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Autor Tópico: Limite de um Robalo por dia  (Lida 13503 vezes)

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Offline joca 2000

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Limite de um Robalo por dia
« em: 19:34 Domingo, 04 de Janeiro de 2015 »
Limite de captura de um exemplar de robalo por dia, já a partir deste ano. C:-) C:-) C:-)

Esta medida partiu da Comissão Europeia . >:( >:( >:( >:( >:(

Os stocks do robalo  estão "a beira do colapso" apontando a pesca desportiva como uma das principais causas da mortalidade, a qual quadruplicou face aos níveis aceitáveis da sustentabilidade da espécie.

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Offline joca 2000

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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #1 em: 19:42 Domingo, 04 de Janeiro de 2015 »
anexo
 

Offline joao.teodoro

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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #2 em: 19:43 Domingo, 04 de Janeiro de 2015 »
A culpa é realmente da pesca desportiva -.-

Fiscalização em Portugal = 0.

A semana passada passei 4 horas a tirar um aparelho a 50m da água, com um comprimento de uma ponta a outra da Praia do Guincho, eu faz me confusão como isto é normal e ninguém faz nada, ainda para mais numa praia onde tem 24 sobre 24h uma webcam apontada para o areal e mar. Só não se sabe quem foi senão quiserem.

Mas sim, a culpa é da pesca desportiva. Enquanto a mentalidade for essa havemos de ir longe, pesco a 15 anos, nunca me fiscalizaram, apontasse sempre para o alvo mais fácil, o pescador que vai 1 ou 2 vezes por semana distrair se um bocado.
 

Offline DiogoV

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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #3 em: 20:09 Domingo, 04 de Janeiro de 2015 »
Essa legislação vai ser aplicada cá?

Já à algum tempo tinha visto esta noticia: Não está autorizado a ver ligações. Registe-se ou Entre

Mas, pelo que entendi, os limites só se aplicavam na terra de sua majestade e arredores...de qualquer das formas, tendo em conta que são ordens da comissão europeia, podemos ser afetados na mesma..


Não está autorizado a ver ligações. Registe-se ou Entre
A culpa é realmente da pesca desportiva -.-

Fiscalização em Portugal = 0.

A semana passada passei 4 horas a tirar um aparelho a 50m da água, com um comprimento de uma ponta a outra da Praia do Guincho, eu faz me confusão como isto é normal e ninguém faz nada, ainda para mais numa praia onde tem 24 sobre 24h uma webcam apontada para o areal e mar. Só não se sabe quem foi senão quiserem.

Mas sim, a culpa é da pesca desportiva. Enquanto a mentalidade for essa havemos de ir longe, pesco a 15 anos, nunca me fiscalizaram, apontasse sempre para o alvo mais fácil, o pescador que vai 1 ou 2 vezes por semana distrair se um bocado.

Já se sabe que quem paga é sempre o mesmo...desde que é "necessário" licença para pescar, nunca fui fiscalizado e nunca ninguém quis saber se tinha ou não licença...
Lembro-me de estar a pescar num molhe nos algarves junto à fronteira e os barcos dos "senhores" pescadores passarem a uns 20m das rochas e olharem para nós, os que estavam ali a matar o stress, com cara de "vá, f0###-se para aí"...nós, os lúdicos, somos sempre os culpados e o elo mais fraco...é o que temos.
"Todo o pescador nasce sincero, mas depressa supera esse defeito" - um filosofo qualquer  ;D

 

Offline João Pinto

Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #4 em: 20:15 Domingo, 04 de Janeiro de 2015 »
Não existem Robalos em rio  >:D Tou safo
 

Offline Cabé

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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #5 em: 20:28 Domingo, 04 de Janeiro de 2015 »
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Não existem Robalos em rio  >:D Tou safo

 O0 O0 O0 O0 O0 O0 Eu apanho 3 por ano...............................safo estou >:D >:D >:D >:D >:D >:D
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Offline Olho de peixe

