1ª vez às DOURADAS

[Abilio_Dasneves]

Boas pessoal...

Vou pela primeira vez fazer uma embarcada só às douradas, tenho algumas ideias, já fiz alguma pesquisa, mas gostaria de ir nesta 1ª vez o mais preparado possível...

Nesse sentido venho perguntar se alguém me pode dar umas luzes sobre as opções de montagens..iscos..forma de iscar..

Cumprimentos
Obrigado

[Ernesto Lima]

Boa tarde Guerra

Sobre a questão que coloca, e para não me repetir, solicito-lhe que consulte este tópico: Não está autorizado a ver ligações. Registe-se ou Entre

No tópico indicado, tem também link para iscadas de Caranguejo e mais informo que elas também caem à sardinha iscada de várias formas:

Iscada mais produtiva:

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Iscadas maiores:

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Nesta iscada de sardinha inteira, se for para pescar ao fundo, com estralhos, costumo cortar a barbatana caudal para evitar o efeito de helicóptero. Se for para pescar à chumbadinha, costumo deixar, para que a isca vá ficando na coluna de água, enquanto a chumbada desce puxando a linha do carreto, e assim a isca vá desafiando alguns/algumas "maiores" que estejam altos/altas na coluna de água.

As iscadas maiores são recurso para dias em que o peixe miúdo é muito, pelo que importa ter isca suficiente para que quando as Douradas chegarem ainda se possam interessar pela isca.

Sobre as montagens:

Montagem de fundo com dois estralhos:

Madre: 0,45 (monofilamento), com 120 a 150cm de comprido

Estralhos: 0,40 ou mais grosso, em fluorocarbono, ou se quiser monofilamento normal, com 60 a 80cm, em cima; e, 80 a 120cm, em baixo. Para as iscadas maiores costumo usar estralhos mais compridos.

Pode ainda optar pela chumbadinha, usando montagem com um ou dois anzóis na ponta:

Montagem de um anzol:

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A pérola de protecção ao nó, sinceramente já não uso, muito porque a chumbada furada vai a bater na isca e, quando vem para cima sem isca os fios que uso são grossos e aguentam bem sem necessidade de pérola a proteger. Para todos os efeitos também não faz mal que se coloque.

Montagem de dois anzóis:

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Nesta montagem o anzol de cima, pode ser preso com tubo, com fio suplementar, ou simplesmente ficar a correr, dependendo da isca em uso e da forma como pretender iscar. Iscando os dois numa mesma Sardinha, ou carregando cada um deles de caranguejo.

Tamanho dos anzóis: Uso entre 4/0 e 6/0

Tipo de anzóis: Uso, mais assiduamente, Hayabusa FKS 130; Barros Gora; Asari ANOS: Sasame Shinu Ring

Importa deixar bem claro que estas são as minhas preferências..., há muitas outras que resultam.

Cumprimentos

Ernesto

[Ernesto Lima]

Boa tarde Guerra.

A foto da montagem com chumbadinha, está com uma chumbada esférica, coisa que já não uso. É preferível a chumbada de oliva que, para um mesmo peso, é mais estreita, oferecendo menos resistência hidrodinâmica.

A Decathlon e as lojas de chineses têm destas chumbadas com furos largos, ideais para que a chumbada corra bem na linha.

Era a foto que tinha disponível e quando quis fazer esta referência no tópico já não foi possível. Assim, aqui fica a nota.

Cumprimentos

Ernesto

[Abilio_Dasneves]

Ernesto muito obrigado pela excelente explicação!

Esta informação bem como a que partilhou nos outros tópicos é excelente para  ajudar a passar ao lado de alguns erros normais de quem pratica pela 1ª vez uma variante de pesca diferente da que habitualmente faz!

Com mais tempo irei reler ao pormenor as suas dicas, juntar tudo, e preparar o melhor que conseguir este novo dia de pesca.

Obrigado
Cumprimentos

[renato ferreira]

Boas este fim de semana fui experimentar a técnica da chumbadinha e não correu mal mas vim de lá com algumas duvidas...
Tais como: qual o tamanho ideal do chicote para pescar em fundos que rondem os 70mts? Quando lançamos a pesca devemos deixar o fio sair livre até ao fundo ao fazendo alguma prisão para que não ganhe tanto seio? depois de sentir a chumbada no fundo devemos ir esticando a linha até o chumbo chegar ao anzol ao simplesmente mantemos a linha sensivelmente esticada até sentirmos os toques?
desculpe tantas perguntas mas detesto sentir que não estou a fazer as coisas como devem ser...

