Escolhas para Iniciados

[canivete]

Quando compramos um carreto, devemos saber perfeitamente o que queremos:no inicio a tendência é comprar um que dê para vários tipos de pesca ( opção desasjustada e desaconselhável).Pescador com menos experiência tem dificuldades,penso que muitas mesmo.
   
O RATIO
 O ratio indica quantas voltas o fio dá na bobine enquanto damos uma volta de manivela; por exemplo, um ratio de 5.2:1 diz-nos que,cada volta completa da manivela, enrolou 5,2 voltas  na bobine.
 Quanto maior for o valor indicado, maior a velocidade do carreto e menor a sua força.Um carreto com ratio de 3.4:1 é uma máquina lenta, mas de força, outro com um valor de 6.3:1 tem uma grande velocidade, mas menos poder na hora de rabalhar um peixe maior.
Neste tipo de pesca o ratio +- adequado será  os 4.8:1 no maximo 5.2:1.
Como hoje está enraizado o uso do multi,embora se faça enchimento com mono bobines fundas
CANAS:
PARABÓLICAS
Quando trabalhamos um peixe,a curvatura vai do início da cana á ponteira.Dizem que mais apropriadas para quem começa, não penso assim acho que se deve experimentar se for possivel,e comprar o adequado que se ajuste a cada pescador e gastar dinheiro uma só vez.
   
SEMI-PARABÓLICAS. Curvatura começa quase sempre, do meio para a frente.
Mais eficazes na ferragem.

PROGRESSIVAS
Nesta situação é  o porte do peixe que exerge a pressão e faz maoir ou menor a dita curvatura,aqui já o uso da embraiagem do nosso carreto entra em açção
 ACÇÃO DE PONTEIRA
 Neste tipo de cana funciona a ponteira quase excluzivamente. Canas rijas,a sua mais valia é o  acto de ferragem,bastante acima das atrás referidas.
PONTEIRAS:Exstem em fibra de vidro, fibra de carbono.Compridas, curtas, rígidas, flexíveis.
As ponteiras de fibra de vidro são mais sensíveis,de carbono mais eficientes na ferragem.
MONTAGENS
Na minha modesta opinião as montagens são um factor deveras importante no suçesso ao fim de um dia de pesca.
Nada melhor do que falar das minhas,diversos: (choupas ,sargos,carapaus,etc)como sabem durante uma parte do ano as aguas encontra-se lusas,significa que vamos ter de baixar os diametros das nossas ditas baixadas,no meu caso desço para as madres 0,28 para estralhos que variam entre os 0,26 a 0,23 com ocomprimento a variar entre os 30 a 45 cm os anzois entre nºs a variar do 1 ao 4 hoje em dia já faço pouco este tipo de pesca.
Passada a fase das aguas lusas e em maiores profundidades utilizo o mesmo tipo de montagens mas aumentando o diametro das linhas no meu caso até ao maximo de 0,37 normalmente fico pelo 0,33 e em estralhos que vão do 0,33 ao 0,23 aqui aumento um pouco o tamanho dos estralhos que podem ir até aos 50cm.
Nesta altura utilizo muito uma montagem de dois anzois,em que o comprimento varia dos 40 aos 50 cm em anzois que podem ir até ao 2/0 procurando desta forma colocar iscas mais generosas e procurar um especime maior(madres que variam entre 0,40 e 0,37
Nas ditas douradas madres em 0,40 ou 0,37 dependendo do lote que se encontra no local com estralhos que variam dos 45 aos 70 cm de comprimento com anzois de 1/0 a 5/0.
Utilizo com regularidade ao pargo a montagem que uso nas douradas dependendo do local e se for especifica aumento o diametro das madres e correspondentes estralhos.
A decisão do tipo de montagem qe vamos utilizar será tomada em virtude do que pretendemos pescar,do tipo de peixe que vamos encontrar ao longo da jornada de pesca.
Nas minhas montagens utilizo fluocarbono,os crossbead,e micromissangas(que considero o uso muito importante)conhecimento passado pelo Mestre,cada um agora que ajude a melhorar com as suas ideias.
Pessal,ajudem a melhorar este tópico a ideia é construir um pequeno texto reunindo um conjunto de bases para consulta principalmente para quem começa-

abraço


Manuel Matos

[Braga]

Boas

Manuel bom tópico, que depois direi algo.

