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Em termos de canas, tenho muitas, porque gosto muito de pesca e o vício é terrível. Por outro lado e devido ao meu percurso na Pesca de Competição, cheguei a um patamar onde sou "obrigado" a testar e utilizar uma grande quantidade de canas. Na maioria das vezes as canas que testo acabam por ficar na minha posse.Assim vou deixar aqui a lista não das canas que tenho, mas sim das canas que de alguma forma me "marcaram".Nos meus primórdios da pesca, eu gostava mais de pescar à bóia e só quando enveredei a sério pela pesca de competição comecei a ganhar gosto pela pesca ao fundo.As primeiras canas de Surfcasting (de jeito) que tive foram SilstarSilstar Traverse X 4,20 mts – A minha primeira grande cana. Semi parabólica, mas muito poderosa. Na altura das canas mais leves do mercado. Um espectáculo de cana. Emprestada (Doada) ao Mano)Siltar Traverse X 5,00 mts – Uma cana para “homens”. Aguentava muito chumbo e era muito fácil lançar com ela. Tinha 3 elementos, sendo que o 3º era mais curto e encaixava por baixo do porta carretos. No meu caso cortei-lhe um pouco, pois a minha envergadura de braços não é assim muito grande. Foi a cana que utilizei no meu primeiro mundial em 1996 na Irlanda. (Desaparecida). Shimano SAT BX – Veio da Alemanha, através de um amigo que fiz no Mundial na Irlanda. A primeira Shimano que tive, Levíssima, poderosa, mas a exigir mais técnica de lançamento. Foi aqui que comecei a perceber que as canas ajudam a lançar, desde que saiba tirar partido delas. Foi também a partir daqui que comecei a achar que o peso de uma cana, é também muito importante. (Desaparecida)Shimano ……. BX – Não me lembro da designação desta cana que infelizmente já não tenho, assim como mais outras 9 canas que desapareceram em 1999, no regresso de um Mundial no Brasil. No regresso o meu tubo de canas desapareceu com todas as minhas canas da altura. Era o Topo de gama da Shimano (Europa) no ano de 1996/1997. Uma cana que ainda hoje procuro encontrar para juntar ao meu Museu (que ainda há-de ser feito). Também veio da Alemanha e penso nunca ter sido comercializada em Portugal. (Desaparecida)Daiwa Surf Swing 4.50 mts – Que cana. Um must na altura. Potência e leveza eram os seus atributos. Pouco há a dizer sobre esta cana que mesmo hoje ainda se pode considerar uma cana a usar para quem precisar de cana para trabalhos “forçados”. (Desaparecida)Daiwa Jet Sport 4,20 mts – Uma cana interessante, mas não com a mesma alma da Swing. Muito leve para o padrão da altura. Foi a primeira cana com ponteira híbrida que tive. Trabalho feito por mim e com uma ponteira de fibra de vidro. (Desaparecida)Zziplex 3500 PTX beach 4.20 mts – Depois de ter ido ao Mundial da Irlanda e ver aquele pessoal com este tipo de cana a fazer pêndulo e a lançar longe para car……, meti na cabeça que ia fazer o mesmo. A cana é de duas partes a ponteira maior que o cabo. Cabo muito duro, mesmo muito duro e apenas a ponteira mexia. Ao início estava montada para carretos de tambor móvel e como deixei de usar este tipo de carreto alterei a montagem para carreto de bobine fixa.(Aguarda que o museu fique pronto).Leeda Surf 6000 4,50 mts – Uma cana do Mercado inglês que era muito “gabada” na altura. Foi-me oferecida pelo meu irmão que na altura foi trabalhar para Inglaterra. Uma cana de pêndulo, com as mesmas caraterísticas da Zziplex. Cana de duas partes, que para atingir os 4,50 mts tinha um pequeno acrescento para colocar co fim cana. Cana montada para carretos de bobine móvel.Sert Sunset Trophee 4.50 mts – Uma excelente cana. Muito leve e excelente para chumbadas até 150 grs. Acção semi parabólica, numa cana com um nervo fora do comum (na altura). Foi a segunda híbrida que utilizei, numa alteração também feita por mim. Ainda tenho duas canas destas. Uma original e outra com a ponteira híbrida. (Aguarda que o museu fique pronto).Sert Silanium HX 4.50 e 4.20 mts – A cana mais poderosa que já tive. Uma cana para homens e fortes. Capaz de partir os rins a qualquer pescador, mas