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Autor Tópico: Limite de um Robalo por dia  (Lida 13507 vezes)

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Offline Marco Caparica

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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #45 em: 16:54 Quinta, 08 de Janeiro de 2015 »
Filipe eu e muitos como eu têm a noção do dinheiro que a pesca lúdica movimenta, mas daí a comparar com os profissionais ainda vai uma grande distância.
Pantão nós enchemos um depósito com 50/60litros, eles atestam com 500 ou 600 e há embarcações que é aos milhares de litros.
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Offline FilipePC

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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #46 em: 17:26 Quinta, 08 de Janeiro de 2015 »
OH Marco, tenho duvidas... Mas mesmo muitas. Se enchem com 600 e nos com 60, mas formos muitos mais do que eles gastamos muito mais.
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Offline PedrasSalgadas

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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #47 em: 17:29 Quinta, 08 de Janeiro de 2015 »
Esta é uma questão de sustentabilidade das espécies, neste caso particular do robalo, e que a ser vista do ponto de vista económico, tal como hoje o entendemos no presente imediato, nem sequer vai dar à pesca lúdica oportunidade de se sentar à mesa.
Na Irlanda o limite é de dois robalos por dia por pescador lúdico, o robalo é uma espécie altamente protegida e interdita a sua captura pela pesca profissional. Daí que as receitas proveniente do turismo que a pesca ao robalo proporciona são hoje uma enorme fonte de receita para a Irlanda. E é por aí que devemos olhar.

Mas vamos também ver uma coisa, as MT quanto é que declararam às finanças neste últimos 5 anos? Alguém sabe?
Quanto “facturam“ os furtivos, e esses são lúdicos ou profissionais?

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Pantão nós enchemos um depósito com 50/60litros, eles atestam com 500 ou 600 e há embarcações que é aos milhares de litros.

Um arrastão de pesca costeira tem 20 a 30 toneladas de gasóleo nos depósitos. Até por aí a pesca profissional é pouco sustentável.
Em termos de movimentação de dinheiro, a pesca lúdica cabe na cova de um dente da pesca profissional. Quem tiver dúvidas que veja o volume de vendas da docapesca num ano que fica esclarecido.

Hoje alimentamo-nos de carne de pecuária, ninguém vai ao supermercado comprar galinha do mato, nem javali do nordeste, isso é coisa pouca, o futuro do peixe como alimento será a aquacultura, será não, já é. Porque o preço do pescado nas Lotas em Portugal é totalmente insustentável para pescadores e armadores. Por isso é que se pesca muito para se ganhar algum, basta ver as estatísticas do preço de pescado nas Lotas, a lota que mais movimenta em toneladas em Portugal é Sesimbra com um custo médio de 1,31€ por quilo nos 4 primeiros meses de 2014.

Lembram-se do Luz do Sameiro que naufragou na praia da légua a norte da Nazaré, acham que andava a pescar o quê?

Um mestre aqui do Norte até diz em termos de brincadeira que os primeiros a chegar à lua não foram os americanos, foram os cachineiros! É que lá já não há peixe!
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Offline Marco Caparica

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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #48 em: 17:45 Quinta, 08 de Janeiro de 2015 »
Manel é isso que o pessoal tem que perceber, não há dúvidas que a pesca lúdica movimenta muito dinheiro e em certas zonas do país tem uma importância económica muito grande, mas não é comparável à pesca profissional.
A empresa onde eu trabalho à uns anos atrás fez a recuperação contabilística a uma das maiores empresas de comércio de peixe do nosso país, eu era um dos técnicos responsáveis e nem vos passa pela cabeça o volume de faturação mensal deles, uma autêntica brutalidade e isto é só um exemplo de outros que poderia dar, por isso Filipe não tenhas a mínima dúvida é 15 a 0.
« Última modificação: 17:49 Quinta, 08 de Janeiro de 2015 por Marco Caparica »
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Offline FilipePC

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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #49 em: 17:47 Quinta, 08 de Janeiro de 2015 »
Nenhuma explicação que me dêem sem números exactos do que a pesca desportiva movimenta com 400 mil pessoas não me vão fazer acreditar em nada. Posso ter muita ou pouca razão, mas  para se provar algo tem que se ter dados.

