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Autor Tópico: Proibicao geral da pesca do robalo a partir 1 jan/2016  (Lida 24718 vezes)

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Offline atsimoes

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Re: Proibicao geral da pesca do robalo a partir 1 jan/2016
« Responder #60 em: 19:40 Sexta, 13 de Novembro de 2015 »
A Evolução dos Peixes|A Zona das Marés|Água Doce|Água Salgada|Doce ou Salgada|Factos e Animais Curiosos|O Planeta Azul

 

 

 

 

Um Só Oceano 

A superfície da Terra encontra-se coberta em cerca de 2/3 da sua extensão por uma vasta massa de água contínua que forma na realidade um único e gigantesco Oceano. Este sofre algumas variações de salinidade, temperatura e outros factores, consoante nos encontramos próximo do Equador ou dos Pólos.
Do litoral às profundezas dos abismos, os Oceanos acolhem as mais variadas formas de vida, sempre adaptadas às condições ambientais onde se inserem.
As zonas tropicais, de águas mais quentes, onde a quantidade de alimento disponível é geralmente maior, são normalmente mais ricas em espécies do que as zonas temperadas.




Mar Aberto 

Em Mar Aberto não existem obstáculos ou objectos que possam servir de referência ou de abrigo aos animais que aí vivem. Em consequência, os peixes desenvolveram uma excelente capacidade natatória, que lhes permite deslocar-se velozmente e percorrer grandes distâncias. Os poderosos tubarões-anequim, os atuns e espadartes são exemplo de habitantes deste tipo de ecossistema.Zonas Costeiras 

As zonas costeiras são regiões de transição entre a terra e o mar, de dimensões e características muito variáveis. Aqui se encontram a maior parte das espécies marinhas, em ecossistemas diversos.

Recifes de coral

Nas águas quentes e límpidas das regiões tropicais proliferam os recifes de coral, que chegam a cobrir extensas áreas. Os corais, pequenos animais primitivos que vivem em colónias, estão na origem destas verdadeiras obras arquitectónicas, edificadas a partir da sucessiva sobreposição dos esqueletos calcários segregados por estes animais. As condições ambientais são favoráveis ao aparecimento de uma imensa diversidade de formas de vida que competem e lutam permanentemente pela sobrevivência, adoptando as mais fascinantes estratégias de ataque e defesa. Constituindo ecossistemas de beleza única, os recifes coralíferos estão actualmente ameaçados pela poluição e pela acção devastadora do Homem, que os explora com fins turísticos e comerciais.

 




Praia rochosa

as zonas costeiras temperadas albergam também uma grande diversidade de formas de vida que incluem a maior parte das espécies com valor comercial (peixes e invertebrados como os apreciados mariscos). As costas rochosas até aos 200 metros de profundidade aliam um conjunto de características que favorecem o desenvolvimento da vida: águas bem iluminadas e oxigenadas, abundância de alimento e um substrato sólido onde as espécies se podem fixar ou refugiar. A zona da costa sujeita à influência das marés é chamada ZONA INTERTIDAL. Aqui os seres vivos têm uma notável capacidade de adaptação às bruscas variações ambientais. Se, por um lado estão sujeitos ao embate das ondas durante a maré cheia, por outro sofrem os efeitos da dessecação provocada pela exposição ao ar na maré baixa, sofrendo a acção directa do vento e sol. Suportam assim grandes variações da intensidade luminosa, da temperatura, salinidade e outros factores, consoante estão submersos ou fora de água. Para além disto, têm de competir com os vizinhos pelo espaço e nutrientes.

Estuários

Os estuários são zonas confinadas, onde a água dos rios se encontra com a do mar. Fortemente influenciados pelas marés, sofrem oscilações significativas dos valores da salinidade e temperatura, exigindo aos seres vivos especiais adaptações. No entanto, a abundância de nutrientes e o facto de constituírem áreas protegidas do ponto de vista climatérico e da presença de grandes predadores, faz com que estes ecossistemas sejam muito ricos em formas de vida. Por outro lado, os estuários são ainda utilizados por muitas espécies como viveiros, ou seja áreas onde os juvenis encontram abrigo e alimento durante as primeiras fases do seu crescimento.


Excerto retirado do Centro aquario Vasco da Gama.


Nas rias galegas e proibida a pesca comercial e permitida a ludica.
Agora eu pretendo saber se a nossa mentalidade de ludicos para se entreter,avos criancas e pescadores de fim-de-semana vai deixar de meter num saco robalitos de 5 cm como assisti num concurso de pesca debaixo da ponte D.Luis no domingo enquanto passava a maratona do Porto...
Gostaria de saber quantos de vós ja andaram de cartilha na mao tipo testemunha de jeová a ensinar aos pescadores que nao devem fazer isso senao vao para o inferno...
Utopias ...somos um povo inculto ,iliterato,ignorante e sujo .nao ,nao somos todos ,eu sei ,mas acham que depois da nossa geração morrer fisicamente,haverá uma outra melhor ,mais civica ,mais responsavel???
Quantas formações de pesca se fazem em Portugal???a declathon faz..a Efsa onde estive fez...A Federação quantas faz por ano Manel???
 

