo, penso com 34,3 cm.

Também estive envolvido no campeonato, como comissário, no treino oficial e 1ª. prova, estive numa embarcação e na 2ª. e 3ª. provas, noutra embarcação, sendo que nestas últimas duas tive sempre a presença do Anthony Giacomini, um nome a reter na pesca em barco fundeado, pois já é campeão de sub-21, em Portugal e Inglaterra e agora também campeão de clubes e também estiveram o Alexandre Dionísio e o Rafael Correia, do CPND Albufeira e CN Sesimbra, respectivamente.

No meu desempenho como comissário, tinha de fazer cumprir os regulamentos que nos foram distribuídos, para além das normas que saíam das reuniões de capitães e posteriormente com conhecimento dos comissários.

Entre outras tarefas era medir os anzóis que os pescadores tinham em acção de pesca, pelo que nos foi distribuída uma bitola e logo no 1º. dia de provas oficiais, fiquem com um estralho e respectivo anzol, dum atleta e mais duas montagens completas de outros tantos atletas, sendo tudo junto ao relatório por mim efectuado e acabei por ser ouvido pelos representantes da FIPS-M, (Federação Internaciol de Pesca Desportiva de Mar), assim como outro comissário, com situação idêntica.

Recordações tenho de referir o bom ambiente entre os comissários de prova e claro está com os atletas Portugueses, pois os outros só em prova os víamos, mas todos de trato fácil.

Existiu “fairplay” entre atletas, apesar das pequenas picardias, espirito de ajuda nas rotações, as quais não eram fáceis concretizar, pois não são como as das nossas provas.

O peixe capturado era para uma instituição de caridade, mas muito pessoal em parte externo às provas é difícil de convencer de tal facto.   

Todos os comissários receberam um troféu de presença e foi-me oferecido pelo Anthony Giacomini, o boné que utilizava em prova, após o termo da última prova, após saber que tinha sido o melhor Italiano e ainda quando navegámos para terra.

Como experiência foi uma mais valia, ver aquela azafama, método empregue pelos mais variados atletas, a facilidade com que alguns através da balanceamento conseguem alcançar distâncias superiores a trinta metros.

Fiquem bem.

Braga

[Braga]

Boas

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Tentei colocar os anexos individuais mais não suporta, pelo que deixo aqui o endereço das classificações.

Fiquem bem.

Braga

[Mário Leão]

Entre outras tarefas era medir os anzóis que os pescadores tinham em acção de pesca, pelo que nos foi distribuída uma bitola e logo no 1º. dia de provas oficiais, fiquem com um estralho e respectivo anzol, dum atleta e mais duas montagens completas de outros tantos atletas

Braga depois do teu excelente resumo, fiquei curioso.
- qual o tamanho minimo de anzol ?
- uma das explicações para as classificações menos boas dos portugueses nas provas lá fora, é o desconhecimento dos locais de pesca, tipo de peixes e montagens autilizar. Como é que achas que os italianos ultrapassam essas dificuldades ?

[Marco Caparica]

Mário os italianos não fazem mais nada se não pescar, são bem pagos pela tubertini para pescar, testar e desenvolver material. Normalmente chegam ao local das provas muito antes de todas as outras equipas. A equipa deles já pescou em Setúbal várias vezes portanto já sabiam ao que vinham. Só para teres uma ideia no último campeonato do mundo de países que eles ganharam o prémio foi de 50000€ para cada atleta, os nossos atletas têm que pagar para pescar, eles têm tudo. O CN da Ericeira não participou porque não houve dinheiro para inscrever os atletas, se não me engano o preço da inscrição para o campeonato era de 400 ou 500€ por atleta e com estadia eram 800€. Não é preciso dizer mais nada, a realidade deles não é a nossa.

