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Autor Tópico: Confinamento e Covid  (Lida 6994 vezes)

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Offline Trindade

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Re: Confinamento e Covid
« Responder #75 em: 22:57 Domingo, 15 de Novembro de 2020 »
Cada vez mais me convenço que as aulas de cidadania nas escolas deviam ser obrigatórias há muitos anos......

Estes tecnicos juridico tacticos precisam claramente de fazer voluntariado num hospital qualquer para perceber finalmente a situação trágica onde nos encontramos.
A situação actual de mais de 6000 casos diários com hospitais em ruptura e centenas de mortes díarias não se coadunam com estas birras juridicas.

Aqui não se trata do dever cívico de levantar para deixar sentar uma velhota no autocarrro , nem tão pouco ir votar e escolher o politico menos mau numas eleições,.....trata-se de SALVAR O SNS e tentar garantir que morrem o menor numero de concidadãos , além de tentar garantir um mínimo de atendimento se tivermos o azar de precisar.

Cambada de egoistas , respeitem e lutem pela conquista mais importante da nossa democracia , o nosso SNS , respeitem os profissionais de saúde esgotados dos nossos hospitais , os quais arriscam a vida diariamente com o sacrificio das suas familias.

Metam os vossos pareceres e entendimentos onde o sol não alcança , por uma vez na vida sejam uteis a sociedade e acatem um comportamento responsavel para bem de TODOS !!!!!


A estupidez e egoismo de certos artistas é bem capaz de originar norma imperativa proibindo a pesca ludica em todo o pais, retirando assim aos concelhos seguros a benesse de ainda poderem pescar ,.......o PM deu há bem pouco tempo o exemplo que como se procede quando se levantam dúvidas "estéreis" para lançar a confusão .....

DEPOIS QUEIXEM-SE,......e digam que não sabiam !!!!!
« Última modificação: 23:06 Domingo, 15 de Novembro de 2020 por Trindade, Motivo: mais informação »
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Re: Confinamento e Covid
« Responder #76 em: 23:12 Domingo, 15 de Novembro de 2020 »
A minha parte faço, é bem feita companheiro, se todos assim o fosse sem estaríamos muito melhor.
Agora não é uma pandemia nem dez nem cem, que me vão tirar o direito à indignação. quando vejo injustiças e dois pesos e duas medidas para situações ridiculamente idênticas, é de bradar aos céus o desnorte dos nossos queridos governantes. Quanto ao SNS, no que posso ajudar ajudo, não seria a primeira vez e não será concerteza a última, é um dos pilares do país em que sempre depositei total confiança. Aos seus profissionais tiro o chapéu.
Agora o meu direito à indignação não admito a ninguém que mo tire, é meu por direito.
Não lhe dês peixe, ensina-o a pescar.
 
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Offline Mané

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Re: Confinamento e Covid
« Responder #77 em: 00:25 Segunda, 16 de Novembro de 2020 »
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Cada vez mais me convenço que as aulas de cidadania nas escolas deviam ser obrigatórias há muitos anos......

A cidadania é ensinada nas nossas escolas, alguns encarregados de educação é que não estão disponíveis.

Assim sendo, vamos continuar a informar. Aqui este Fórum é um modelo.

Eu sou o Mané e não pesco nada.
Guarda o que comer não guardes o que fazer.
 

Offline gmarques

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Re: Confinamento e Covid
« Responder #78 em: 03:10 Segunda, 16 de Novembro de 2020 »
O texto é grande mas aqui vai....

Nem tudo a terra nem tudo ao mar... fossem todas as pessoas minimamente razoáveis e o covid não era mais do que outro mal com que tínhamos que lidar da mesma forma com que lidamos com todos os outros males.

Apareceu por cá no inicio de março, mas já tinha andado pela China. Enquanto por lá andou, foi "coisa dos chineses", eles são muitos e por isso não faria mal se desaparecessem uns milhares, era o que lia e ouvia. Para muitos a atenção dada ao vírus, não seria mais do que desviar as atenções dos portugueses do que o governo fazia na altura. Politizaram o assunto e esqueceram-se que hoje em dia, alguém apanha um avião na China e em menos de 24h se põe no outro lado do planeta e nesta altura já se sabia ou tinha uma boa ideia do quão rapidamente se propagava este vírus.