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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #6 em: 20:49 Domingo, 04 de Janeiro de 2015 »
Um robalo por dia não tinha mal porque a maioria nem isso por mês, mas defeso obrigatório e eliminação das chamadas ameijoeiras que matam milhares de milhões de robalos ano, que é uma fonte de rendimento e subsistência para os pescadores no inverno grande tanga.Se o ano passado um tipo que foi pescador da arte xavega há uns 20 anos atrás tinha licença para oito redes este ano deram para 16 redes. Que vão ser esticadas por esses areios fora durante a desova, o robalo femea está com a barriga cheia das ovas não come, os machos estão com a boca ocupada a fecundar os ovos não comem, os areios ficam repletos de peixe com 3 e mais anos a coçar a barriguinha num desespero de largar as ovas e dar ao mundo novos descendentes. Como as correntes nestas alturas são fortes toca de malhar tudo. resultado quando quiserem robalo daqui a dois ou três anos vão ao viveiro porque no mar só peixe aranha e mesmo esse só debaixo da areia porque nem na cor da água vai acreditar para se camuflar. 
 

Offline LMagina

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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #7 em: 20:57 Domingo, 04 de Janeiro de 2015 »
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Um robalo por dia não tinha mal porque a maioria nem isso por mês, mas defeso obrigatório e eliminação das chamadas ameijoeiras que matam milhares de milhões de robalos ano, que é uma fonte de rendimento e subsistência para os pescadores no inverno grande tanga.Se o ano passado um tipo que foi pescador da arte xavega há uns 20 anos atrás tinha licença para oito redes este ano deram para 16 redes. Que vão ser esticadas por esses areios fora durante a desova, o robalo femea está com a barriga cheia das ovas não come, os machos estão com a boca ocupada a fecundar os ovos não comem, os areios ficam repletos de peixe com 3 e mais anos a coçar a barriguinha num desespero de largar as ovas e dar ao mundo novos descendentes. Como as correntes nestas alturas são fortes toca de malhar tudo. resultado quando quiserem robalo daqui a dois ou três anos vão ao viveiro porque no mar só peixe aranha e mesmo esse só debaixo da areia porque nem na cor da água vai acreditar para se camuflar. 

Nem mais!!!!
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Offline Luis novo

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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #8 em: 21:03 Domingo, 04 de Janeiro de 2015 »
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Um robalo por dia não tinha mal porque a maioria nem isso por mês, mas defeso obrigatório e eliminação das chamadas ameijoeiras que matam milhares de milhões de robalos ano, que é uma fonte de rendimento e subsistência para os pescadores no inverno grande tanga.Se o ano passado um tipo que foi pescador da arte xavega há uns 20 anos atrás tinha licença para oito redes este ano deram para 16 redes. Que vão ser esticadas por esses areios fora durante a desova, o robalo femea está com a barriga cheia das ovas não come, os machos estão com a boca ocupada a fecundar os ovos não comem, os areios ficam repletos de peixe com 3 e mais anos a coçar a barriguinha num desespero de largar as ovas e dar ao mundo novos descendentes. Como as correntes nestas alturas são fortes toca de malhar tudo. resultado quando quiserem robalo daqui a dois ou três anos vão ao viveiro porque no mar só peixe aranha e mesmo esse só debaixo da areia porque nem na cor da água vai acreditar para se camuflar. 


bem visto...
 

Offline Nuno.Bombaça

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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #9 em: 21:11 Domingo, 04 de Janeiro de 2015 »

 Boas !

