Pesqueiro
Pesca em Geral => Histórias & Escritos => Tópico iniciado por: Psiconauta em 00:40 Quarta, 24 de Novembro de 2021
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Sei que temos fama de mentirosos mas tenho historias de pesca tão insólitas que nem preciso de mentir! Ora aqui vão sem ordem precisa:
1ª- O meu 1º robalo apanhei-o no Magoito, deveria ter 14/15 anos, fui com o meu pai, o meu grande companheiro de pesca, e o meu tio que foi só fazer companhia, uma manhã sem nada picar em qualquer dos iscos que levávamos, e chegada a hora da bucha toca de sacar do pão e de um chouriço, o meu tio cortou a ponta ao chouriço e eu se bem pensei melhor o fiz, isquei a ponta do chouriço e assim apanhei o meu 1º robalo.
2ª- A pescar na foz de um pequeno rio em Espanha, que por sinal até nasce na mesma serra do nosso Tejo, com um fio de mão um chumbo e uma minhoca no anzol lá puxo algo mais pesado, uma lata de salsichas presa no anzol pela argola de abrir e lá dentro um caboz.
3ª- A pescar com asticot às percas para passar o tempo, já tinha apanhado umas dezenas, todas devolvidas, quando um achigã, pouco maior que a perca, ataca e emborca a perca à bruta e saíram os dois o pobrezito do achigã com a perca entalada na garganta com a cauda a sair pela boca.
4ª- Uma noite no Farol da Guia em Cascais, com o meu pai, a pescarmos à boia com materiais iguais, lado a lado, ele tirava grandes bogas e eu canuco só tirava robalos, ele nem queria acreditar.
5ª- De férias na ilha do Farol, na ria Formosa, fui passar uma frigideira por agua na ria e a maré estava baixa, numa poça estava um choco preso à espera da maré e foi ai que o choco foi do mar direto para a frigideira.
6ª - Saímos de madrugada para irmos ao achigã à barragem de Montargil e chegamos antes do amanhecer, íamos de carro por um dos caminhos de terra batida quando encandeamos um coelho que desatou a fugir à frete do carro até encontrar um carreiro e sair da estrada, o carreiro não lhe agradou e ele voltou à estrada marrando com força na jante da frente suicidando-se, não apanhamos nenhum achigã mas trouxemos um coelho e para tornar isto ainda mais inverosímil era dia 1º de Abril.
Tive mais mas já não me lembro nunca apanhei peixes grandes mas tenho grandes historias!
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Muito bom... :fixe:
São histórias dessas que alegram a vida do pescador. :))
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Obrigado pela partilha, adorei ler. Hei-de ser toda a vida um amante efusivo de histórias 👌
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:fixe: :beer: :-D
as historias que ficam para a posteridade e relembrar e até rir sozinho são a melhor parte das idas há pesca :D :D
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Esses achigans são malucos, o meu primeiro foi depois de almoço junto a uma lagoa à borda da estrada. Viamos uns peixes a saltar, tendo cana mas não isco, espetámos no anzol sementes de melão e foi assim que apanhei o primeiro mini verde xD
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Muito bom.
São daquelas coisas que se não estivéssemos lá não dava para acreditar.
Boa partilha.
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Não tenho muitas histórias mas as duas mais interessantes
Um alcorraz que se enleou no estralho, veio apanhado com um nó pelo rabo e com o anzol intocado
Uma vez apanhei uma montagem com um sarguito bom lá preso e ainda vivo
É é tudo, tenho de ir mais vezes a ver se consigo aumentar as hipóteses de boas histórias hehe
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Lembrei-me de outra engraçada que até tenho documentada. Estava aos sargos no triangulo em aveiro, e ferro um peso que começa a vir, no fundo vejo cor de peixe. Quando chega cá fora é que dei conta. Alguém ferrou um sargo( de bom tamanho), a montagem prendeu numa pedra e ao forçarem partiu, mas o sargo nunca se desferrou e morreu. Eu, com uma pontaria dos diabos, ferrei a chumbada presa com o sargo xD
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Historias de pesca e de pescador sao sempre bem vindas. obrigado
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Bela história, obrigado.