Mas lá chegou como já seria de esperar, e na minha opinião o governo tomou quanto a mim a melhor decisão que já teve no contexto da pandemia.
Fechou escolas, declarou estado de emergência, sem grandes demoras.
Claro que isto trouxe consequências a outros níveis como na economia. Mas não podia ser de outro modo.
A politização do assunto foi sendo cada vez maior, e muitos aproveitaram tudo isto para fazer "campanha politica", o que considero dos maiores cinismos numa altura como esta. Nas redes sociais, que quer se queira quer não, tolda a opinião de muita gente, li das coisas mais ridículas, egoístas, que alguma vez li ou ouvi.
Muitos confundem a expressão "ser critico" com "ser do contra sem qualquer argumento a servir de base" e por isso nunca pararam de surgir teorias da conspiração baseadas em fake news, comparações entre covid e gripe por parte de quem nada sabe sobre medicina, enfim, um chorrilho de teorias da treta por parte de quem não se preocupa minimamente em verificar a veracidade de uma noticia ou o que seja.
Desde que contenha o que vai de encontro à sua opinião é considerado verdade. Veja-se por exemplo que quem achar que a Terra é plana, pode muito bem encontrar na internet quem também ache o mesmo.

Entretanto, entramos no verão. Felizmente não tivemos a enchente de "cámones" habitual, os portugueses distribuíram-se mais pelo país e este ano muitos ficaram a conhecer melhor a zona interior. Os restaurantes e não só, tinham regras que na generalidade eram cumpridas. Lembro-me muito bem da seca que apanhei para fazer compras no Intermarche
de Aljezur por só permitirem 67 clientes (se a memória não me falha) em simultâneo, e de chegar ao Lidl da Vila do Bispo e voltar para trás, devido à fila que havia na entrada. Mas eram férias e nada como aproveitar, e como não sou de extremismos, mudei a maneira de fazer as coisas mas não as deixei de fazer.
A esta altura já tinha cancelado uma viagem em família à Madeira mas sabendo dos riscos optamos por não ir, mas não deixei de gozar as férias, simplesmente gozei-as de forma diferente  do planeado, o que não implicava contudo ficar trancado em casa.
Foi um período de adaptação para muitos, para outros foi apenas mais um período para "cozinhar" teorias da conspiração.
Era um período relativamente calmo com poucas novas infeções por dia e um número diário de mortos dentro do que se pode chamar razoável.
Claro que em algumas "cabecinhas", os números baixos eram apenas porque as medidas eram agora mais brandas e não porque o estado de emergência tinha contido a propagação do vírus.
Pessoalmente, nesta altura preocupava-me o pós verão, com o finalizar das férias, a reabertura das escolas e tudo o mais.

Entretanto tinha sido também tornado obrigatório o uso de máscara nos transportes públicos e noutros locais, embora apenas nos transportes o ignorar da regra pudesse levar ao pagamento de coima. Há algum tempo também foi também tornado obrigatório o seu uso em espaço publico desde que não se consiga manter distanciamento físico. Claro que isto deu logo origem a protestos. Digamos que, a politica é um "jogo sujo".
Metem-se as liberdades individuais à frente de tudo o que nos rodeia, ignorando que vivemos em sociedade. E para influenciar mais meia dúzia de "tansos" que se deixem enganar, oculta-se o "sempre que não se consiga manter distanciamento físico" ficando apenas o "uso de máscara obrigatório na rua" pois torna o mote do protesto mais forte. Convém também continuar a afirmar que não existem evidências que o uso da máscara é benéfico, quando o assunto está mais que estudado, e os benefícios do seu uso mais que evidenciados. Já na gripe espanhola o seu uso foi obrigatório, e  isto remonta à 100 anos atrás. Mas ao que parece, o que está na moda é ser do contra.
A máscara não é uma cura, é um método de prevenção. Uma vacina não impede... previne, o capacete não impede... previne, um colete salva-vidas não impede...previne. E homem prevenido vale por dois.
Nada é 100% eficaz.
Os transportes públicos sempre hão-de ser um dos pontos onde pegar. Mas convém não nos distrairmos dos factos...
Temos uma grande quantidade de concelhos em situação critica em que a rede de transportes mais parece não existir. Basta passar 1 dia apenas a contar quantos autocarros passam e quantas pessoas viajam. Em muitos deles não existem sequer comboios ou metropolitano. Nos centros urbanos em que vemos aquelas imagens de transportes repletos de gente, a verdade é que não estão assim tão mais críticos do que outras zonas do país. Poderá ser a máscara a fazer o que lhe compete?
Na minha opinião sim.