Dados que da parte Desportiva não existem.
O que sei é que sem pesca lúdica, vão, lojas, vão marcas, vai tudo po calheiro. Ah e vai patrocínios da competição, porque quem consome são os lúdicos.
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Offline PedrasSalgadas

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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #50 em: 17:54 Quinta, 08 de Janeiro de 2015 »
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Dados que da parte Desportiva não existem.

Pois esse é um grande problema, não existem. E quando não existem, quando não há dados que se possam contabilizar para se colocarem sobre a mesa então essa vertente não tem como argumentar. Portanto não existe enquanto parte que possa ou pretenda reclamar o que quer que seja.

Não é por ficarmos limitados a um robalo por dia que o negócio da pesca desportiva acaba, seja ela lúdica ou de competição.
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Offline joaonumberone

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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #51 em: 17:56 Quinta, 08 de Janeiro de 2015 »
basta fazeres 400.000*(um valor que aches adequado, não o que tu possas gastar, mas em média)=x

se fossem 400.000*1000€ano=400 milhões, mas 1000€ por pescador acho mesmo muito, mas mesmo que fosse.

Quanto ao resto se houver alguma mobilização é possivel que alguém pense que consegue uns votos do pessoal.
Entretanto vão continuar a dizimar o peixe mais perseguido do país que é o robalo.
Give a man a fish and he will eat for a day.  Teach him how to fish and he will sit in a boat and drink beer all day.
 

Offline FilipePC

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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #52 em: 18:21 Quinta, 08 de Janeiro de 2015 »
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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #50 em: Hoje às 17:54 »
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Não é isso que eu defendo. Enganas-te se pensas que a minha argumentação é para evitar esse aspecto.
Eu o que duvido é que as diferenças sejam assim tão grandes. Apenas isso. E ninguém me pode provar o contrário, a menos que se apresente dados. Eu tenho dúvidas, até serem dissipadas, fico com elas.

A questão do robalo a ser defendida deve-o ser de uma forma ordenada, e com cabeça. Da forma que já o defendi, através de uma organização.

João, para mim as contas não se fazem assim. Quando eu saio para a pesca, gasto em N factores. Seria um estudo minuncioso, e complexo.
Em casa gasto 0, quando não vou, quando vou, gasto amostras, ou isco, material de pesca, gasolina, portagens, dinheiro em cafés, restaurantes, ou em supermercados... N factores. Isto X 400 mim é muita coisa. Não sei os valores, nem os imagino. E nem é essa a minha preocupação. A minha preocupação é provar a importância que esta modalidade tem, todo o seu impacto, e todas as repercurssões que traz quer a nível económico, quer a nível social, quer até a nível psicológico a toda uma população.

Quantos desportos movimentam mais praticantes em Portugal? 2,3??? Não devem ser muito mais.
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Offline dpeneireiro

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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #53 em: 18:37 Quinta, 08 de Janeiro de 2015 »
Quatro coisas:

1º - Quando apareceu a "primeira" portaria, aquela que prejudicava pescadores lúdicos "à grande", foi criada uma associação por um movimento de diversos pescadores para "combater" essa legislação, a ANPLED.Muitos dos sócios fundadores foram "recrutados" no antigo sitio. Essa associação cresceu muito em pouco tempo e criou diversos grupos de trabalho para as diversas "modalidades" de pesca desportiva - embarcada, surfcasting, submarina... para que estudassem alterações à lei e as fundamentassem com coerência e eloquencia. Esta associação ganhou diversas batalhas e teve que ceder em muitas outras: é preciso saber dar para poder receber. A segunda portaria denota bem algumas das vitórias obtidas pelos pescadores lúdicos, não apenas por intermédio da ANPLED mas também de muitas outras associações das quais não falo porque não conheço. O que sei é que durante muito tempo os sócios recebiam relatórios frequentes das diversas reuniões que se iam sucedendo com os secretários de estado, com os grupos de trabalho de outras associações... O trabalho era muito meritório e os sócios viam bem as duras batalhas que se travavam. Entretanto, o trabalho da associação ANPLED esmoreceu muito, talvez porque dê trabalho e custe muito lutar contra poderes instituídos, ou porque talvez se tenham acomodado (ou nos tenhamos acomodado porque afinal a associação somos todos nós os sócios), mas considero que os sócios ainda podem dinamizar muito a associação, a vontade e o empenho continua lá. E novos sócios, com novas ideias e novas vontades são sempre precisos.

