Legalização de embarcação de recreio!

[Cesar Dias]

Boa tarde a todos.
Não sei se será o melhor local para colocar a questão, ou se alguém por aqui já fez algo do gênero...

Digamos que se arranja um bom negócio num pequeno barco rígido com casco em bom estado.
Sem o motor e a necessitar de algum trabalho para voltar a navegar, mas sem documentos!

É possível legalizar um barco destes depois do "restauro"?
Ou será demasiada dor de cabeça ou até mesmo impossível?

[PMiranda]

Na minha opinião, vai depender da facilidade de obter os certificados necessarios do fabricante!

Se o casco tiver sido por uma empresa ainda en actividade, será uma questão de entrar em contacto com o fabricante ou representante e ver se seria possivel passarem os certificados.

Se o fabricante já não existir ou não tiver representamnte em Portugal, então vai ser uma enorme dor de cabeça, senão impossivel, conseguir register a embarcação.

Sinceramente, com tantos barcos à venda por preços competitivos, a não ser que o casco for oferta a custom zero, não me metia nisso!

[Ernesto Lima]

Bom dia César Dias.

Relativamente à sua questão, "sem documentos", a coisa é complicada.

O barco em questão, se estiver registado, tem de ter pelo menos os documentos e a declaração de venda, mas, se os documentos já não existem, o anterior dono, ou herdeiros, terão de pedir 2.ª via de todos eles. Se entretanto estiverem caducados, nem sei que lhe diga. Se não estiver registado, pode talvez ser menos complicado, mas, não tendo classificação do construtor e/ou CE, terá de passar por uma vistoria da DGRM, não sem antes o casco estar recuperado em condições, se é que não está.

O ideal é colocar a questão na Capitania, ou, melhor ainda, na DGRM, contando a história do barco, se é que dá para contar, e ver o que dá.

Muito sinceramente, acho que, certamente, vai dar várias dores de cabeça, embora quase tudo se consiga resolver.

Ainda muito sinceramente, se resolver ir por aí, e tendo também em conta as actuais demoras e as dificuldades relacionadas com o atendimento presencial, devido à pandemia, não lhe invejo o caminho. Mesmo com um bom amigo, ou amiga, que se interesse pelo assunto e que trabalhe na DGRM, a coisa tem mais espinhos que um ouriço.

Não entenda que o esteja a demover de um seu sonho, antes a tentar que persiga o dito sonho sem tantos problemas. Isto considerando a informação que aqui deixou.

Cumprimentos

Ernesto

PS: Quando deixei a mensagem, foi quase em simultâneo com o PMiranda. É óbvio que concordo com ele a 100%. Só não quis ser tão directo, mas a hipótese de, legalmente, não conseguir mesmo registar o barco, é bem real.

[Cesar Dias]

Obrigado ambos.

Parece-me que não anda longe do que imaginava!
Um bocado mais difícil até 🤔

Qdo vi aquilo...
Eh pah, isto com jeito e algum trabalho, dava para uns passeios e umas pescas em águas abrigadas.
Motor até se arranjava, mas a questão de não haver documentos...

Como também foi dito, é mais simples arranjar algo já registado e a funcionar, por mais alguns trocos e poupar meses de dor de cabeça sem desfecho a vista 🙂

Pensei que em barcos a coisa fosse mais facilitada que nos automóveis 🙂

Obrigado,
Cesar

[pantao]

Não é impossível, tens que ir por autoconstrução, necessária assinatura de eng,º naval.
Forma mais rápida e menos burocrática, legalizar através de pavilhão estrangeiro(dispensa engº naval) por autoconstrução e querendo a posterior legalizar cá.

[Cesar Dias]

Pela embarcação em questão, penso que nem por um lado nem pelo outro vale o tempo e dor de cabeça e ainda estar sempre em dúvida se é conseguido ou não!

Barcos do gênero arranjam-se prontos a navegar entre os 5000 e os 10000 dependendo do estado geral e motor fora de borda que está instalado.

Obrigado a todos 🙂