Fica bem

Braga

[Nelson Peres]

Muito bom Amigo Manel. Para iniciados como eu nessa area está espetaculo

[kalvas]

Bom post com matéria de interesse para quem ainda não sabe bem o que vai adquirir.
Amigo Manel está muito porreiro.
Bom post amigo.Sempre com conteudo.
Autentico manual de bolso.

Um abraço companheiro.

[Ricardo Teixeira]

muito bom o post, para quem se quer iniciar, esta mesmo muito bom

[joaonumberone]

Na minha modesta opinião, tendo em conta que quem vai pro mar acaba por comprar sempre 2 conjuntos, eu acho que devem comprar uma cana até 70/80€ e um carreto tb até esse valor.
Embora se gaste dinheiro duas vezes, pelo menos a pessoa vê se gosta e se gostar compra algo melhor quando puder, mesmo que compre logo muito bom vai compra 2 vezes porque toda a malta tem os tais 2 conjuntos.

[Braga]

Boas

Começo por dizer que as explicações dadas no tópico inicial estão boas e eu também sou apologista do comprar, que seja bom, (e com isto não estou a dizer que seja topo de gama), com provas dadas, para não se ter dissabores e preferencialmente que já tenhamos utilizado por empréstimo ou outra situação.

Todos nós gastamos dinheiro em material, que depois por razões várias, (inadaptação, outra aquisição, etc.), deixamos de utilizar, que muito tem acontecido comigo, pois nem todos têm hipotese de utilizar material emprestado em acção de pesca, que no meu entender deve ser feito, para sentir o material, testá-lo na nossa mão e verificarmos se é aquilo que prentedemos.

Quanto aos carretos, no mercado existem inumeras marcas de confiança e com máquinas fiáveis, muitos dos quais, com uma relação qualidade/preço muito boa.   

Existem máquinas de rátio alto, que conjugam a velocidade, à força, mas por norma são máquinas quase todas elas topo de gama, logo material com um custo muito mais elevado. Numa aquisição destas para a pesca a que estamos a falar devemos ter em linha de conta o que temos entre mãos, quanto à sua velocidade, porque a rapidez de execução nalgumas situações pode originar a perda dum exemplar que tenahmos ferrado.

Existem nas marcas, carretos que já foram topos de gama, mas como no ano seguinte, saí outra série desse carreto, vai originar a descida do ex-topo de gama, são estes pormenores que temos de analisar, aquando das compras, em vez dum carreto de 2014, podemos comprar um de 2013, ou 2012, que foi topo de gama e muitas vezes o preço de custo reduz mais dum terço do inicial e tive um caso que foi quase para metade.

Sobre as canas e como já disse temos de nos adaptar a elas e sentir o material, experimentá-lo
é essencial, muitos são contra canas compridas, porque são pesadas, porque são compridas, porque as costas é que pagam, por isto e por aquilo, mas o certo é que acabam por comprar canas na casa dos 3.70 e os 4 metros, tamanhos que concordo e aqui também temos bom material, com um custo acessível com as acções variadas.

Não me vou aqui pronunciar sobre montagens, só vou referir que as madres/montagens, para os tamanhos das canas que referi devem ser na casa dos 2 a 2,2 metros de altura, devem estra a pensar/interrogarem-se do porquê?

Vamos ver se consigo explicar esta minha ideia, o Português em média tem de altura na casa do 1,70 m, a cana tem 4 metros, mas colocamo-la sobre a zona da cintura, logo em vez de termos 5,70 m do conjunto homem, mais cana, apenas teremos um conjunto na casa dos 3,70 m de altura desde os pés à ponteira da cana.

A esta altura, (os 3,70 m), temos ainda de ter em linha de conta os 2 metros da madre, depois a esta, temos de ver a curvatura da cana, dado o peso da chumbada e dos peixes de capturados, aqui vamos tirar uns 50 cm, caso a cana não seja parabólica, se subtrairmos estes valores, ficamos com 1,20 m. Mas ao valor agora referido ainda temos de subtrair a altura entre a linha de água e o topo do bordo donde estamos a pescar, vamos dizer um metro, portanto sobramos 20 cm, entre a chumbada e o bordo do barco, logo se a cana tiver menos das medidas que referi, a chumbada vai andar a bater muitas vezes no bordo externo da embarcação, mesmo que possamos levantar o braço com a cana.

Espero que tenham percebido a explicação, mas em caso negativo perguntem.

Fiquem bem

Braga

[fukuy]

Obrigado pela informação!! 