[FilipePC]

Parabens aos atletas pelo bom resultado.
Independentemente de saber que o Volpi e companhia são pagos, e o trabalho deles é pescar, há que lhes dar um notável reconhecimento. Ganham, ganham, ganham... e ao contrário de outras modalidades são sempre os mesmos...
Aos tugas, bela prestação, há que continuar a tentar... Não há impossíveis na alta competição. Há que estar preparado para o dia mau dos adversários, e nesse não falhar.

[De La Hoya]

Parabéns aos Portugueses, por tudo o que aqui foi dito, pois é uma actuação muito desnivelada, mas paciência...Parabéns tb ao Marco Volpi, só pq tenho uma cana desenhada e desenvolvida por ele

[Braga]

Boas

Algumas respostas e algumas curiosidades:

O anzol não pode ter menos de 7 mm, entre a ponta do anzol e a aste, logo que passe na bitola sem forçar, tem menos da medida descrita.

Os italianos nomeadamente a Lenza Emiliana Tubertini, pescam em tudo o que é sítio desde que existam campeonatos/provas e em Portugal estão já familiarizados com o nosso peixe e costa, pelo menos Setúbal, onde decorrem sempre os campeonatos, contudo eles e pelo que tenho visto não têm problemas de falar entre eles, explicar e corrigir uns com os outros o que é melhor e o que está mal, enquanto cá isso só acontece nos campeonatos mundiais individuais.

Sim os Portugueses quando vão pescar em países estrangeiros, fazem estudos prévios através da net sobre o local, montagens, peixe capturado, etc e treinam umas duas ou três vezes, quando é, com as custas do material as expensas dos atletas.

A equipa do Lenza Emiliana Tubertini, não compareceu no treino oficial, pois já cá estava há mais duma semana por cá e tinham efectuado vários treinos em vários locais, pelo que nem se deram ao de comparecer no treino oficial, havendo de imediato equipas que nem quizeram que fossem efectuadas as pontuações nos seus barcos, aconteceu comigo, onde estava uma equipa Espanhola e outra Italiana e ambas prescindiram da medição e respectiva pontuação, em nmove pescadores só a dois fiz a pontuação e ambos da equipa Espanhola, isto porquê, para o pessoal da Lenza Emiliana Tubertini, não ter acesso a informações do pescador X ou Y.

Para o caso de não terem visto as pontuações na Federação, numa das provas o sorteio ditou que o Marco Volpi e o Bruno Cabrita ficassem no mesmo barco e o Português Bruno Cabrita levou a melhor ao Volpi, fazendo 1º. do barco e o Volpi 2º., mas é como diz o Marco Caparica os Italianos da Lenza Emiliana Tubertini, ganham um ordenado mensal, tem prémios por vitória, existe um "staff", para lhes criar todas as condições, quer a nível de comida, estadia, pesca, etc, isto em países que não a Itália, é do tipo selecção Nacional de Futebol de Portugal. 

Fiquem bem.

Braga

[Nelson Peres]

Obrigado pelos exlarecimentos Braga. Foi um boa prestação tuga. Quando ao campeão do costume, independentemente de ter todas as condições necessárias ou não, é muito complicado manter a liderança ano, após ano. O Homem só pode ser mesmo bom, de resto, sabemos que com condições podemos todos desenvolver melhor o nosso trabalho.

[Remador70]

Obrigado pelo resumo da prova e parabéns aos atletas pelos resultados.

[Marco Caparica]

Nelson a questão é a seguinte: Se os portugueses tivessem as mesmas condições que têm os italianos será que tinham os mesmos resultados. A resposta é, claro que sim. Temos muitos bons pescadores na pesca embarcada em Portugal. No Caso do  Bruno Cabrita ter ganho o barco ao Volpi, é um grande resultado muito poucos se podem gabar disso, a mim não me espanta nada porque, conheço o Bruno já pesquei ao lado dele e sei o que ele vale a pescar, além de ser de Setúbal e conhecer muito bem aquele mar. Como em qualquer outra modalidade os resultados aparecem fruto de muito treino e trabalho, e quando não se tem tempo para treinar porque o trabalho não deixa, não há muitas hipóteses de competir com quem é profissional.