A meu ver, muito do que leva ao aumento dos números tem sido o desrespeito pelo distanciamento físico à descarada.
Festas e festinhas como mais uma na última madrugada no Monte da Caparica, com cerca de 30 pessoas. A típica imagem de fim de dia espalhada por este Portugal fora, com autênticos amontoados de gente a beber uma "jolas" e de máscara a segurar o queixo. Há mais, mas não tenho tempo para aqui colocar tudo.
Porque é que isto não é falado? Porque simplesmente não serve os propósitos políticos de ninguém. É algo que a não existir resolveria muita coisa mas que não dá vantagem politica a ninguém.
E quer se queira quer não, o que neste momento é dramático para muita gente, quer doentes, familiares e amigos de doentes, profissionais de saúde, para muitos é uma grande oportunidade politica a não desperdiçar, e por isso convinha que as pessoas tivessem bem informadas para tomar as melhores decisões no contexto da pandemia.
Da parte dos políticos viram alguma reação quanto ao facto de numa altura destas em que temos os números que temos, as medidas que temos, a praia de Carcavelos ter enchido de gente na última manhã? Alguma mensagem tipo "epah ponham a mão na consciência, porque não podem só alguns andar a respeitar"? Para muitos, não fará mal a ida das pessoas à praia, e para outros mais, muito menos fará o facto de estarem a violar uma medida, ainda que temporária, e que muitos estão a respeitar. Respeito pelos outros, ainda mais tantos milhões que não se conhecem de lado nenhum, é coisa que não há.
Não, isso não dá votos a ninguém. E por isso quem achar que o que faz está a contribuir para melhorar a situação ou pelo menos para o não piorar da mesma, não espere apoio de ninguém a não ser de um ou outro amigo que faça o mesmo, não vão ser distribuídos diplomas de mérito a ninguém no fim disto tudo, não há medalhas nem bónus. O que haverá são consciências tranquilas de que fizeram tudo ao seu alcance para que a situação melhorasse.

Voltando aos entretantos, e como a comparação "gripe vs covid" já não dava moedinhas, passou-se ao "doenças cardiovasculares vs covid", ou seja, como comparar a covid-19 com outra doença similar não resultou muito bem, passou-se a comparar uma doença respiratória provocada por um virús que se propaga tão rápida e facilmente, com um grupo que engloba umas quantas doenças que não são sequer contagiosas. Não há muito a fazer, quem é do contra sempre será do contra. Todos sabemos como as doenças cardiovasculares são das doenças que mais matam em Portugal, mas não são elas que neste momento fazem o sistema nacional de saúde correr o risco de ruir.
Tudo isto são jogadas politicas, uma autentica hipocrisia a atribuir quase que uma pontuação à morte de cada um. Já tinham visto tamanha preocupação com as doenças cardiovasculares como agora? Mas antes já morria muita gente desta causa.
"Ah mas há as mortes em excesso." Sim é verdade, segundo o INE e em relação aos anos anteriores existem alguns milhares de mortes a mais no "período covid". Só que quem usa este argumento, não o expõe de modo a nós comuns mortais a percebermos bem o que isto significa. É que nesse número estão também as mortes de covid (e a questão "de covid ou com covid?" nunca a vi fazer em relação à gripe). Mas quando falam desse número é como se fosse o extra covid. Ninguém refere que entre 2 de março e 1 de novembro, dos 8686 mortos acima da média dos últimos 5 anos, praticamente um terço são mortos por covid, sendo que os restantes podem ser mortos desde atropelamento a vitimas das doenças cardiovasculares. Um terço apenas atribuído a apenas uma causa no meio de tantas outras causas é um valor muito elevado. Elevado demais. Outra ideia que passam, porque politicamente dá muito jeito é que todo o excesso de mortes de outras causas, é fruto
da atenção dada à covid. Já alguém viu uma análise dos números que prove tal? Eu não. E vaai ainda demorar algum tempo até que haja algo que não deixe dúvidas.