Offline FilipePC

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Re: Proibicao geral da pesca do robalo a partir 1 jan/2016
« Responder #61 em: 20:09 Sexta, 13 de Novembro de 2015 »
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Filipe, as Savelhas são muito pouco resistentes fora de agua pelo que morrem muito mais cedo que os outros peixes (a cavala também dura muito pouco tempo fora de agua). Não terá sido por essa razão que morreu ?! Eu também as apanho e quando liberto noto isso. Já tenho soltado alguns peixe sem ser pela boca que têm sobrevivido e pela boca não me lembro de um que tivesse morrido. Quando embucha e sangra... não há hipótese.

A temática central é muito complexa. Haverá muita gente com ideias sobre a resolução do problema mas há tanta gente que defende tanta coisa diferente que não vai ser possível nunca agradar a todos. É importante tomar medidas ! E que as medidas que tomem que tenham impactos positivos.


Sim tenho ideia que são frágeis. Mas quase todos os peixes que tenho solto, tirando os capturados pelo beiço, onde as fateixas acabam por ser melhor opção pois raramente são embuchadas, morrem. É o que tenho reparado. Infelizmente pois não é objectivo tirar todos.

É obvio que se deve tentar chegar um conceito, mas acho um piadão ler que se apanharam robalos com 5 cm. ou 10 cm. ou douradas de 15 cm. e que a culpa é do local, lol, a culpa não é então das pessoas? Não é da falta de educação e fiscalização que existe? lol. Está boa essa. Existe uma lei, lei que vai ser revista nas medidas minimas. Se ela te diz que so podes apanhar robalos de 42 cm. ( peixe que já terá os seus 800/900 gramas) e tu apanhas peixe minusculo e culpa não é tua? Não consigo entender esse ponto de vista.

Nélson eu até conheço bem a zona onde te vi a pescar no Verão com o Emanuel. E conheço essa zona do Algarve aí a volta. Dentro da ria não há douradas boas? Há, tanto há que apanharam e apanhas. É a tua escolha procurar essas maiores ou não certo? Tua e da lei em si, que te dá uma cota mínima. Nessa ria, também as há muito pequenas, lembro me de andar aí em pequeno a apanhar robalitos bebés e douradas abaixo de palmo. Ninguém me transmitia o contrário. Eu transmito o contrário aos meus primos pequenos quando os levo a pesca. Eu considero que é possível escolher um caminho diferente em que não se tem que proibir milhares de pessoas de serem felizes.

Os estuários só serão berçários enquanto houver quem neles procure tudo o que mexe ao invés de procurar apenas exemplares no mímimo dentro dos tamanhos acreditados para reprodução. Nélson eu não levo tudo para casa como quem pesca comigo sabe, mas não sou capaz de pensar so em mim e acho incorrecto prejudicar tanta gente pelos erros dos outros e pela cobardia do legislador.



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  • Ontem pesquei um robalo de 20kg ou talvez mais.
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Re: Proibicao geral da pesca do robalo a partir 1 jan/2016
« Responder #62 em: 20:52 Sexta, 13 de Novembro de 2015 »
Se esta lei fosse para a frente merecia uma oposição concertada dos pescadores, tanto lúdicos como profissionais. Tipo uma manifestação, várias ou outra forma qualquer de pressão..

Todos querem a preservação do robalo. Todos querem medidas de protecção. Mas a proibição cega da sua pesca, vinda de pessoas que nem conhecem a realidade do nosso país, acho que ninguém quer.

Não estou a ver os lúdicos a fazer uma manifestação... mas os profissionais sim. E se acontecer acho que os lúdicos deviam-se juntar.

Este assunto é quente e até já ouvi pessoas que não têm nada a ver com pesca a falar disto. É um choque para mim e todos os pescadores que pescam robalos desde miúdos com os seus pais e é um choque para toda a gente que sempre comeu robalo do mar como uma iguaria nacional.

Desculpem o desabafo.
Se as pessoas se concentrassem nas coisas realmente importantes na vida, haveria uma grande escassez de canas de pesca.
 