lança tudo o que lhe puserem. Ainda tenho 4 canas destas. Duas de cada tamanho. Cana feito no conceito das canas inglesas, mas com a particularidade de serem em três partes. Será provavelmente a cana mais cónica que conheço. Grossa no cabo e muito fina na ponteira.Apesar de serem muito fortes consegui partir uma ponteira de uma. Num mundial em Inglaterra, ao tentar tirar de dentro de água, dois cações e pelo menos 5 ton de laminárias. Se algum fã de uma cana rígida, quiser realmente experimentar uma cana rígida, apite.Sert Silanium Powerligth 4.20 e 4.50 mts – Irmã da Silanium HX, mas mais ligeira, Uma cana muito poderosa, capaz de excelentes performances. Para uma cana tão forte era uma excelente marcadora. Ainda hoje gosto muito desta cana, mas o PDI, já não me permite grandes veleidades com elas. Tenho duas, uma de cada medida. Têm lugar no meu museu.Sert Sunset Colecttor – A minha última Sert. Cana que lançava sozinha 120/130 grs. Sem esforço, nem muita força, fazia distâncias muito interessantes. Quem lhe aplicava muita força, tinha azar. Normalmente partiam na ponteira.A minha última cana destas foi-me confiscada pelo meu irmão e que também já a partiu. Era uma cana que gostava de ter no meu museu.Tecnofish Three Cast 120 grs – 4,20 mts – Uma maravilha da tecnologia. Canas italianas duma qualidade irrepreensível. Excelente lançadoras, mas não muito marcadoras. Leves , muito leves, e a necessitar de alguma técnica de lançamento mais apurada. Caras, muito cara. O principal problema delas.Não tenho estas canas. Foram uma oferta que fiz para dois miúdos madeirenses, que foram meus “alunos” e que conseguiram bons resultados em Mundiais e como gostavam muito das canas tiveram sorte.Tecnofish XMX 120 grs e 150 grs (Telescópica) – Uma telescópica de qualidade superior. Na mesma linha do que foi dito das Three Cast. Capazes de lançar bem e muito marcadoras, mas com o mesmo problema. Caras. Muito caras. Bad Bass Trio 4.20 mts e 4,50 mts – Mais uma Italiana de topo. Distingue-se das outras telescópicas, porque foi feito num conceito de cana telescópica de três partes ou seja. Cana apenas com três elemento o que fazia com que fossem pouco práticas no transporte. Excelentes lançadoras, para chumbadas pesadas. Fáceis de lançar e de manusear. Ponteira forte, mas pouco marcadora.Veret Pro Art 4/6 oz e 7/8 oz – 4.30 mts – Uma das melhores canas que tive. Cana Italiana de qualidade superior, excelente lançadora e marcadora. Cana com 2 elementos telescópicos + a ponteira de encaixe, o que lhe dá uma acção única e muito efectiva. O Problema que estas canas de topo italianas têm é comum. O seu preço Colmic Big Surf - Uma das minhas canas preferidas. Grande lançadora, marcadora, leve. Habituei-me e afeicoei-me, muito facilmente a ela.Colmic National - Uma das grandes canas da Colmic. Pena que fruto da sua política, não fossem todas iguais. As primeiras eram grandes canas, duma qualidade fora do normal. Ainda hoje e passados quase 10 anos continuam a ser uma grande cana. Pena que a pintura estalasse e saltasse muito. Este era o seu principal defeito, o que não invalida da sua qualidade.Colmic National Pro - Outra grande cana Colmic. Uma cana indicada para quem tem pouca técnica de lançamento. Mais uma vez as primeiras que saíram, não eram iguais às que saíram depois.Colmic Zero Seven - O topo de gama da Colmic. Nunca foi a minha preferida. aliás, nunca gostei muito da cana, tanto que assim que deixei de ser patrocinado pela marca, ofereci a minha a um amigo que infelizmente não a podia comprar. O facto de não gostar da cana não tinha que ver com algum problema da cana. Apenas achava que tinha um valor inflacionado. Houve delas que foram vendidas por cerca de 800 euros e é aqui que eu acho que a cana não valia este dinheiro. Se fosse comercializada por 370/420 euros, era um valor justo para a cana que é. No entanto era uma cana, muito leve e com alguma potência, para utilizar até às 130 grs.Yuki Luminária - Uma das canas mais feias que tenho (embora agora as minhas já estejam mais