Vi muitas comparações entre países como que a medir a eficácia entre tomar medidas e não tomar, os seus efeitos na economia, e nunca vi tanta asneira junta.
E em grande parte, derivada de fake news, desconhecimento acerca de como aís faz as contabilizações de infeções e mortes, até um gráfico a mostrar a Suécia com uma barrinha minúscula a representar as mortes por milhão em relação a países como Portugal, quando a Suécia tem a mesma população que nós e tinha na altura o triplo dos mortos que havia em Portugal. Onde chegam as tentativas de manipulação de opiniões, minha nossa. Para não falar de partilhas em novembro, de noticias de setembro sobre a Suécia, e que quem não está com atenção digere aquilo tão bem como quem come uma bela mousse de chocolate.
E mentalizem-se de uma coisa, todos os países impuseram medidas, até a tão falada Suécia que comparada com os seus países vizinhos se poderia designar por "bela desgraça", até os Estados Unidos e o Brasil. Uma coisa é o que o Trump dizia, outra é o que cada estado fazia. Veja-se o exemplo de Nova Iorque, infelizmente com medidas sempre tardias derivado a tanto atrito politico. Veja-se o Brasil que chegou ao cúmulo de ver o ministro da saúde despedido por não concordar com o presidente.
E por último, se conhecerem alguém na Suécia, perguntem como está a economia deles, pois por cá muita gente acha que está tudo muito bem por lá, mas não é o que li por parte de quem é sueco.

E chegamos ao ponto a que chegamos, quando desde maio já se falava que iria chegar uma segunda vaga, e este "chegar" acho ser mal empregue.
O virus está cá, se aumenta ao ponto de se considerar uma nova vaga, é porque houve excesso de "deixa andar" e não porque é sazonal como a gripe.
Cerca de 6000 novas infeções todos os dias e várias dezenas de mortos... era só uma gripezinha não era!

E mais uma vez sabem o que vai acontecer? Vão ser as pessoas que têm cumprido as orientações da DGS e as medidas impostas, que vão compensar todas as asneiras que se veem por este país.
Da minha parte, alguma pesca a menos, mas uma consciência mais tranquila, embora não concorde com muita coisa. 
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Re: Confinamento e Covid
« Responder #79 em: 07:46 Segunda, 16 de Novembro de 2020 »
Todos falam dos hospitais e isto e aquilo e que esta a rebentar pelas costuras e concordo plenamente que isto esta uma desgraça mas estamos a falar de uma activade ao ar livre, saudavel e que sempre nos alivia a cabeça. Tenho preocupações acrescidas porque todos sao de risco ca em casa exceptuando a minha esposa e tenho uma crianca e tomo todos os cuidados e mais alguns no que diz respeito a isto. Isto as opinioes sao muitas vezes ou quase sempre companheiros como os cus e cada um tem a sua e o seu e temos de respeitar. Eu no meio disto tudo se calhar ainda me preocupo mais com os coitados que em problemas graves de saude e estao no nosso pais a espera 1 ano por uma consulta de cardiologia ou nao terem o tratamento devido nesta altura devido a esta pandemia
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Offline Ricardo Nunes

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Re: Confinamento e Covid
« Responder #80 em: 09:35 Segunda, 16 de Novembro de 2020 »
@gmarques em tudo concordo contigo, excepto nessa indignação aparentemente direcionada a quem ainda defende que se deve poder pescar. Todos temos as nossas opiniões e nem sempre concordamos uns com os outros, mas a minha indignação perante medidas injustas e mal tomadas ninguém me tira. Muito menos com possíveis atropelos á lei e de entidades que em vez de transmitir as indicações do governo, fazem uma interpretação á sua maneira e dirigida. No primeiro estado de emergência foram expressamente proibidas todas as actividades aquáticas e acesso aos areais pelo governo, e depois transmitido via DGRM em forma de comunicado. Desta vez não. Houve aqui algo direcionado e fruto de mera interpretação com base em tanto telefonema e e-mails de questões que não levantavam dúvidas.

O primeiro confinamento resolveu efectivamente alguma coisa, deu para abrandar o inevitável, já que com tanto exemplo do que aí vinha as coisas podiam ter sido preparadas e feitas de outra forma. Mas a culpa não é do primeiro ministro. Não é só das pessoas. É também da DGS que além de falhas críticas na comunicação, anda ao desnorte nas decisões.