Offline Beto_Manja

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Re: Proibicao geral da pesca do robalo a partir 1 jan/2016
« Responder #63 em: 21:04 Sexta, 13 de Novembro de 2015 »
Boas

Filipe, concordo com o teu ponto de vista mas discordo nas medidas de protecção.
Eu acho que tem de se proibir para preservar.
É mais difícil fazer o pessoal mudar as técnicas de seleção do pescado do que fazer um defeso para desova.
Mas, como já disse anteriormente, quaisquer que sejam as medidas, o mais importante é que se façam cumprir com seriedade e igualdade.
Cumprimentos,
Roberto

...e se tiver que me calhar uma grade...
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Offline FilipePC

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Re: Proibicao geral da pesca do robalo a partir 1 jan/2016
« Responder #64 em: 21:15 Sexta, 13 de Novembro de 2015 »
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Boas

Filipe, concordo com o teu ponto de vista mas discordo nas medidas de protecção.
Eu acho que tem de se proibir para preservar.
É mais difícil fazer o pessoal mudar as técnicas de seleção do pescado do que fazer um defeso para desova.
Mas, como já disse anteriormente, quaisquer que sejam as medidas, o mais importante é que se façam cumprir com seriedade e igualdade.


Respeito, mas lá está considero que existe um caminho totalmente distinto, mais justo e que pode trazer na mesma bons resultados.

- Uma diminuição do numero de exemplares dia
- aumento do tamanho legal de captura

- Fim da pesca com redes nos estuários
- Fiscalização real as leis

Só isto iria permitir alterações brutais no futuro da pesca ao robalo.

Lembra-te que atrás do robalo, vem outro peixe que já anda a ser falado a 2 anos. Quero depois ver ao que vamos pescar?

Temos que ser realistas, temos em Portugal 4/5 espécies alvo mais procuradas na pesca lúdica. Principalmente 3 delas são muito procuradas, se as proibirmos o que nos sobra?

Quem acha que isto pode ser solução pegue no exemplo da caça. Acham que foi solução? Linda solução. Hoje existem apenas 20% dos caçados que haviam a 10 anos atrás. As restrições quando são proibições só servem para determinados grupos se encherem e no geral tiram a uma maioria o seu bem estar. Não tenho dúvidas que proibir só vai prejudicar quem não merece. E não tenho duvidas que a solução não passa por aí. Quem incumpre vai fazê-lo e para cumulo ainda vão ganhar mais dinheiro com isso.
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Re: Proibicao geral da pesca do robalo a partir 1 jan/2016
« Responder #65 em: 22:49 Sexta, 13 de Novembro de 2015 »
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Respeito, mas lá está considero que existe um caminho totalmente distinto, mais justo e que pode trazer na mesma bons resultados.

- Uma diminuição do numero de exemplares dia
- aumento do tamanho legal de captura

- Fim da pesca com redes nos estuários
- Fiscalização real as leis

Só isto iria permitir alterações brutais no futuro da pesca ao robalo.

Eu já nem pedia tanto, as duas últimas já iam proporcionar uma melhoria substancial nos efectivos desta espécie.

Mas outras, acabar com as majoeiras, que eram uma arte de tresmalho para os meses em que as xávegas não operavam atendendo ao estado do mar, mas que hoje qql pescador com cédula profissional pode requerer licença, que permite cravar até 6 redes por licença. Para quem já viu alar uma rede destas qualquer peixe que lá esteja está morto sem olhar a espécie ou tamanho.
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Offline Nelson Peres

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Re: Proibicao geral da pesca do robalo a partir 1 jan/2016
« Responder #66 em: 10:10 Sábado, 14 de Novembro de 2015 »
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Respeito, mas lá está considero que existe um caminho totalmente distinto, mais justo e que pode trazer na mesma bons resultados.

- Uma diminuição do numero de exemplares dia
- aumento do tamanho legal de captura

- Fim da pesca com redes nos estuários
- Fiscalização real as leis



Concordo com o teu ponto de vista, mas todas as medidas que apontas levam a um caminho, quanto a mim, um problema grave por solucionar que é a FISCALIZAÇÃO. Sem isto, todas as medidas que possam ventilar ou adotar valem tanto como nada. É aqui que, na minha opinião, se devem incidir os esforços. Claro que depois concordamos todos que a pesca dom redes nos estuários têm que acabar. E se for necessário proibir ou fazer defeso seja do que for em locais estratégicos não vejo mal nenhum. Mas tudo todas essas medidas teriam que ser forçosamente FISCALIZADAS, senão ocorreria sem dúvida o que apontaste. Os prevaricadores sairiam beneficiados.

A educação que falas e que eu concordo, não pode ser de uma forma passiva. Transmitir,educar, sensibilizar para os problemas existentes chega a muito poucos ! Tenho em querer que num país de muitos vícios se aprende muito melhor «a levar pelos queixos». Fiscalizem, multem o que faz realmente mal e. Mas sou contra a caça á multa por tudo e por nada, atenção. Depois dentro disto haverá sempre muitas injustiças, haver bom senso na fiscalização também se exige.