  Um robalo por dia é muito mau para o pessoal do spinning e corrico, não deve motivar muito ir pescar sabendo que apenas podem trazer um peixinho.
  Depois imaginem que depois de fazerem alguns quilómetros até ao pesqueiro, fazem logo a 1° captura nos 1° lançamentos, a pesca acaba ali...a não ser que a partir desse momento soltem os peixes.
« Última modificação: 21:16 Domingo, 04 de Janeiro de 2015 por Nuno.Bombaça »
 

Offline ki_ko

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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #10 em: 21:46 Domingo, 04 de Janeiro de 2015 »
se isso for para a frente começa acontecer como na caça que certos caçadores fazem autenticas excursões aos carros para largar o que vão matando, já sei o que vão dizer: "mas eles tem caderneta onde tem de apontar logo que matam" mas existe sempre a parte há e tal esqueci-me!!!
 ou arrumam a peça nos coletes e se forem interpolados mostram apenas a que trazem a cintura e gostava de ver um fiscal a revistar um deles.
Na pesca vai ser igual , pescas aquele levas ao carro , voltas e continuas ou metes o peixe na areia e pronto já não é de ninguém.
eu apostava no defeso na época da desova e melhor a fiscalização ás medidas que raramente alguém cumpre.
 
 

Offline Claudio Nobre

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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #11 em: 05:28 Segunda, 05 de Janeiro de 2015 »
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Eu apostava no defeso na época da desova e melhor a fiscalização ás medidas que raramente alguém cumpre.
Concordo plenamente, e acrescento, subam a medida para 42cm como já foi sugerido pela ANPLED.
Segundo sei nas nossas aguas mais frias os robalos têm um metabolismo mais lento o que os leva a começar a reproduzir mais tarde do que os irmãos do mediterrâneo onde o estudo que define hoje a medida legal mínima para portugal , teve lugar... algo que à vista da biologia está errado, aliás, só não está errado à vista politica...

Mas alem disso e de tudo o que já foi dito, não se deve marginalizar o que não é marginal.
Que não se marginalize pesca lúdica&desportiva como fazem os nossos políticos a olhos vistos, mas que também não se marginalize a pesca profissional como nós, eu incluído, normalmente marginalizamos.
Sendo que ha técnicas legais de pesca profissional que deviam ser re consideradas muito antes de nós lúdicos receber-mos a noticia de que só podemos matar um robalo por dia.
O que na minha opinião contribui em larga escala para o decréscimo na população de robalos no nosso país é a pesca "furtiva", e essa nunca vai acabar enquanto não houver fiscalização.
Sem fiscalização os que pescam à margem da lei andam tão à vontade como os outros, talvez ate mais a vontade, porque não ligam a limites nem mínimos, nem máximos...
Deixo uma retórica:
O que mais depressa leva a nossa população de robalos a decrescer em numero?
A captura desportiva de uma grande fêmea com milhares de ovos (acontecimento com a sua raridade) dos quais apenas 1/3 ou menos devem chegar a ser robalotes de palmo. Ou a captura à margem das leis dos tais robalotes de palmo e ate menos que acontecem às centenas diariamente, todos os dias da semana (mais ao fim de semana) , todas as semanas do mês e todos os meses do ano, ano após ano por todo o país?!
Fiscalizem...
Fiscalizem...
Fiscalizem...
POR FAVOR FISCALIZEM...

Pesco duas ou três vezes por semana e nunca fui fiscalizado, quando faço denuncia por me enfiarem uma rede de 2km a 30m da margem atravessada à minha frente, e começam a bater na agua/barco e andar de um lado para o outro a espantar o peixe para emalhar, dizem-me que vão ver se ha algum barco disponível e ou não aparecem ou aparecem horas depois como se quem lá meteu a rede e fez esse serviço, fosse la ficar por muito tempo... :2dedos: :pau:
« Última modificação: 05:43 Segunda, 05 de Janeiro de 2015 por Claudio Nobre »
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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #12 em: 06:09 Segunda, 05 de Janeiro de 2015 »
Acrescento...
O que eu vejo que existe nas Americas e tenho como um bom exemplo é que as espécies mais protegidas como os atuns rabilho, os caranguejos lá do Alasca, o tarpao e etc... são alvo de estudos todos os anos para definir cotas, épocas e etc... por cá define-se uma lei desde hoje até ver, que pode servir ou não consoante a natureza decida colaborar com as datas e cotas estabelecidas...
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Offline joaonumberone