Desde o dia 1 que faço parte da frente de combate. Vejo e ouço coisas de bradar aos céus, e muito honestamente ainda não percebo como não fui ainda infectado! O sns está em ruptura não só pelo aumento de casos covid, mas porque, e como a ministra da saúde admitiu publicamente (e aí tenho de lhe tirar o chapéu pela coragem que demonstrou) todas as outras doenças não são prioridade enquanto não dominarem a pandemia. A falta de acompanhamento e tratamento está a deixar os doentes mais vulneráveis e com maior necessidade de aumento de hospitalização. Para teres uma ideia, mas há um hospital que paga 75e a cada auxiliar que arranje outro para ir para lá trabalhar. No caso dos enfermeiros passa a 150e. Não há recursos humanos, e os que há estão esgotados. Um turno com aquele equipamento rebenta uma pessoa. Se a isso juntarmos os casos covid temos a receita perfeita para o caos na saúde. Com as medidas deste confinamento que pouco ou nada vai resolver, é a tempestade perfeita para um caos social em que vais ter muito em breve mais gente a morrer de fome e de depressão que outra coisa qualquer.

Mencionaste e bem aquele descalabro em Carcavelos. Mas e então a manif no terreiro do paço após o horário de recolher obrigatório? Eu entendo perfeitamente que aquelas pessoas estão em desespero, mas isso não lhes dá o direito de infringir daquela maneira. Queriam manifestar-se? Tudo bem. Entre as 05h e as 13h. Naquela hora era de as autoridades correrem tudo a multa.

A Graça Freitas até pode ser o supra sumo do assunto e ter toda a legitimidade para o cargo, mas em termos de comunicação e decisões deixa muito, mas muito a desejar. Isso acaba por ter efeito no comportamento das pessoas.

Desde hospitais que põem doentes infectados em transporte com outros "normais" a pessoas que estão infectadas e não o dizem, há de tudo. Tenho direito a uma máscara cirúrgica por turno de 8h (ou mais), não tenho desinfectante para as mãos e muitas vezes nem sei ao que vou simplesmente porque as pessoas não falam! Levamos pessoas a casa e no dia a seguir há um telefonema do hospital que o doente X que ontem fomos levar a casa afinal está positivo. É nestas condições que ando a trabalhar.
Quando vou a pesca não paro para abastecer, levo máscara e desinfectante comigo. Optei por parar por enquanto com o surfcasting para não ir comprar isco. Vale esse benefício do Spinning. Tive de deixar as pescas combinadas com os amigos. Eventualmente uma jornada ou outra com um amigo que vá lá ter para spinnar com a devida distância que a modalidade assim o exige. Como vês, pesco com mais segurança do que aquela com que trabalho. Não vou pedir desculpa por defender a minha opinião de que não há fundamento para proibir a pesca lúdica, ainda para mais quando não é uma proibição efectiva do governo á semelhança do anterior estado de emergência, mas antes uma atitude da DGRM que entendeu fazer aquilo que os pescadores têm sido acusados: interpretar a lei ao jeito que mais lhe convém. A malta tem ligado para lá, então decidiram bloquear. Os surfistas e demais como não estão nem aí para isso, passaram em branco. Todos temos de cumprir, inclusive as autoridades. Não podem atropelar a lei porque assim o entendem.
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Offline gmarques

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Re: Confinamento e Covid
« Responder #81 em: 10:02 Segunda, 16 de Novembro de 2020 »
Ricardo Nunes, eu não estou indignado com quem defende que se deve poder pescar. Aliás já referi anteriormente que não concordo com certas medidas. Até o justifiquei, não sei se neste tópico ou noutro sobre o tema, o porquê de não concordar com não colocarem a pesca nas actividades autorizadas. Mas como sempre disse, uma coisa é respeitar ou não uma medida, outra é concordarmos ou não com ela. E do meu ponto de vista a pior forma de recuperarmos o direito à pratica da nossa acrividade será furar a lei.
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Offline Ricardo Nunes

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Re: Confinamento e Covid
« Responder #82 em: 10:27 Segunda, 16 de Novembro de 2020 »
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Ricardo Nunes, eu não estou indignado com quem defende que se deve poder pescar. Aliás já referi anteriormente que não concordo com certas medidas. Até o justifiquei, não sei se neste tópico ou noutro sobre o tema, o porquê de não concordar com não colocarem a pesca nas actividades autorizadas. Mas como sempre disse, uma coisa é respeitar ou não uma medida, outra é concordarmos ou não com ela. E do meu ponto de vista a pior forma de recuperarmos o direito à pratica da nossa acrividade será furar a lei.