Filipe, como sabes e como transmito em alguns do meus relatos, as pescas que faço são muito direccionadas a uma espécie alvo a maior parte do ano. Se acompanharem com a atenção percebem o tamanho de anzol que uso em determinados pesqueiros, anzol em função dos iscos e os iscos em função do peixe alvo. No local que mencionaste que eu pesquei com Emanuel estava a pescar com um anzol pequeno (Sasame Warmer N.4) porque o peixe que apanhei lá durante alguns dias eram douradas todas bem acima da medida e vinham sempre embuchadas. Não tinha necessidade de usar um maior e mais robusto porque a bitola das douradas não passava o Kg. O certo é que com aquele anzol durante as vezes que fui tive sempre mais sucesso que todos os outros companheiros juntos, exceptuando o dia que fui com o Emanuel que não deu rigorosamente nada ! E por acaso falamos sobre o tamanho dos anzóis, ele usava um maior que o meu para evitar isso também. Dizia-me que também apanhava peixe pequeno lol... Entendi o que ele me estava a querer dizer porque também penso assim mas naquele caso, eu sou dali, e sabia como poderia ter melhor sorte.

Agora, se esse anzol foi efectivo nesse local em mar aberto, no estuário se eu o utilizar vou dizimar as pequenas douraditas e os pequenos robalotes, peixes sem medida que cabem na palma da mão, isto tem que ficar bem claro aqui. Tal como tu, em tempos tambem fiz massacres loucos. Nunca ninguem me sensibilizou para este problema na altura. Ultrapassei isso e tenho o cuidado, tambem em virtude da espécie alvo, de fugir ao peixe pequeno e esperar pelo peixe graudo. Tambem vou apanhando, volta e meia, peixe sem medida claro. Mas vem sempre pelo beicinho e sai sempre ou quase sempre em condições de ser devolvido com vida.

Porque não adianta nada devolver peixe morto, já todo estripado e a sangrar, ja sem guelras. Isto é o quê, é libertar ?! Desculpem mas não é. Nesta altura, aqui no meu estuário, e na maior parte deles, há douradinhas bebes aos montes. Ver libertar 10 e passados 2 minutos ver 10 espalhadas na praia dói. Dói tanto como ver por no saco. Se acham bem devolver peixe se medida façam o favor de aumentar o tamanho do anzol quando sabem que no pesqueiro andam crias.

Regressando ao tópico , a FISCALIZAÇÃO é urgente e quero querer que seria um passo em frente ENORME.
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Re: Proibicao geral da pesca do robalo a partir 1 jan/2016
« Responder #67 em: 10:21 Sábado, 14 de Novembro de 2015 »
Sobre as majoeiras, redes que são cravadas pelo menos desde Espinho até S. Pedro de Moel, e que nos meses de inverno apanham e matam robalo à tripa forra, vejam bem neste blog Não está autorizado a ver ligações. Registe-se ou Entre que o amigo Ladarios colocou num outro post sobre este mesmo tema, no estado em que o peixe está quando elas são aladas.
Neste caso são apenas duas tainhas, mas já as vi carregadas de peixe, robalos, rabetas, linguados, peixe porco, apanham tudo onde estão do fundo à tona. Até toninhos, que são golfinhos, já vi apanharem nessas redes.

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Re: Proibicao geral da pesca do robalo a partir 1 jan/2016
« Responder #68 em: 10:27 Sábado, 14 de Novembro de 2015 »
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Sobre as majoeiras, redes que são cravadas pelo menos desde Espinho até S. Pedro de Moel, e que nos meses de inverno apanham e matam robalo à tripa forra, vejam bem neste blog Não está autorizado a ver ligações. Registe-se ou Entre que o amigo Ladarios colocou num outro post sobre este mesmo tema, no estado em que o peixe está quando elas são aladas.
Neste caso são apenas duas tainhas, mas já as vi carregadas de peixe, robalos, rabetas, linguados, peixe porco, apanham tudo onde estão do fundo à tona. Até toninhos, que são golfinhos, já vi apanharem nessas redes.


Não conheço de perto esse problema, só de ouvir falar, de ler ! Como continuam a permitir isto ?! ??? :o
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Re: Proibicao geral da pesca do robalo a partir 1 jan/2016
« Responder #69 em: 10:32 Sábado, 14 de Novembro de 2015 »
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Concordo com o teu ponto de vista, mas todas as medidas que apontas levam a um caminho, quanto a mim, um problema grave por solucionar que é a FISCALIZAÇÃO. Sem isto, todas as medidas que possam ventilar ou adotar valem tanto como nada. É aqui que, na minha opinião, se devem incidir os esforços. Claro que depois concordamos todos que a pesca dom redes nos estuários têm que acabar. E se for necessário proibir ou fazer defeso seja do que for em locais estratégicos não vejo mal nenhum. Mas tudo todas essas medidas teriam que ser forçosamente FISCALIZADAS, senão ocorreria sem dúvida o que apontaste. Os prevaricadores sairiam beneficiados.