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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #13 em: 09:25 Segunda, 05 de Janeiro de 2015 »
quando eu apanhar 365 num ano começo a preocupar-me :P
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Online FilipePC

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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #14 em: 09:54 Segunda, 05 de Janeiro de 2015 »
Este assunto deve ser lido com atenção e pensado.
Não basta se responder de uma forma rápida. O problema é de fundo e em breve estará também por cá, quer com o robalo, quer com outras espécies.

Correm coisas mal em termos de pesca lúdica, e o nosso mal, lúdicos é não entendermos que antes de tratar da casa dos outros temos que aprender a tratar da nossa. Nem isso temos conseguido. Enganarmos-nos a nós próprios é o 1º erro e o mais perigoso.

O problema é geral, sobre o robalo há que aceitar que existe uma diminuição, há que entender que não basta reclamar... Há que pensar no que fazer e na forma como responder ao tema no momento exacto.
O IDEAL de alguns pescadores de estarem contra tudo o que sai como lei, ou como proposta é ridículo. Estar contra só porque sim, é sinal de fraqueza, de pouca inteligência, de pouca capacidade negocial.
Agora, há que não ser "anjinho". Há que estar preparado para o momento em que não se pode deixar que a pesca lúdica seja a única prejudicada. Era bom que isso fosse entendido.

Defendo que devia existir força suficiente numa associação nacional de forma a trabalhar em conjunto com as restantes entidades de forma a garantir um futuro melhor.

Mas enquanto as proibições não alastrarem isso não vai ser conseguido. A maioria de nós NUNCA mexeu uma palha em prol da pesca lúdica, nunca lutou, nunca ajudou. Mas no dia em que as proibições chegarem, vão aparecer para apontar o dedo. E isso é revelador da nossa identidade. Devia-se trabalhar em conjunto e não separado. Devia-se trabalhar em prol de algo geral e não em prol pessoal, devia-se dar força ou criar algo novo de forma a garantir que um dia estaremos preparados para as proibições/restrições que vêm aí.

O tempo que se está a perder pode ser fatal.


Precisamos de uma equipa de choque, com algum tempo, que urgentemente trabalha de uma forma moderna e que entenda a real problemática da questão, que sejam pessoas honestas mas com personalidade e saibam ao que vão. Estar contra só porque sim e fica bem estar contra proibições é de uma estupidez total.

Há que preparar o futuro, pensar bem tudo, e claro saber apontar também os erros quer da parte do legislador quer da parte das outras classes de pescadores. Mas antes há que arrumar a casa, deixar o telhado bem forte, para aguentar com eventuais rajadas fortes de ventos...

O Cláudio apresenta questões verdadeiras, mas a questão que deixo é o que fazer quando nos apercebemos de que o legislador não vai cumprir com isso? Há que apresentar propostas para alterar o que está mal.
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Offline joao.teodoro

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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #15 em: 10:54 Segunda, 05 de Janeiro de 2015 »
Não está autorizado a ver ligações. Registe-se ou Entre
Este assunto deve ser lido com atenção e pensado.
Não basta se responder de uma forma rápida. O problema é de fundo e em breve estará também por cá, quer com o robalo, quer com outras espécies.

Correm coisas mal em termos de pesca lúdica, e o nosso mal, lúdicos é não entendermos que antes de tratar da casa dos outros temos que aprender a tratar da nossa. Nem isso temos conseguido. Enganarmos-nos a nós próprios é o 1º erro e o mais perigoso.