Desde já as minhas desculpas se te interpretei mal.

Eu não digo para furarmos a lei. Digo é que com base nas diferenças entre os comunicados de ambos os estados de emergência, á falta de algo explícito por parte do governo como foi anteriormente e com essa opinião muito bem fundamente desse jurista, a DGRM entendeu sobrepor-se á lei, e sendo assim esse comunicado deve ser visto como uma recomendação e não uma proibição. Tanto que as capitanias e PM têm dito o mesmo: fora do horário de recolher obrigatório pode-se pescar
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Offline gmarques

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Re: Confinamento e Covid
« Responder #83 em: 10:44 Segunda, 16 de Novembro de 2020 »
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Ricardo Nunes, eu não estou indignado com quem defende que se deve poder pescar. Aliás já referi anteriormente que não concordo com certas medidas. Até o justifiquei, não sei se neste tópico ou noutro sobre o tema, o porquê de não concordar com não colocarem a pesca nas actividades autorizadas. Mas como sempre disse, uma coisa é respeitar ou não uma medida, outra é concordarmos ou não com ela. E do meu ponto de vista a pior forma de recuperarmos o direito à pratica da nossa acrividade será furar a lei.

Desde já as minhas desculpas se te interpretei mal.

Eu não digo para furarmos a lei. Digo é que com base nas diferenças entre os comunicados de ambos os estados de emergência, á falta de algo explícito por parte do governo como foi anteriormente e com essa opinião muito bem fundamente desse jurista, a DGRM entendeu sobrepor-se á lei, e sendo assim esse comunicado deve ser visto como uma recomendação e não uma proibição. Tanto que as capitanias e PM têm dito o mesmo: fora do horário de recolher obrigatório pode-se pescar

Eu entendo o teu ponto de vista. Apenas estamos a pensar em abordagens diferentes para o mesmo fim. Repara que toda esta confusão do "afinal pode-se ou não pescar?" surgiu não com o estado de emergência e o recolher obrigatório mas com o estado de calamidade que apenas permitia a circulação para actividades autorizadas. E dessas actividades não consta a pesca lúdica não federada. Não consta a pesca nem outras actividades ao ar livre praticadas a nivel individual e em que o distancciamento fisico está bem patente. Ou seja, foi tudo a eito. Por tudo isto, acho que a forma mais eficaz de trazer de novo a actividade seria "bater" neste ponto ao invés de interpretações da lei. A pesca é uma actividade ao ar livre, a nivel individual e promotora do distanciamento fisico. Não há qualquer evidência que.prove o contrário, por parte quer da DGS quer de outra organização qualquer.
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Offline Ricardo Nunes

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Re: Confinamento e Covid
« Responder #84 em: 11:00 Segunda, 16 de Novembro de 2020 »
A confusão com o estado de calamidade foi precisamente nas palavras. Um dever cívico não é mais do que uma recomendação, não há poder legal para impor efectivamente, e o governo tinha plena noção disso. Tanto que não impôs, recomendou (ainda que com um brilhante jogo de palavras). Sucedeu o mesmo com a circulação entre concelhos. Não era mais que uma recomendação, dito pelo TC ainda que tenha sido só após o fim de semana.
O estado de calamidade não dá ao estado poder de privar os cidadãos de liberdades e direitos e foi daí que veio novamente o estado de emergência, e até o próprio primeiro ministro o admitiu 🙂 no entanto em momento algum ele falou em caça, pesca, actividades na água, etc... DGRM e ICNF é que decidiram fazer interpretações
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Offline odi

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Re: Confinamento e Covid
« Responder #85 em: 11:07 Segunda, 16 de Novembro de 2020 »
bom dia, respondido por um agente da capitania ontem foi que nao se pode pescar
 