A educação que falas e que eu concordo, não pode ser de uma forma passiva. Transmitir,educar, sensibilizar para os problemas existentes chega a muito poucos ! Tenho em querer que num país de muitos vícios se aprende muito melhor «a levar pelos queixos». Fiscalizem, multem o que faz realmente mal e. Mas sou contra a caça á multa por tudo e por nada, atenção. Depois dentro disto haverá sempre muitas injustiças, haver bom senso na fiscalização também se exige.


- Mas quem disse que era de forma passiva? As mesmas tretas que usam nas redes sociais para meter medo aos pescadores lúdicos deviam usar para acções sensibilização geral. E também deviam fiscalizar com força a questão das medidas e peso limite. Só aqui estava o problema resolvido. Ninguém disse para se educar de forma passiva. Passivo é o que há hoje em dia, não o que eu defendo.




Filipe, como sabes e como transmito em alguns do meus relatos, as pescas que faço são muito direccionadas a uma espécie alvo a maior parte do ano. Se acompanharem com a atenção percebem o tamanho de anzol que uso em determinados pesqueiros, anzol em função dos iscos e os iscos em função do peixe alvo. No local que mencionaste que eu pesquei com Emanuel estava a pescar com um anzol pequeno (Sasame Warmer N.4) porque o peixe que apanhei lá durante alguns dias eram douradas todas bem acima da medida e vinham sempre embuchadas. Não tinha necessidade de usar um maior e mais robusto porque a bitola das douradas não passava o Kg. O certo é que com aquele anzol durante as vezes que fui tive sempre mais sucesso que todos os outros companheiros juntos, exceptuando o dia que fui com o Emanuel que não deu rigorosamente nada ! E por acaso falamos sobre o tamanho dos anzóis, ele usava um maior que o meu para evitar isso também. Dizia-me que também apanhava peixe pequeno lol... Entendi o que ele me estava a querer dizer porque também penso assim mas naquele caso, eu sou dali, e sabia como poderia ter melhor sorte.

Agora, se esse anzol foi efectivo nesse local em mar aberto, no estuário se eu o utilizar vou dizimar as pequenas douraditas e os pequenos robalotes, peixes sem medida que cabem na palma da mão, isto tem que ficar bem claro aqui. Tal como tu, em tempos tambem fiz massacres loucos. Nunca ninguem me sensibilizou para este problema na altura. Ultrapassei isso e tenho o cuidado, tambem em virtude da espécie alvo, de fugir ao peixe pequeno e esperar pelo peixe graudo. Tambem vou apanhando, volta e meia, peixe sem medida claro. Mas vem sempre pelo beicinho e sai sempre ou quase sempre em condições de ser devolvido com vida.

Porque não adianta nada devolver peixe morto, já todo estripado e a sangrar, ja sem guelras. Isto é o quê, é libertar ?! Desculpem mas não é. Nesta altura, aqui no meu estuário, e na maior parte deles, há douradinhas bebes aos montes. Ver libertar 10 e passados 2 minutos ver 10 espalhadas na praia dói. Dói tanto como ver por no saco. Se acham bem devolver peixe se medida façam o favor de aumentar o tamanho do anzol quando sabem que no pesqueiro andam crias.

- Nélson se houver outro tipo de iscos, resolves em parte o problema e mesmo algumas douradas que mates por acção da tua pesca jamais vão fazer diferença para o número de vezes que pescas e para as que trazes. O problema não é esse e tu sabes que não.

Além disso não vai mal ao mundo de trazer algumas douradas com medida, mesmo que pequenas. Desde que não seja como se fazia antigamente que eu assumo que fiz muitas vezes, não vejo mal nenhum. A dourada é outro peixe que tem que se aumentar um pouco o tamanho mínimo de captura.




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- Pois tu aqui falas do que acho ser mais importante. Fiscalizar. Mas fiscalizar quem na realidade tem que ser fiscalizado. O que eu assisto aqui na zona é uma procura ao elo mais fraco ao invés de se fazer o que tem que ser feito.
Todos sabem o que tem que ser feito, agora muitos pretendem é confundir e dividir a maior comunidade do país desta modalidade, a lúdica de forma a obter dividendos desse aspecto. Não aceites tu pagar pelo mal que os outros fazem. isso é a sociedade que temos, não que devia existir.