O problema é geral, sobre o robalo há que aceitar que existe uma diminuição, há que entender que não basta reclamar... Há que pensar no que fazer e na forma como responder ao tema no momento exacto.
O IDEAL de alguns pescadores de estarem contra tudo o que sai como lei, ou como proposta é ridículo. Estar contra só porque sim, é sinal de fraqueza, de pouca inteligência, de pouca capacidade negocial.
Agora, há que não ser "anjinho". Há que estar preparado para o momento em que não se pode deixar que a pesca lúdica seja a única prejudicada. Era bom que isso fosse entendido.

Defendo que devia existir força suficiente numa associação nacional de forma a trabalhar em conjunto com as restantes entidades de forma a garantir um futuro melhor.

Mas enquanto as proibições não alastrarem isso não vai ser conseguido. A maioria de nós NUNCA mexeu uma palha em prol da pesca lúdica, nunca lutou, nunca ajudou. Mas no dia em que as proibições chegarem, vão aparecer para apontar o dedo. E isso é revelador da nossa identidade. Devia-se trabalhar em conjunto e não separado. Devia-se trabalhar em prol de algo geral e não em prol pessoal, devia-se dar força ou criar algo novo de forma a garantir que um dia estaremos preparados para as proibições/restrições que vêm aí.

O tempo que se está a perder pode ser fatal.


Precisamos de uma equipa de choque, com algum tempo, que urgentemente trabalha de uma forma moderna e que entenda a real problemática da questão, que sejam pessoas honestas mas com personalidade e saibam ao que vão. Estar contra só porque sim e fica bem estar contra proibições é de uma estupidez total.

Há que preparar o futuro, pensar bem tudo, e claro saber apontar também os erros quer da parte do legislador quer da parte das outras classes de pescadores. Mas antes há que arrumar a casa, deixar o telhado bem forte, para aguentar com eventuais rajadas fortes de ventos...

O Cláudio apresenta questões verdadeiras, mas a questão que deixo é o que fazer quando nos apercebemos de que o legislador não vai cumprir com isso? Há que apresentar propostas para alterar o que está mal.

Filipe concordo plenamente com o que dizes, não há que negar, neste capitulo TODOS nós temos a nossa cota parte de culpa. O que me revolta mais é num panorama geral, onde está englobado a pesca lúdica e a pesca profissional seja de forma legal ou ilegal provavelmente somos a percentagem mais pequena de culpa neste assunto e 'parece' que sempre que são lançados estudos o responsável mais fácil de apontar é o pescador lúdico. Esta medida ou qualquer outra do género não me faz diferença nenhuma, e se é realmente melhor para dar continuidade a espécie por mim que seja aplicada o mais rápido possível, só acho é que é mais do mesmo porque não se está fazer nada relativamente aos problemas principais.

Faço te uma pergunta Filipe, a quem apresento propostas e que força tenho eu ou outros pescadores no meio disto tudo? É que de um lado temos os lúdicos e do outro a tal dita pesca profissional, e essa mexe com € e vai ter sempre muito mais força e poder. Nem quando as nossas próprias associações não são ouvidas, vamos ser nós?

Ficar quieto não é solução, eu sei, mas sinceramente o que posso fazer? Pergunto te isto sem segundas intenções ou para gerar discórdia, simplesmente porque sei que estás sempre mais dentro dos assuntos e porque vi que já falaste sobre isto via Facebook e eu como pescador comum não faço a mínima ideia do que possa fazer =\

Deixo a pergunta, nós enquanto forum e talvez o mais visitado do tema 'pesca' será que podemos mudar algo? Ou pelo menos que alguém nos oiça?
 

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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #16 em: 11:15 Segunda, 05 de Janeiro de 2015 »
Todos sabemos que não somos o problema maior.
Mas somos um problema. Existimos. Somos parte do problema e podíamos ser parte da solução, ou pelo menos devíamos tentar ser.

A meu ver os pescadores lúdicos devem se organizar, queixas soltas em nada dão. Mostrar organização é tudo. Somos culpados porque não somos capazes de ter um espírito de grupo, de ideia geral. As pessoas que se metem nestes campos querem quase sempre levar avante a sua vontade e/ou interesses sem entender que deviam sim trabalhar em prol de uma comunidade. Enfim.