Offline ze carlos

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Re: Confinamento e Covid
« Responder #86 em: 11:17 Segunda, 16 de Novembro de 2020 »
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Ricardo Nunes, eu não estou indignado com quem defende que se deve poder pescar. Aliás já referi anteriormente que não concordo com certas medidas. Até o justifiquei, não sei se neste tópico ou noutro sobre o tema, o porquê de não concordar com não colocarem a pesca nas actividades autorizadas. Mas como sempre disse, uma coisa é respeitar ou não uma medida, outra é concordarmos ou não com ela. E do meu ponto de vista a pior forma de recuperarmos o direito à pratica da nossa acrividade será furar a lei.

boas

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gmarques

concordo plenamente contigo há coisas que há que pôr em pratica a teoria de outro modo não passa de teoria
Abraço
 

Offline gmarques

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Re: Confinamento e Covid
« Responder #87 em: 11:37 Segunda, 16 de Novembro de 2020 »
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A confusão com o estado de calamidade foi precisamente nas palavras. Um dever cívico não é mais do que uma recomendação, não há poder legal para impor efectivamente, e o governo tinha plena noção disso. Tanto que não impôs, recomendou (ainda que com um brilhante jogo de palavras). Sucedeu o mesmo com a circulação entre concelhos. Não era mais que uma recomendação, dito pelo TC ainda que tenha sido só após o fim de semana.
O estado de calamidade não dá ao estado poder de privar os cidadãos de liberdades e direitos e foi daí que veio novamente o estado de emergência, e até o próprio primeiro ministro o admitiu 🙂 no entanto em momento algum ele falou em caça, pesca, actividades na água, etc... DGRM e ICNF é que decidiram fazer interpretações

Ricardo, não sou a pessoa mais indicada para isto das leis, não te sei esclarecer quanto a muita coisa em torno delas, ou sequer dizer que estás errado. Simplesmente não é a minha área, e como tal não vou afirmar que é ou não é. Falando na forma como interpreto o que foi surgindo....
Parece-me que o estado de emergencia surgiu para não haver dúvidas quanto ao que iria ser adicionado ao estado de calamidade para os concelhos de alto risco, entre elas, o recolher obrigatório. No dia 2 de novembro e após a resolução do concelho de ministros acerca do estado de calamidade, surgiria o artigo 28 onde consta a lista das deslocações autorizadas. Não é uma lista de actividades autorizadas mas sim, deslocações autorizadas. Ou seja, nunca a pesca ou outra actividade deixou de estar autorizada, mas sim a circulação para poder exercer essas actividades. Cheguei a fazer uma analogia a certa altura que era se quisesse proibir carros a gasoleo de circular, nao era necessário faze-lo explicitamente. Bastava dizer que apenas era permitida a circulaçao de carros a gasolina. Uma coisa implica a outra. E no caso da pesca, se não está proibida mas não aparece na lista das actividades com circulaçao autorizada, a unica forma seria pescar do terraço ;)
Esta foi a minha interpretação, e é mesmo a única coisa que posso dizer que certo ou errado tenho 100% a certeza de ter interpretado assim.
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Offline Ricardo Nunes

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Re: Confinamento e Covid
« Responder #88 em: 11:58 Segunda, 16 de Novembro de 2020 »
Há coisas que sei, há outras que só consultando alguém da área. Sei que que o estado de calamidade não permite determinadas situações, e foi por aí que foi invocado o de emergência. As falhas de comunicação aliadas á desinformação, como referiste atrás e muito bem, em muito contribuíram para a confusão. Lembro-me especialmente de uma em que a imprensa fez o favor de incendiar ainda mais os ânimos com aquela história de a polícia poder entrar em casa sem mandato 🤦‍♂️ entre esse tipo de jornalismo e o aproveitamento político que já é hábito nas desgraças que têm assolado o país não sei qual é mais nojento.

Tenho ideia que a natureza sensível e de excepção de um estado de emergência obriga a definir exactamente as proibições, não sendo aplicável às eventuais suposições. Não tenho certeza de que seja mesmo assim, no entanto o teu raciocínio está correcto.
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Offline CABANE

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Re: Confinamento e Covid
« Responder #89 em: 17:40 Segunda, 16 de Novembro de 2020 »
Prepararem-se que a partir de 4 de Dezembro ficamos em confinamento total.
 

 

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