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Re: Proibicao geral da pesca do robalo a partir 1 jan/2016
« Responder #70 em: 10:35 Sábado, 14 de Novembro de 2015 »
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Não conheço de perto esse problema, só de ouvir falar, de ler ! Como continuam a permitir isto ?! 


Da mesma maneira que permitem o resto que se passa. Mas vocês continuam preocupados com o elo mais fraco. Dêm tiros nos pés, e vão ver quem se vai contiuar a encher. Hoje é o robalo, amanhã serão as douradas.
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« Responder #71 em: 10:53 Sábado, 14 de Novembro de 2015 »
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Da mesma maneira que permitem o resto que se passa. Mas vocês continuam preocupados com o elo mais fraco. Dêm tiros nos pés, e vão ver quem se vai contiuar a encher. Hoje é o robalo, amanhã serão as douradas.

Então como achas, que deve ser a nossa (pescadores lúdicos) forma de voz activa nesta questão ?! Há forma de nos fazermos ouvir, ou melhor, de sermos ouvidos ?! Qual é a melhor forma de nos unirmos a «uma só voz» ?
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Offline FilipePT

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Re: Proibicao geral da pesca do robalo a partir 1 jan/2016
« Responder #72 em: 12:12 Sábado, 14 de Novembro de 2015 »
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Neste caso são apenas duas tainhas, mas já as vi carregadas de peixe, robalos, rabetas, linguados, peixe porco, apanham tudo onde estão do fundo à tona. Até toninhos, que são golfinhos, já vi apanharem nessas redes.




Muito comum nas praias de Quiaios, Tocha , Mira e por ai adiante, e o pior é que sao redes sem qualquer tipo de sinalização, ninguem as ve nem sabe onde elas estão, eu e muitos meus amigos que fazem bodyboard ja apanhamos alguns sustos valentes à conta dessas redes, qualquer dia fica la alguem preso e dá-se uma tragédia,  depois a culpa é filha de mãe solteira, e de pai incógnito..
 

Offline Marauder

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Re: Proibicao geral da pesca do robalo a partir 1 jan/2016
« Responder #73 em: 14:00 Sábado, 14 de Novembro de 2015 »
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Sobre as majoeiras, redes que são cravadas pelo menos desde Espinho até S. Pedro de Moel, e que nos meses de inverno apanham e matam robalo à tripa forra, vejam bem neste blog Não está autorizado a ver ligações. Registe-se ou Entre que o amigo Ladarios colocou num outro post sobre este mesmo tema, no estado em que o peixe está quando elas são aladas.
Neste caso são apenas duas tainhas, mas já as vi carregadas de peixe, robalos, rabetas, linguados, peixe porco, apanham tudo onde estão do fundo à tona. Até toninhos, que são golfinhos, já vi apanharem nessas redes.




Muito comum nas praias de Quiaios, Tocha , Mira e por ai adiante, e o pior é que sao redes sem qualquer tipo de sinalização, ninguem as ve nem sabe onde elas estão, eu e muitos meus amigos que fazem bodyboard ja apanhamos alguns sustos valentes à conta dessas redes, qualquer dia fica la alguem preso e dá-se uma tragédia,  depois a culpa é filha de mãe solteira, e de pai incógnito..

Essas redes das Majoeiras são legais?
 

Offline FilipePC

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Re: Proibicao geral da pesca do robalo a partir 1 jan/2016
« Responder #74 em: 15:01 Sábado, 14 de Novembro de 2015 »
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Então como achas, que deve ser a nossa (pescadores lúdicos) forma de voz activa nesta questão ?! Há forma de nos fazermos ouvir, ou melhor, de sermos ouvidos ?! Qual é a melhor forma de nos unirmos a «uma só voz» ?


Nélson o que vou escrever é com muita desilusão, mas é o que penso e não posso ser falso para comigo e para com uma comunidade que há muitos anos defendo.

- Espero pouco da maioria de vós. Entendo que não seja a luta prioritária, a vida é o que é. Temos família, trabalho, e isso está a frente. E bem.

Mas há quantos anos vos digo que precisamos de algo forte, de termos uma associação ou algo do género forte?
A Federação nada fará, que me desculpem os colegas daqui da competição mas só se preocupam com a pesca deles. Enquanto assim for, nada a fazer.
As marcas, lojas, etc, vivem tão cegas numa luta diária que não precavêm o que pode um dia acontecer. Não é de hoje que peço também da parte das marcas uma concertação, algo em que os interesses comuns possam convergir. Saiam da casca, saiam dessa cegueira e entendam que a luta das canas e carretos só vai continuar enquanto se pescar. No dia em que não se pescar, ou melhor, no dia em que em vez de termos os tais 300 mil ou 400 mil sei lá... a pesca, quando tivermos 70 mil como a caça, a maioria das marcas vai fechar. Sobrarão as mais fortes, as outras vão para o buraco. É isso que pretendem?