Existe A ANPLED. Epa podemos criticar, dizer mal, etc, e a ANPLED tem a meu ver ( que até sou membro), que se reinventar, procurar acima de tudo pessoas competentes, com algum tempo, honestas no sentido do amor a pesca LUDICA, e que entendam que não basta fazer parte, há que dar a cara. A meu ver mais fácil do que criar uma ANPLED nova, é apoiar a que existe.

Mas da minha parte, aceito que se crie algo novo caso alguém assim o entenda, e apoiarei quem mostrar força para fazer algo importante, mas com pés e cabeça. Torno a dizer, o ideal de estar contra porque sim, é ridículo.

A ANPLED ( ou outra), necessita pelo menos 10 pessoas para ajudar com força, que aceitem dar algum do seu tempo a causa, precisa de mais sócios,  e precisa de pelo menos, uma pessoa do meio biologo/ambiental e pelo menos um advogado de jeito a sua volta. Com isto pode se começar a trabalhar com pés e cabeça. Pelo menos é o que penso, é a forma como vejo tudo de uma forma global. Precisamos disto para defender os interesses gerais da pesca nacional e para mostrarmos competência para trabalhar junto ao legislador. Para mim este é o caminho correcto.

Se tudo acontecer de uma forma organizada, podemos pensar não em conseguir bloquear eventuais restrições, porque elas vão ser uma realidade, gostem ou não, mas podemos questionar, e fazer força de uma forma organizada, para as restantes classes de pescadores, o que as outras representam, o que prejudicam, etc.

Ou seja criar um ideal de acção, mostrar que sabemos quem somos e o que pretendemos, sem querer esconder o óbvio, que é: Também somos parte do problema.

Mas João, para já continuo na minha, arrume-se a casa, estruture-se o que existe, depois vamos então ao cerne da questão, procurar defender a sério o nosso desporto paixão. Com pés e cabeça, sem loucuras, com inteligência.

Não sei é se seremos capazes disso, com tanto interesse metido no meio, com tanta gente a tentar espalhar a confusão nas vossas cabeças com a única intenção de desunir... Não sei João.

Uma coisa é certa, da minha parte só contribuirei para se andar para a frente, nada mais, guerras da treta, nessas não entro.
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Offline joaonumberone

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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #17 em: 11:58 Segunda, 05 de Janeiro de 2015 »
e o que é que têm a dizer de um barco andar á pesca durante a noite sem nenhuma luz? até deve ser proibido, quase de certeza.
ou o gajo não queria ser visto pela concorrência ou andava a roubar aparelhos aos outros, incrivel foi umas 4 horas assim mesmo no meio da noite...
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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #18 em: 12:04 Segunda, 05 de Janeiro de 2015 »
O que tenho a dizer já o disse em cima. Lê.
Podem queixarem se do que quiserem, enquanto não se construir uma forma de se lutar ordenadamente e com ajudas de pessoas a nível técnico e jurídico, podem falar e falar... Será tudo igual ou pior.
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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #19 em: 12:28 Segunda, 05 de Janeiro de 2015 »
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Todos sabemos que não somos o problema maior.
Mas somos um problema. Existimos. Somos parte do problema e podíamos ser parte da solução, ou pelo menos devíamos tentar ser.

Esta é uma MÁXIMA que o FilipePC escreveu e devia estar embutida no espírito de todos os que amam este desporto, e querem continuar a desfrutar do mesmo da mesma forma, mesmo que as mudanças não sejam imediatas vem o alerta para os que um dia querem ter o prazer de passar os seus ensinamentos a um descendente e que o mesmo sinta a mesma liberdade junto ao mar que nós "ainda" sentimos.
 