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Boa história!
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Uma vez ao largo das varandas de Peniche, estava a pescar com um Jig de 40g à espera de ferrar umas sardas ou uns agulhas lá ao longe.
Num dos lançamentos, sinto uma forte pancada na linha e uns puxões valentes, um bom peso...
Já vem aí um bichinho valente, pensei eu.
A meio da luta (estava a uma altura considerável) começo a ver um vulto castanho... E a ouvir piar.
Continuo a enrolar e ao chegar cá acima deparei-me com um... Milhafre?
Segue a maior luta de pesca da minha vida... Desenrolar metros de multifilar de um milhafre ensopado.
Daqui só se tira uma lição, nunca se metam com um Milhafre.
As unhas parecem navalhas, e o bico tem mais força do que imaginam.
Meia hora ou 40 minutos depois, lá consegui desenrolar o pobre coitado e ele lá seguiu caminho.
Uma experiência traumatizante para os dois ::)
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Já me aconteceu 2 vezes com gaivotas, é lixado.
O melhor é um pano sobre a cabeça que acalmam logo.
Não seria um corvo marinho? um milhafre é muita estranho estar na água? ou apanhaste no ar quando lançaste? era de noite?
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Já me aconteceu 2 vezes com gaivotas, é lixado.
O melhor é um pano sobre a cabeça que acalmam logo.
Não seria um corvo marinho? um milhafre é muita estranho estar na água? ou apanhaste no ar quando lançaste? era de noite?
Já me aconteceu 2 vezes com gaivotas, é lixado.
O melhor é um pano sobre a cabeça que acalmam logo.
Não seria um corvo marinho? um milhafre é muita estranho estar na água? ou apanhaste no ar quando lançaste? era de noite?
Não, também fiquei estupefacto mas era um Milhafre sem sombra de dúvida.
Era de dia, mas estava a fazer lançamentos muito longos e não consegui perceber bem mas penso que deve ter batido na linha quando estava em voo.
É realmente estranho. Mas aquelas pedras e grutas estão cheias de ratos e ratazanas, por isso possivelmente andava à caça por alí.
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A malta da pesca passa por insolitos, historias bizarras e eu tenho algumas ...
De repente lembro.me tambem de ja ter ferrado uma gaivota, mas ferrada mesmo pelo bico, foi um filme para lhe tirar o anzol...
Também ja me aconteceu passar ao longe por um pescador e ficar uns metros mais à frente, e depois de lançar a cana reparar num belo que ali estava numa poça. Ora o pescador minutos depois passou por mim , cumprimentei-o e elogiei a captura do sargo, ao que ele muito admirado me responde que já o tinha visto lá e pensou que era meu....!
Outra vez encontro um robalo na areia, acho que já contei por aqui, mas que raio, praia completamente vazia, e o peixe com um ar ainda muito fresco... quando pego nele reparo numa linha que o prendia à areia... nada mais que uma chumbada enterrada, um anzol com uma moura iscada na boca do robalo...!
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Olá companheiro
Li o artigo do JoãoP sobre o robalo que encontrou na praia preso por um fio enterrado.
Penso que isso se deveu a uma técnica de pesca que se utilizava há muitos anos, em troia, sobre tudo na praia em frente á cadeia de santa cruz do bispo.
Consistia no seguinte;.
Nas baixa mar das marés de lua (lua nova e lua cheia) espetavam-se umas estacas em madeira de 50/60 cm na areia com um estralho de mais ou menos um metro, uma boa xuxa de sardinha e na baixa mar seguinte lá íamos apanhar uns bons robalos e uns linguados XXXL.
Bem, este filme já o João viu, praia deserta, robalo na areia preso a um anzol.
Escusado ser dizer que isto já lá vão uns bons 30/40 anos.
a malta de Setubal deve lembrar-se disto.
Saudações
Luis Santos