2º - Sobre a arte Xávega: não sou nem conheço ninguém ligado á atividade. Deviam perder 40m do vosso tempo e ouvir a seguinte reportagem:
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Muitas pessoas não sabem sequer o que é a arte xávega. Muitos não sabem os riscos que aqueles pescadores correm e muitos não sabem que maior parte do peixe que pescam é puro desperdício mas que é inerente a este tipo de pesca. E nesta reportagem pedem uma alteraçãozinha que acho que faz todo o sentido: pedem para que exista uma cota de peixes pequenos apenas para esta arte onde a sua apanha é inevitável, se essa cota for excedida numa saída, saltam a seguinte saída, mas aproveitam todo o peixe miúdo que vão desperdiçar atualmente (exceto o que vendem à margem ilegalmente). Reparem ainda numa das ultimas frases da reportagem: "Ó menina, o peixe nunca acaba" - isto sim devemos combater e prevenir como falo no ponto 4.

3º - A pesca profissional não dá 15 -0 à lúdica em termos de movimento de dinheiro. Dá sim 15-5 ou 20-3 ou...(números aleatórios). Mas esses 5 não devem ser descurados. Conheço (como outros aqui) famílias que vivem à conta da pesca lúdica, tanto com lojas, como com importação... e posso-vos dizer que a pesca lúdica movimenta muito, mas mesmo muito dinheiro... somos 400.000 como diz o Filipe. E esse dinheiro, apesar de ser uma migalha perto da pesca profissional, é necessário neste pais em que todas as migalhas contam. E qualquer desequilíbrio a esta frágil estrutura faz logo grandes mossas. Dou como exemplo a entrada em vigor da primeira portaria e a introdução de licenças a par da crise que se instalou: deu um grande rombo no negocio que só agora mostra ténues sinais de recuperação. Eu vi lojas a falirem, outras a patinarem e pessoas à rasca. Essas famílias têm de contar e não se pode legislar à parva só porque se diz que somos nós os lúdicos que derretemos tudo quando está na cara de todos que não é bem assim.

4º - Fiscalizar, fiscalizar e fiscalizar. Posso um dia ter de pagar pela língua porque não sou santo nenhum (nem sei as medidas legais de todos os peixes nem sequer conheço maior parte das espécies) mas neste pais faz falta fiscalizar. E é em tudo: desde o rendimento mínimo, à pesca lúdica, passado pela profissional e etc. O povo português precisa de muita fiscalização porque infelizmente anda meio mundo a tentar ser mais esperto que os outros. Já falaram aqui das redes, dos barcos às escuras, dos petardos, falta falar do meixão, dos chicos espertos que dizem que "uma azeitona é mais pequena e tem caroço e também se come", das imensas estacas que "pesco" aqui na zona com estralhos colocadas na maré baixa, do tipo que é lúdico mas abastece 3 restaurantes finos em Odemira, dos ninjas da lampreia etc, etc, etc. Temos que ser todos fiscalizados. E temos que nos consciencializar que o peixe não é inesgotável, logo temos que "ensinar" os nossos camaradas de armas que existem regras na pesca para que os nossos putos possam ter algumas alegrias connosco daqui a 30 anos. Temos que incutir nas nossas crianças que apanhar um robalo com 10 cm, ou no prazo da desova é equivalente a bater numa menina: não se faz. E temos que nos consciencializar que também somos parte do problema, talvez uma parte pequena mas somos, e cabe-nos decidir se queremos ou não ser conscienciosos independentemente da lei. Para os que não querem... fiscalizem.