Offline LMagina

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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #20 em: 12:51 Segunda, 05 de Janeiro de 2015 »
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A ANPLED ( ou outra), necessita pelo menos 10 pessoas para ajudar com força, que aceitem dar algum do seu tempo a causa, precisa de mais sócios,  e precisa de pelo menos, uma pessoa do meio biologo/ambiental e pelo menos um advogado de jeito a sua volta. Com isto pode se começar a trabalhar com pés e cabeça. Pelo menos é o que penso, é a forma como vejo tudo de uma forma global. Precisamos disto para defender os interesses gerais da pesca nacional e para mostrarmos competência para trabalhar junto ao legislador. Para mim este é o caminho correcto.

Nem fazia ideia que existia tal associação.
Filipe,  não tenho qualquer problema em tornar-me sócio e de ajudar no que me for possível dada a minha formação.
Tenho mais colegas que certamente também estarão interessados em colaborar. Um deles até faz parte aqui do pesqueiro...
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Offline Beto_Manja

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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #21 em: 13:18 Segunda, 05 de Janeiro de 2015 »
Boas

Estou com o que aqui foi escrito.

A fiscalização, pelo menos de uma forma consistente e generalizada, para não haverem perseguições, mas para todos perceberem que "ela" existe...

Eu também sou pescador desde que me conheço, mais recentemente sou até mestre de uma pequena embarcação de recreio e nunca mostrei documentos numa fiscalização de pesca...

Muito mais fácil que fiscalizar é "mandar" dec-lei e portarias, depois, fica com cada um cumprir a lei ou não...

Os defesos, em toda a costa, já deviam à muito ser lei.
Estamos no encalço da caça, onde o homem podia pisar, matou tudo o que passou na mira, hoje em dia só em reservas, onde criam e alimentam a peças para depois se poderem matar...

Creio na pesca ser mais difícil constituir reservas, portanto, toda a costa tem de ser uma reserva, ninguém morre se passar 15 dias ou 1 mês, sem matar um robalo, é preciso é que exista alguém que diga quando é!...

Decerto muito mais há a dizer mas, não é aqui o sítio, pois, sem ofensa, vozes de burro não chegam aos céus...
Cumprimentos,
Roberto

...e se tiver que me calhar uma grade...
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Offline Zé Maria

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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #22 em: 14:40 Segunda, 05 de Janeiro de 2015 »
O principal é mesmo uma fiscalização séria e feita com frequência (que não implica que tenha de ser rígida e intolerante).

Não adianta mandar leis para o papel se depois são ignoradas por quem as devia fazer cumprir.
Não adianta nada criar um defeso para robalos se depois no Douro e na ria de Aveiro na época dos "cachotes" é tudo a encher o saco. Não adianta fazer defeso ao Achigã se depois vão os "minhoqueiros" aos ninhos limpar os porta-chaves.
É preciso uma polícia séria, e não que das poucas vezes que sai à rua só se preocupe com licenças e não pede para ver um único peixe.

Quantos locais conhecem na vossa zona de pesca que é ombro a ombro e tudo o que sai é para o saco?
Quem não conhece os sítios onde os balanceiros costumam ir vender o peixe?
E porque é que toda a gente sabendo disso, a PM (que também certamente sabe) não faz nada?

E num clima contínuo de deixa-andar, vai-se cada vez esticando mais a corda chegando ao descalabro que temos hoje na pesca lúdica. As leis podem não ser perfeitas, mas estar a melhorá-las para continuarem a ser ignoradas é um esforço infrutífero. Primeiro precisamos de uma aplicação das mesmas feita de forma séria.
 

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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #23 em: 14:49 Segunda, 05 de Janeiro de 2015 »
E quando o legislador assume que não vai fiscalizar em condições pois diz não ter meios para tal o que fazes?