[Ernesto Lima]

Boa noite Renato.

A esta hora, e durante o dia de amanhã, penso que não vou conseguir responder-lhe porque vou ficar afastado do PC, e digo-lhe que essa é, para mim, uma resposta que para ser correcta terá de ser algo longa.

No entanto deixo-lhe já uma dica..., na pesca, acontece muitas vezes, não termos a certeza de estarmos a fazer bem ou mal, mesmo quando já temos resultados e algum tempo disto. Por tal, vai detestar muitas vezes, mesmo que ache que até já sabia alguma coisa. Acontece-me muitas vezes.

Vou tentar responder-lhe amanhã à noite, ou no dia a seguir, se puder.

Entretanto, outros companheiros lhe poderão dar dicas valiosas. Tenhamos então um pouco de paciência.

Abraço

Ernesto

[renato ferreira]

obrigado pela atenção, um abraço

[Ernesto Lima]

Boa noite Renato

Na minha opinião, nenhuma das suas questões tem uma resposta ou solução directa.

Comprimento do chicote para pescar a 70m?

A função do chicote é amortecer a luta com o peixe, portanto, se estamos a tentar exemplares maiores, teremos de assegurar a elasticidade necessária que dependerá:

- Da cana, mais ou menos rija
- Do monofilamento, mais ou menos rijo, mais ou menos comprido, mais ou menos grosso
- Da aguagem, mais ou menos forte

Pesco com canas progressivas e, pessoalmente, quer para a pesca ao fundo, quer para a chumbadinha, a 70 metros ou um pouco mais, uso monofilamento de 0,45, por vezes 0,50, com 10 a 12 metros de comprimento, e adapto-me às condições do dia, jogando com o peso da chumbada, maior com mais aguagem, menor com menos. Em profundidades de menos de 60 metros, uso chicotes mais compridos (até 15 metros) e adequo da mesma forma.

Ganhar seio?

O seio ganha-se normalmente com aguagens fortes, principalmente quando o peso da chumbada é inadequado, e quando deixamos sair a linha livremente. Outra situação que só podemos resolver experimentando em cada dia.

Na chumbadinha deixa-se a isca pescar livremente, ou vai-se puxando até ao anzol?

Pessoalmente, após a chumbada cair no fundo, primeiro deixo-a livre para poder explorar a coluna de água. Caso não tenha toques, vou-a aproximando da chumbada, a intervalos. Quando sinto que já está na chumbada há muito e nada acontece, subo a isca, inspecciono-a, substituo, ou não, e torno a lançar, explorando outra zona, se a isca não foi tocada, ou para a mesma zona, se a isca foi comida inteira ou parcialmente.

Tudo isto terá de ser adaptado, se em vez de estarem a pescar fundeados, estiverem à deriva, pois para além de alguma aguagem existente, teremos ainda a deslocação da deriva que se pode confundir com aguagem e até, não deixar perceber se esta existe e para que lado vai.

Teremos ainda de ter em atenção outras questões:

- se estivermos a pescar, fundeados ou à deriva, no meio de outros barcos, tudo isto se complica e, sinceramente, nem sei que lhe diga..., as Douradas podem estar altas, porque sim, ou por via do engodo (patinhas caranguejo) que vai caindo, pode, estar longe porque está aguagem e elas vão para longe do barco..., sei lá.

- com certas condições de mar, nomeadamente aguagens fortes e ventos atravessados, muito sinceramente a opção chumbadinha pode não ser a mais fiável.

Concluindo:

Cada dia, é um dia, e não há nenhuma técnica que, por si só, resolva todos os problemas. Não deteste se não souber..., A
antes, goze as experiências até acertar.

Tem de experimentar e ver o que dá ao longo do dia.

Cumprimentos

Ernesto

[ajrs]

Mais uma excelente lição Mestre Ernesto, excelente  . Mais um da minha parte.

[ajrs]

Aproveito o tópico para perguntar qual o nó que usam para ligar a trança ao chicote em nylon?