Cumprimentos.
 

Offline PedrasSalgadas

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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #54 em: 18:46 Quinta, 08 de Janeiro de 2015 »
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Não estou a contestar nem o que defendes nem o que defendem os outros. Acho apenas que a questão não se pode colocar do ponto de vista económico, porque aí fica sempre a perder quem gera menos receitas e quem está menos organizado. E não seria difícil de ver quem será.

A questão, quanto a mim, tem de ser vista pelo lado da sustentabilidade, o que está em causa é a espécie, não é?
Então que é que mata mais, uma rede ou um anzol? E de forma indiscriminada, a pesca profissional e as licenças para redes são muito mais nocivas para a espécie do que todos os lúdicos juntos. E depois os lúdicos também não queiram tapar o sol com a peneira, porque de lúdicos só têm a licença que tiram no multibanco, o mais são furtivos e balanceiros.

A Xávega é um problema “cultural“ que ninguém tem coragem para colocar um ponto final como já devia ter acontecido. Não se admite que no século XXI se mate peixe indiscriminadamente da forma como a Xávega o faz, e havendo hoje condições de pesca e de navegabilidade que há 150 anos nem sequer se vislumbravam.
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Offline FilipePC

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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #55 em: 18:48 Quinta, 08 de Janeiro de 2015 »
Muito bom. Acho uma interpretação com pés e cabeça.
Chamem-me maluco, mas movimentamos Biliões, leiam bem, não são milhões. Tenho total convicção disso, não sei é valores exactos, nem quero saber, lol.

Bem sobre o texto anterior. Posso responder ao que penso sobre o ponto 1.
A ANPLED, mesmo sem meios e com pouca força, faz milagres, que alguns que apontam o dedo nem imaginam.
Erramos, epa sim, quem não erra. Mas trabalhar de borla, no dia de folga, abdicar por vezes desse dia para pescar ou para estar com a família, para ir dar workshops, ou ir a reuniões, meus amigos, só dá para quem gosta do que faz.
Por isso é que dentro da ANPLED só se esforçaram nos ultimos anos os que realmente AMAM a pesca lúdica, os que querem abdicar dos seus interesses pessoais em prol de todos nós.

Sou muito crítico comigo, e por isso não estou satisfeito, mas podem ter a certeza que estamos vivos, e que por isso escrevi aqui que precisamos de uma equipa, precisamos de ajuda. Esqueçam guerras pessoais, ou ideais. Esqueçam isso, tentem entender que se precisa de ter mais força, e isso só com união.

Por isso não custa aderir no Facebook, para quem pode não custa fazer-se sócio.
Algumas das práticas comuns antigas vão voltar a estar em prática, mas tentem entender que eu e os que restamos a trabalhar, não somos de ferro...
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Offline Ernesto Lima

Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #56 em: 18:51 Quinta, 08 de Janeiro de 2015 »
Boa tarde a todos

Relativamente ao assunto em discussão, não propriamente do "Robalo por dia" mas das limitações consecutivas à pesca lúdica, no que respeita à necessidade de nos fazermos ouvir, concordo na generalidade com o Filipe... só com uma união forte nos poderemos defender. Mas, para união forte, além de todos nós pescadores de todas as técnicas, deveríamos contar com outros agentes ligados à pesca desportiva, como sejam: lojistas, marcas, náutica de recreio relacionada, associações, clubes, federações..., todos a trabalhar no mesmo sentido, unidos (... é bom sonhar) e fundamentados com estudos e números.

Quer se goste ou não, na verdade, a partir do momento em que capturamos também fazemos parte do problema da diminuição de pescado, no entanto também não se pode negar que cada área que retira produtos do mar (desportiva e profissional), deveria ser limitada e fiscalizada de forma proporcional e efectiva ao que daí aufere.
Portanto também me parece pouco aceitável que continuamente, "para fazer ver inglês" sejamos nós os lúdicos a papar com as limitações e fiscalizações. Sim... fiscalizações, porque na embarcada, em Sines e em Setúbal, pelo menos, a fiscalização é contínua, regular, cansativa e penso até inapropriada, face ao tipo de fiscalização que efectuam.