[Carolas]

Tambem partilho da opinião do joaonumberone.
No meu caso e ainda com poucas embarcadas feitas(4) sendo que em duas delas utilizei canas emprestadas e na primeira acabei por partir o carreto de um colega por azar vi necessidade de comprar um conjunto para mim e visto ainda estar numa fase de adaptação optei por comprar um conjunto um pouco mais barato para ver se me adaptava à coisa e com o intuito de posteriormente adquirir algo melhor e ja adaptado à minha pesca.

Neste momento já tenho uma ideia consistente daquilo que pretendo adquirir no futuro e ao comprar um novo setup ja tenho uma ideia daquilo que quero evitando assim da primeira vez ter gasto dinheiro de forma excessiva em algo que num futuro proximo poderia não corresponder às minhas espectativas.

Cumps

[luisantos]

muito bom tópico parabéns... =)
abraço

[Ernesto Lima]

Viva Pessoal.

Um tópico de facto interessante e bastante válido como orientação na aquisição de material.

Na minha opinião, a quantidade e diversidade de material disponível e a facilidade de acesso à informação existentes nos tempos que correm, apresentam-se como dois factores que por vezes tendem a criar grandes confusões a quem se inicia e até a quem já por cá anda há uns tempos, principalmente quando procura aperfeiçoar-se ou evoluir para outra técnica. Não é fácil!?

Reportando-me aos iniciados, parece-me importante que quem aconselha informe de forma o mais concreta possível, mesmo correndo o risco de mais tarde verificar que qualquer outra opção poderia ter sido melhor.

Para errar o mínimo possível, pessoalmente acho que o melhor conselho é o do Braga... "levar material emprestado", ir experimentando e olhando em volta, não só pela óptica do material mas também dos comportamentos dos pescadores à sua volta, com materiais idênticos e outros, até se decidir pelas suas compras que também como refere o Braga deverão adequar-se à sua carteira, à sua fisiologia, capacidades físicas básicas e à destreza inicial no manuseamento de materiais (por exemplo, uma cana telescópica de acção de ponteira com 3,80/4,00m parece-me, no caso de principiantes, algo pouco aconselhável).
Outros conselhos valiosos, parecem-me os expostos pelo Manuel Matos, principalmente no que se refere às montagens e materiais com as medidas todas, sem dúvida uma informação concreta pois fornece ferramentas de trabalho imediatas para uma pesca de sucesso aos “diversos”, não colocando "outros" de fora.

Tanto em caso de empréstimo, quanto ao indicar-se a compra de um conjunto de materiais, quem o faça deverá tentar colocar-se no mesmo nível do principiante, pensando que:

- Pode ir ao mar e por razões várias vir a detestar, devolvendo o material ou guardando o que comprou e nunca mais lhe tocar.

- O mais certo é tornar-se viciado e a partir daí, na maioria dos casos, vir a adquirir uma série de material, inicialmente por indicação, mais tarde eventualmente por um misto de necessidade / moda, até que numa fase mais consciente e podendo entretanto ter passado pela competição, por outras técnicas, em MT ou barco próprio, já com uns anos valentes de linhas na água, acabar por simplificar criteriosamente as suas aquisições de material.

Tendo em conta o referido, no caso da aquisição de material para iniciados e para pesca aos diversos, por ser aquela em que a maioria se inicia, prefiro aconselhar material mais em conta, por achar que, atendendo à normal evolução de cada pescador, mais cedo ou mais tarde, dependendo das suas vivências e carteira, ele vai adquirir outros, mais que não seja por sentir a necessidade de tomar decisões próprias.

Em termos de canas, costumo aconselhar canas parabólicas não muito macias nem muito rijas, com comprimentos entre os 2,70 e os 3,30m, com a leveza possível, tendo em conta os preços da dita leveza.
Quanto a carretos, sugiro normalmente carretos relativamente baratos, com embraiagens fiáveis, pouca manutenção e que cumpram o seu serviço. Não tem assim tantos destes no mercado, mas vão-se arranjando.
Como diz o Braga, carretos de anos anteriores, com alguma qualidade, aparecem com preços muito aceitáveis, o mesmo se aplicando a algumas canas.
Caso saiba que o pescador é mais endinheirado, poderei sugerir algo um pouco melhor, mas nunca me alargo muito, pensando que se a coisa falhar, pelo menos sai o mais barata possível.
Posso estar enganado e eventualmente induzir alguém em erro, mas não é por mal.

Cumprimentos

Ernesto