[xpto]

 

Concluindo:

Cada dia, é um dia, e não há nenhuma técnica que, por si só, resolva todos os problemas. Não deteste se não souber..., A
antes, goze as experiências até acertar.

Tem de experimentar e ver o que dá ao longo do dia.

Cumprimentos

Ernesto

Está tudo dito Ernesto, é preciso sabermos fazer uma boa leitura das condições, estarmos activos e aplicarmos o que sabemos ( aqui sim  entra todas as nossas experiências e aquilo que vamos aprendendo com o que nos dizem para depois tirarmos as nossas conclusões).

Todas as teorias da pesca nunca estão dadas como terminadas, o que era dado como certo muitas das vezes aparece a duvida e volta tudo novamente à estaca zero. É este constante aprender e reaprender que torna esta actividade interessante.

Ernesto em relação à chumbadinha a única forma que pesquei foi com um pequeno estralho (10cm/20cm) com a chumbada a bater no destorcedor, a minha pergunta é a seguinte qual a vantagem daquela que apresentaste - a chumbada a bater no anzol?

A explicação mais completa que já ouvi ou li foi a que deu o Ernesto sobre o tamanho do chicote.
Mas deixo uma dica, esta é a minha opinião o chicote nunca deve ser inferior a 3x o tamanho da cana porque se o peixe na recolha ( momento critico) for capaz de destruir o nó desta forma o peixe já está dentro do barco.

Boas pescas !!!
 

 

[Ernesto Lima]

Viva XPTO

Vantagens possíveis da chumbada a correr até ao Anzol:

- Acho-a mais simples.
- Acho que a chumbada e os elementos de ligação ao estralho ficam mais visíveis quando colocados acima e com pouco afastamento da isca, isto, se o peixe não se estiver borrifando para isso.
- A ligação por vezes embrulha-se com a isca e o anzol
- Em tempos usei e abandonei

Para todos os efeitos, a chumbada, desde que a isca lá esteja, nunca está encostada ao anzol, assim como, quando a pescar com lançamento, tende a ficar bem afastada da isca e do anzol.

Para quem pesca à chumbadinha na vertical, com chumbadas pequenas, estas, devido ao seu pequeno volume, tendem a mimetizar-se com a isca, só encostando ao anzol quando a isca já foi comida. Talvez sim, talvez não!?

Sobre o comprimento da ponteira de amortecimento..., já disse com o que me tenho dado bem, não querendo dizer que não mude, até porque as medidas, pesos e etc. que sugiro, são os que uso e devem ser entendidos como indicativos e não como fórmula infalível, coisa que na pesca, na minha opinião, não existe.

Importa ainda referir que, em certas condições de pesca, por vezes tem de se improvisar e mudar tudo.

Como exemplo, Já cheguei a cortar o estralho de cima e pescar com um único estralho em baixo, com 150cm, com iscada de sardinha inteira, e só assim conseguir capturar Pargos, num dia de aguagem extrema, em que só cavalas grandes entravam no anzol de cima e no de baixo. Isto porque já não tinha tempo útil para mudar de pesqueiro, a aguagem entrou às 4 da tarde, e achei que era demasiada para a chumbadinha. Certo é que funcionou, pensando eu que a iscada maior, junto ao fundo e a trabalhar mais afastada da madre, interessou os "ditos". Esta opção já funcionou várias vezes com êxito, em situações posteriores idênticas.

Sobre ambas as questões..., depende de cada pescador, do que mais gosta, e por aí fora.

Desde que funcione bem e se capture, cada um é como cada qual.

Abraço

Ernesto

[xpto]

Muito bem Ernesto!

[Ernesto Lima]

Boa tarde AJRS

O nó de ligação entre multi e mono que faço actualmente, estou a ver se o encontro na net, e logo que o encontre ou faça um pequeno vídeo, coloco.

Entretanto, o nó que antes fazia e nunca me arrependi é este:

Não está autorizado a ver ligações. Registe-se ou Entre

Não deixei de o usar para a pesca de fundo porque me tenha dado mal, antes porque descobri outro mais fiável, embora mais complicado. Este é simples e fiável.

Abraço

Ernesto

[xpto]

O nó que costumo usar.
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