Mas aceito que de facto tenhamos a nossa parte de limitações, ficando no entanto a questão: será que ainda são necessárias mais limitações no que à pesca lúdica se refere?

Sobre o número 400.000 pescadores, gostaria de saber da sua verdade, tendo em conta o número de licenças tiradas e constantes do quadro da DGRM que podem ver neste link  Não está autorizado a ver ligações. Registe-se ou Entre, referente ao número total de licenças tiradas até 30 de Setembro de 2014.

Quanto ao trabalho até agora desenvolvido pela ANPLED, acho que foi o possível dado o meu conhecimento parcial do assunto, e enviar um abraço, entre alguns outros, ao sempre batalhador João Borges.

Abraço

Ernesto
Quanto mais pesco... mais sinto necessidade de aprender sobre a pesca.
 

Offline FilipePC

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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #57 em: 18:53 Quinta, 08 de Janeiro de 2015 »
Que eu saiba, logo no inicio desta discussão, eu escrevi que não somos o maior problema, mas somos parte dele. Logo há que trabalhar organizada mente para travar alguma injustiça e para lutar por o que pode ser feito.

Agora eu questiono todos os que nunca ajudaram, se sentem legitimidade para apontar o dedo. O maior erro que podemos cair é em nos pormos a parte da problemática. Existimos, não somos poucos. Logo somos parte activa disto, movimentamos muito dinheiro, valemos muito, temos que procurar ter também essa aceitação para poder não diria lutar, mas conversar de igual para igual.

A pergunta que fazer de onde inserir os furtivos, para mim é simples. Pesca profissional. Pessoas que vivem da pesca sem pagar para tal.
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Offline FilipePC

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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #58 em: 18:57 Quinta, 08 de Janeiro de 2015 »
Olá Ernesto, esta gente toda deve TANTO ao João Borges que nem imagina...
Ernesto há muito que defendo uma união Total entre pescadores, pelo menos daqueles que defendem versões desportivas da mesma.

Mas vão ter que começar a dar mais a cara, pois a batalha só se pode vencer com união e compreensão entre todos.

Por isso vão levar sempre comigo, desculpem,  :D, mas visitem a ANPLED, tentem ajudar. Porque é o vosso desporto que está em causa. Não deixem que isto chegue ao ponto que a caça chegou.
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Offline dpeneireiro

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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #59 em: 19:17 Quinta, 08 de Janeiro de 2015 »
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sempre comigo, desculpem,  , mas visitem a ANPLED, tentem ajudar

Contigo, comigo, e com todos os que sabem ou têm noção do que lá se fez e faz, do que se foi conseguindo a muito custo.

Como eu disse considero ainda, tal como na altura em que me fiz sócio, que uma associação forte que represente a vontade de muitos, que debata os assuntos de forma autoritária, credível, fundamentada é olhada como um aliado dos grupos de trabalho do governo e não um inimigo.

Eu tenho noção de algumas das batalhas que se travaram e do quanto se conquistou (basta olhar para a segunda portaria), muitos dizem que foi pouco. Eu digo que foi o possível e teremos que continuar a lutar para melhorar a nossa condição e justificar algumas das coisas que não estão bem contadas. Mas para isso a associação precisa de força, e da força de todos.

Eu ao contrário do FilipePC (pelo que me dá a parecer a sua forma de falar) não sou nem nunca fui parte de nenhum grupo de trabalho nem fiz nada ativamente em prol da associação, nunca perdi um dia em prol da nossa comunidade apesar de estar disponível e o ter indicado quando mo solicitaram, mas sou um no meio de muitos que mandatando os que por nós lutam lhes damos a força dos números. Quantos mais formos, mais força eles terão. E olhem que agora não sei, mas tempos houve que a associação tinha uma força bem patente.



 

 

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