bonitas) Um excelente Blank, dos mais poderosos do mercado, um peso equilibrado, passadores de grande qualidade, fazem com que seja uma grande cana. As primeiras que saíram tinham uns acabamentos mesmo do pior, situação que foi corrigida posteriormente. Para quem goste de uma cana poderosa e marcadora, é uma opção a ter em conta.Yuki Galenka e Xibânia - Cana com o mesmo blank da Luminária, só que não são híbridas. Todas as características (e defeitos) da Luminária estão presentes nestas duas canas que diferem uma da outra apenas pelo tipo de passadores que as equipam. A Galenka com passadores Fuji MN e a Xibânia com Fuji Low Rider. Porque não são híbridas, são também menos marcadoras. Aconselhadas para qem precisa duma cana para trabalhos "forçados" e pesados Yuki Taylor X6 e Yuki Panamera 4,20 mts e 4,50 mts - São a mesma cana, apenas com uma diferença na rigidez do híbrido. Mais duro na X6. Para mim uma das melhores canas do mercado actualmente. Leves, poderosas e marcadoras. Tudo aquilo que queremos numa cana. Yuki Taylor X5 - Uma excelente cana e com uma boa relação preço/qualidade. Cana que passou despercebida no mercado, onde as atenções foram para as canas da gama mais alta. No entanto é cana muito interessante e que aconselho. Quem tem uma pode dizer o que pensa dela.Yuki Neox Orata TRT 4,20 mts e 4,50 mts - Um lobo com pele de cordeiro. Uma cana que lança sozinha, sem grande esforço. Força mal aplicada, dá origem a problemas. Para chumbos e até 140 grs, é uma cana muito leve. Uma cana bonita e com excelentes acabamentos. Uma cana amiga daqueles que têm problemas de costas Yuki Neox Kenta 4,20 e 4,50 mts - Desconfio que esta cana vai retirar a X6 do topo das minhas canas preferidas. Um pouco mais forte que a X6 e ligeiramente mais leve. Híbrido não tão rígido como o da X6, fazem com seja uma cana menos técnica. Mais fácil e lançar, mas é necessário fazer dobar o 2º elemento. Uma cana amiga de quem tem problema de rins e costas Yuki taylor Q6 - Cana da gama média da marca. Cana muito leve, mas lançadora e também marcadora. Tem o híbrido mais curto que o normal.Yuki Taylor Q7 - Uma cana forte. Lança muito bem e aguenta chumbo. Yuki Neox Maseraty, Yuki R8 e Yuki Aston One - Chegaram este natal e ainda não consegui ir testá-las. A Maseraty já testei o protótipo e provavelmente vai ser a cana mais desejada em 2014. Para mim só tem um defeito................................ .....................................A cor. CarretosA minha preferência de carretos vai para os Daiwa. Desde cerca de 98 que mudei para os Daiwa.Os primeiros carretos de qualidade que tive foram os Shimano. O Biomaster e o Super Aero Special e a seguir os Biomaster 12000.Depois saíram os Daiwa Tournament ST já com o Twist Buster e aí mudei por completo para os Daiwa.Desde aí tiveEmblem X e Z 4500 e 6000 depois os Emblem XT e XZ até por os queixos nos Z45II competitiom. A partir daqui utilizar um carreto que pese mais de 500 grs, para mim é difícil Depois vieram os QD45 e os Basiair que são os meus carretos actuais.Carretos: Daiwa. De momento ando a "gastar" 2 QD 45, 4 Basiair e 4 Z45II Competition (2002). Gosto dos Daiwa porque são leves, fortes e aguentam-se bem durante alguns anos.Não gosto dos shimano, embora ache que nas gamas mais económicas até têm os carretos com a melhor relação preço qualidade. Já utilizei Shimano, mas para mim têm uma mania, que fez com que deixasse de os utilizar. Sobre os Basiair, são sem dúvida dos melhores carretos que já usei. Surpreenderam-me pela positiva, pois não esperava encontrar tanta robustez num carreto tão leve.Shimanos, tenho 2 Super Aero Technium MG, que para mim também fazem parte dos melhores carretos que já usei. Para quem gosta dos Super Aero Technium,posso dizer que o MG é um antepassado dele, mas com apenas 425 grs de peso.Tenho ainda 4 carretos de tambor móvel2 Daiwa 7HT Millionaire + 2 Abu 6500 Mag elite que foram utilizados na fase em que andei a tentar o pêndulo.Porque faço pesca de competição, este facto acabou por influenciar a maneira de como