Há quem faz reparação com acrílico e cola 2x componentes, dos chineses. Mas acrílico é frágil e epóxi chinesa com tempo fica amarelada. Além disso, epóxi tem má aderência ao acrílico.
Para inicio, um pouco da teoria.
A pala da amostra faz atritos sobre água e, devido a sua forma e posição gera vibrações que passam para corpo da amostra . O tamanho e posicionamento da pala esta influenciar no trabalho da amostra.
- quando mais larga a pala, mais amplitude e menos frequência de movimento horizontal da amostra.
- quando mais comprimento da pala - mais profundidade pode atingir amostra em menos tempo
- quando mais ângulo da pala a relação de corpo - mais lento amostra afunda e atinge menos profundidade.
Há outros fatores menos ou mais importantes que fazem diferença para comportamento da amostra.
Se pala partiu, amostra perde suas características e deixe ser útil. Pelo menos para efeitos que foi escolhida. Há quem usa essas amostras como passeantes, mas nunca é mesma coisa . Além disso passeantes tem equilíbrio diferente.
Para reparação da pala já experimentei vários materiais e produtos. Melhores resultados consegui com policarbonato e top coat 2x components ( epóxi) da marca Ferroca (resistente a UV)
Se quiser fazer uma pala parecida com original, precisamos uma amostra igual da danificada, com pala, para fazer molde.
Isso é importante se quer que amostra reparada ficara com mesmo comportamento na água e lançamento. Mas não é obrigatório manter mesma forma se saber o que fazemos.
Para molde eu utilizo plástico transparente com aproximadamente 0.3mm. Com ajuda de marcador e tesoura faço um molde.
Através de molde faço palas com um pequeno pé no base para fixar bem dentro da amostra.
Ferramentas e materiais necessárias:
- dremel com broca 2-3mm e fresa
- pincel
- x-acto
- lâmina de serrote ou pequeno serrote
- lixa 80, 120
- marcador permanente
- cola ceanoacrilato ( eu uso Wurth)
- cola araldite 2x componentes
(resistênte ao UV de preferência, tipo top coat ou usada para envernizar passadores)
- plasticina para fixar amostras
- folha de plástico transparente 0.3 mm aproximadamente para fazer molde da pala (caixa da amostra)
- folha de madeira aprox.3 mm para fazer o molde de afinação.
- desengordurante ( benzina, álcool etc.)
Da folha de madeira, através de uma amostra nova, faço molde para posicionar pala nova da amostra
Com broca faço furo no corpo da amostra com profundidade aproximadamente 2.5mm . Depois com fresa retifico o furo até uma forma que permite entrar o pé da pala com alguma folga . Limpo bem o furo com pincel e desengordurante.
A pala tem ser retificada com lixa (N° 40-80) na parte atrás para melhor aderência da cola epóxi.
A seguir ponho uma pinga da cola rápida no topo do pé da pala e coloco a última no furo. Durante alguns segundos a cola derrete plástico e faz uma união flexível. Temos algum tempo para posicionar a pala com ajuda dos moldes feitos de madeira e olhos bem abertos. Esse momento é importante. Pala mal colocada pode fazer que amostra trabalha mal ou até não funciona mesmo. Temos posicionar pala em 3 dimensões.
Depois da pala ficar afinada temos dar tempo para cola secar.
Quando a cola fica seca podemos preparar epóxi para encher o furo.
Depois de medir e misturar partes da epoxi, aqueço mistura durante 3-4 minutos até aproximadamente 45° para acelerar processo de cura, sair bolhas de ar e cola ficar mais liquida . Faço enchimento de furo com epóxi com algum excesso e com pincel " pinto" a pala toda na zona onde foi lixada. Deixo amostras viradas com pala para cima com ajuda da plasticina até cola epóxi secar.
Costumo dar mais uma demão para reforçar, mas para isso já é preciso ter uma engenhoca para amostras rodar. Segunda demão tem ser aplicada quando primeira ficar bastante consistente, mas antes de cura final.
Depois da cola ficar curada durante 48 horas podemos por amostra a voar, nadar e procurar predadores.
Mais algumas curadas