E com os pescadores não muda muito. Existe para que tu e muitos saibam a ideia de privatizar determinadas zonas, proibir outras, fazendo uma espécie das coutadas, tal como se passa na caça. O que vai acontecer? Ficas limitado nos locais que queres e podes pescar, quem não tiver dinheiro não pesca. Por e simplesmente isso. Não pesca. Alguns vão se encher, em troco da tristeza de milhares de pessoas que não poderão fazer o que mais amam. É esta então a sociedade que defendem? Em prol do " tem que ser é necessário".

A pesca em Portugal teve alguma sorte enquanto durou as pilhas ao João Borges, lidei com ele ao longo dos últimos anos. Com escolhas melhores, com escolhas piores, foi ele que comandou a "pequena" voz activa que a nossa pesca teve. Foi ele que andou em centros políticos, em jogos de decisões, e que evitou muitas coisas que alguns nem imaginam. Todos temos o nosso limite, e a vida mais uma vez... É o que é.

Sem a energia dele ficámos orfãos e menos actualizados pois ele conseguia esse feito. Sem ele vejo tudo mais complicado.
Alguns não entendem esta ideia, mas só o simples facto de estarmos representados em reuniões decisórias evitava só por si a nossa penalização nas decisões.  Sem lá estarmos, quem vai levantar o dedo e dizer discordo?  ( em parte o que aqui eu faço nesta temática) Quem vai propor outro caminho que massacre menos a pesca lúdica? Se ninguém o fizer, só podemos sair prejudicados disto, porque as vezes a tua argumentação pode mudar a ideia de quem está a legislar. Mostrar outra perspectiva é fundamental, as vezes pode fazer toda a diferença.

E Nélson eu só quero o bem da pesca. Mas quero o bem das pessoas. Sem elas tudo isto se resume a nada. Nadinha. Nicles.

Não temos que fustigar as pessoas, temos que lhes mostrar o caminho, e se for necessário com autoridade sim, mas de uma forma justa e clara.

A pesca profissional dá cabo da fauna marítima. Mas aquilo que muitos não entendem é que eu até os entendo. Como é que vais culpá-los? Eles só se aproveitam daquilo que a lei lhes permitem. Não têm limites, fazem o que querem. A própria actividade laboral deles serve de desculpa para tudo de mal que fazem. Mas eu entendo-os. Eles só fazem aquilo que lhes deixam. Como li recentemente um espanhol escrever: Se lhes metem notas de 150 euros a frente a cada 5 metros ( é uma alusão por exemplo ao comprimento de um aparelho cheio de robalos) e os deixam recolher, quem não o faria?

Ouve, segue o raciocínio, se permitem que se traga tudo, traz-se! Nós fazíamos isso a 15 anos atrás. Eu apanhava 60, 70 100 douradas numa jornada. Não havia limites... É o que eles fazem. Não está errado. Eles aproveitam. E enchem-se. É igual as douradas. Alguns trazem 100 kg. e mais por dia. Se venderem nem que seja a 5/6 euros... Faz contas. E continua a seguir o raciocínio... Nas corvinas no Tejo é igual. Redes, cercos, pesca ao batuque, aparelhos ilegais nas beiradas dos canais... Lances de centenas de quilos... Se venderes 600 kg. a 3 euros que seja... Faz contas... E continua a seguir o raciocínio...

Tu para apanhares 100 kg. de douradas quantas pescas precisavas? E para se apanhar a cana 600 kg. de corina quantos dias tinha que lá ir? Facilmente se entende que existem diferenças abismais entre pesca lúdica e pesca profissional desse ponto de vista. Mas eu não os culpo, eles aproveitam o que lhes é permitido. Eles vão atrás dos euros, ainda por cima muitos adoram pescar, gostam da coisa. Eu até os percebo. Mas eles não me podem levar a mal de eu pensar de uma forma mais globalista. Afinal de contas o planeta devia ser de todos certo? Algo está errado nesta gestão. Então vamos parar para pensar. E pensar a fundo nas soluções...

A pesca profissional não pode continuar a massacrar algumas das espécies que habitam nos oceanos e principalmente estuários. Têm que ser dadas cotas. Mas mesmo as cotas não chegam. Porque há muitas maneiras de se meter peixe no mercado... lol. Tem que haver fiscalização, uma modernização dos meios de fiscalização. E o mais irónico nisto é que todos ganhavam com isso.