pratico o "meu" surfcasting.Assim, se quando vou à pesca, não levar grande parte das coisas que levo quando vou para as provas, fico sempre com ideia de que me vai faltar alguma coisa. O problema é que a idade vai começando a pesar (embora um gajo ache que é sempre novo ) e o corpo já se ressente de alguns maus tratos que lhe vou dando .Normalmente o equipamento para uma jornada de pesca, compreende, 4 canas, 3 carretos, 6 bobines suplementares (mínimo, normalmente são 12), tripé, mesas de iscos, suporte de montagens, e mais uma série de acessórios que fazem com que o meu panier (caixa) tenha um peso aproximado de 15 kgs, sem chumbo. Este e que compreende uma boa quantidade delas de formatos e pesos variados, vai numa mochila que coloco ao peito. O Panier vai às costas, desta maneira vai tudo equilibrado . A juntar a isto uma caixa com montagens (cerca de 76) já com estralhos e anzóis.Sobre as montagens. Tenho sempre uma larga quantidade de madres feitas, para depois colocar estralhos e anzóis.Tenho montagens de 3 anzóis, feitas em monofilamento nos seguintes diâmetros: 0.55 - 0.50 - 0.45 - 0.40 e com os seguintes tamanhos: 2.00 mts - 1.80 mts - 1.50 mts - 1.20 mtsTenho montagens de 3 anzóis, feitas em monofilamento nos seguintes diâmetros: 0.35 - 0.30 - 0.25 com os seguintes tamanhos: 5.00 mts - 4.00 mts - 3.00 mts - 2.00 mtsTenho montagens de 3 anzóis, feitas em Fluorcarbono nos seguintes diâmetros: 0.33 - 0.285 - 0.26 com os seguintes tamanhos: 4.00 mts - 3.00 mts - 2.00 mtsTenho montagens de 2 anzóis, feitas em monofilamento nos seguintes diâmetros: 0.55 - 0.50 - 0.45 - 0.40 e com os seguintes tamanhos: 2.00 mts - 1.80 mts - 1.50 mts - 1.20 mtsTenho montagens de 2 anzóis, feitas em Fluorcarbono nos seguintes diâmetros: 0.52 - 0.47e com os seguintes tamanhos: 1.80 mts - 1.50 mts - 1.20 mtsTenho montagens de 1 anzol, com cerca de 1.20 mts, feitas em 0,50. Estas montagens também servem para a base das rabeiras.Rabeiras, com +/- 6 mts, com 2 anzóis, feitas nos seguintes diâmetros: 0.35 - 0.30 - 0.28 - 0.26Rabeiras, com +/- 6 mts, com 3 anzóis, feitas nos seguintes diâmetros: 0.26 - 0.235 - 0.20 - 0.18As linhas que uso para fazer as madres das minhas montagens são: Leoni Carrera, Yuki Invisible e Yuki Neox (Fluorcarbono). Utilizo estas linhas, porque têm pouca elasticidade, pouca memória, não se deformam facilmente com o uso, têm uma grande durabilidade e têm uma grande resistência.Para os estralhos, utilizo: Yuki Invisible desde o 0.16 até ao 0,40, Yuki Neox desde o 0,148 até ao 0,435 e Seaguar Final Line desde o 0.185 até ao 0,40.Anzóis: Sasame Wormer ou Yuki AX63, desde o nº 8 ao nº 2, Sasame Yamame ou Yuki Z04 desde o nº 8 ao nº 1, Sasame Super X ou Yuki CX90 desde o nº 1 ao 5/0, Sasame Worm 715 desde o nº 1 ao 2/0, Sasame Chinu Gokuboso, desde o nº 6 ao 3/0, Sasame DH Point Chinu desde o nº 4 ao 1/0 e Sasame Seigo Ringed desde o nº 4 ao 3/0.Para terminar, este testamento só que deixar mais umas impressões.Quando vou pescar para trazer peixe para casa :^o (se eles quiserem), escolho (se conseguir) um pesqueiro que tenha um cabeço/coroa e também um fundão. Coloco uma cana a pesca no fundão, outra no cabeço/coroa (se houver água para isso) e outra por fora do cabeço/coroa (se conseguir lá chegar ). Depois consoante os resultados vou ajustando as canas.Quando pescamos nos nossos quintais, as coisas são mais simples, pois normalmente conhecemos esses locais como ninguém e é mais fácil definir as "estratégias" No final das pescarias, faço sempre um relatório com o máximo de informação que consigo compilar. Marés, morfologia do local, actividade dos nossos amigos (peixes ), capturas, espécies predominantes, tamanho das espécies, iscos mais efectivos, meteorologia e sua relação com a pescaria, correntes. Tento sempre recolher mais informação, conversando com outros pescadores e por vezes mesmo com os pescadores profissionais.Toda esta informação faz parte dos meus "ficheiros secretos", que passado mais algum tempo vou ter que arranjar uma "Torre do Tombo" para os guardar.