Os massacres que se fazem as douradas, corvinas e robalos dão tanto dinheiro como o mercado pagaria por 1/3 dessa quantidade. Chama-se lei da oferta e da procura. Só que quem vai explicar isto aos profissionais??? Como é que vais dizer a pessoas que eu oiço dizer literalmente isto: " É até à ultima escama"... Que não podem apanhar 1 tonelada de robalos, ou de corvinas num dia? Como?

Isto é um problema de fundo e terrível. Sabes que a corvina aqui quando se fazem os massacres chega a sair a 2 euros o quilo. Pergunto, é preciso isto? Não era melhor se apanhar menos, todos tinham, mais peixes viviam e procriavam e pagava se a 6 o quilo ou 7? Claro que não. " É até à última escama"... Mas depois vai se chegar a conclusão, quando já se tiver proibido a do robalo, e a seguir amigo, vão ser as tuas douradas... Que se vai ter que proibir a pesca a corvina porque estamos a extingui-las...lol. Irónico mais uma vez não é?

O pobre pescador lúdico ( e não confundam a expressão lúdico com os que fazem da pesca uma espécie de emprego de fim de semana) deve se perguntar a certa altura... Xiça, estou aqui eu num pontão ou numa praia, apanho dois ou três peixes de vez em quando e vão me proibir de pesca??? Mas isto faz sentido? Serei eu que dou cabo das espécies? Sou eu que ao levar estes para casa estou a levar as espécies à extinção? Então se não sou, porque tenho que ser eu a pagar por isto?

A resposta podia ser a que os governos Europeus dão aos cidadãos. Alguém roubou, o dinheiro desapareceu... Alguém tem que pagar??? Quem? As pessoas claro, porque os verdadeiros culpados não pagam nada... SOU CONTRA AMIGO. E se pensares o que defendo não é nenhuma falácia, não é nenhuma ilusão, é uma realidade que a maioria aceita porque lhes querem fazer crer que não existe outra alternativa. Ela existe, mas não interessa ao poder económico.

E nesta caso, nós somos o poder económico mais pequeno do ramo, porque nos deixamos ser. Somos quem consome, somos quem tem mais praticantes, mas permitimos porque não somos organizados que decidam por nós e nos façam acreditar nas mentiras que contam e fazem passar.

Não tenho dúvidas da veracidade de que o robalo está a diminuir a quantidade, mas existe muito robalo, é um peixe comum capturado nas jornadas de pesca. Agora se é necessário protegê-lo, vamos então avançar com medidas que permitam a todos viver.
Mesmo que não seja da forma que todos gostariam. Mais vale eu poder pescar, tu poderes pescar, mais vale os profissionais poderem trazer 30 ou 40 kg. por dia ( exemplo de algibeira nada mais)... Do que nng. poder pescar. Mas depois vem sempre a mesma questão. E fiscalizar? Bem, se isso não for feito... Epa, os 30 kg. do profissional vão ser 300 kg. e os nossos 3, 4, 5 robalos, vão ser 30 ou 40... E tudo continua na mesma...

Não me tomes tu ou alguém por "anjinho". Não o sou. Sei que sem fiscalização nada muda, e que sem se apertar o cerco, esta sociedade não tem mentalidade para alterar grande coisa, mas... É possível fazê-lo, com a conjugação de leis, sensibilizações de lei e fiscalização apertada, e permitir desta forma a continuidade do desporto de uns, do trabalho de outros e da espécie em si.

No final de contas o momento em que perdemos esta luta é quando nos esquecemos de que o ser humano é o centro de toda esta temática, não o Labrax em si. É nele, neste ser que temos que apontar as baterias, quando só vejo as pessoas focadas no peixe. O peixe, e todas as notícias a volta dele são meras distracções para que não tenhamos depois tempo de fazer algo.

A ironia agora passa para o nosso lado e por incrível que possa parecer, se não for o poder económico nisto, estamos feitos. Ou seja, o poder económico reage sempre, nós não. Se houver alguma força noutros países, que aqui não há certamente o poder económico a volta da pesca lúdica, certamente vai se opor e fazer algo contras as propostas de proibições. E embora necessitemos dele, porque mais nng nos ajuda ( nem nós), a solução a médio prazo não devia ser essa, mas sim a da sustentabilidade de todos.

Como te escrevi no inicio deste texto longo e massudo ... Não espero muito da maioria, pelo que estou preparado para que as coisas aconteçam. A minha dúvida é quem vai ter mais força nisto... Nós vamos assistir de poltrona, não temos força para nos metermos, não estamos organizados para tal. Infelizmente. Porque podíamos e devíamos ser parte activa e ajudar, não só a nós próprios como ao bem estar de todos. Pescador lúdico, profissional e espécie.

Teimosia minha, mas sinto que existe um caminho muito mais justo do que o que vos querem fazer crer que tem que ser...
Homem Livre, gostaras sempre do mar...
 

 

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