Se isto tudo que se passa não for travado de uma forma mais orientada e legal não seremos capazes de fazer nada. Vai ser o que vejo há anos em foruns de pesca. Conversa e mais conversa.
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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #24 em: 09:26 Quinta, 08 de Janeiro de 2015 »
Olá Magina, não tinha visto a tua mensagem.
Sim existe uma associação que há anos vai tentando minimizar os danos colaterais contra a pesca lúdica.
Mesmo com pouco publicidade vai se conseguindo algumas vitórias algumas delas que a esmagadora maioria dos pescadores desconhece. Mas isso não é importante, o importante é continuar a evoluir e ir tentando representar o melhor que se consegue a pesca lúdica.

O site da ANPLED É: Não está autorizado a ver ligações. Registe-se ou Entre
E o seu Facebook é: Não está autorizado a ver ligações. Registe-se ou Entre ( convido as pessoas a seguirem a página, pois a ANPLED terá o seu facebook actualizado semanalmente caso existam novidades).

Todas as ajudas são poucas e claro que poderás ser muito útil na evolução da associação. Um abraço.
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Offline A Machado

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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #25 em: 10:28 Quinta, 08 de Janeiro de 2015 »
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e o que é que têm a dizer de um barco andar á pesca durante a noite sem nenhuma luz? até deve ser proibido, quase de certeza.
ou o gajo não queria ser visto pela concorrência ou andava a roubar aparelhos aos outros, incrivel foi umas 4 horas assim mesmo no meio da noite...
Testemunhei numa noite na praia de Paçô uma cena igual. Ouvia-se um barulho abafado de pequenos motores ao largo, sem qualquer assinalar de presença. Bréu absoluto. Mais tarde, sons de detonar de petardos e pequeno peixe a dar á costa. Isto tudo junto ao farol de Montedor. Como venho a dizer, nunca em mais de 25 anos me apareceu uma fiscalização!!!!

Mas nem sempre devemos escudar-nos nas deficiências do sistema ou na sua inoperância. Devemos insurgir-nos contra aqueles que, também se achando pescadores lúdicos, não são mais que reles rapinadores, que não distinguem um robalo de 42 cm de um robalito de 15cm.
Para todos esses o meu desprezo, e, se houvesse uma forma de os denunciar para serem apanhados com a "boca na botija" eu seria o maior bufo do mundo
Os políticos e as fraldas devem ser mudados frequentemente e pela mesma razão (Eça de Queiroz)
 

Offline Sr Domingues

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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #26 em: 11:35 Quinta, 08 de Janeiro de 2015 »
Isto aqui para os lados de Viana, Montedor , Afife, Ancora e Moledo, esta tudo assim porque? Pois a resposta e muito facil, so aparelhos, só bombas, depois ainda  vem os Espanhois e andam a dar cabo do material aos portugueses, pois isso das bombas ca no norte 90% sao os espanhois, mesmo a pesca artesanal esta a ser posta em causapor causa dos espanhois, pois na Espanha ou se poem finos ou esta la logo alguem a fiscalizar, mas aqui em Portugal, eles fazem 30 por uma linha, e que passa? NADA. Depois aparecem videos como os que se ve na net, onde os barcos veem atolados quer de robalo sargo ou dourada, mas entre alguns exemplares , milhares vao sem medida....
Mas claro, culpam a pesca desportiva, que la vai o pobre pescador 1 ou 2 vezes por semana na esperanca de passar um bom bocado e de apanhar um peixinho, mas quando vem um robalo de 33 cm ou um sargo de 10, o desportivo deita-o peixe a agua, com muito merito ate, mas no entanto quando vamos as lotas, o que vemos? Bancas e bancas cheias de peixe e ainda mais robalos de 10 15 cm, e que respondem as peixeiras que ja vem mortos na rede e tal... Se forem redes de um dia para o outro como é habito ca em cima, creio que o peixe nem ferido fica, muito menos morto, mas sobre isso nao me pronuncio pois nao conheco... E ainda os pescadores ca da zona querem enfrentar o governo pois proibiu a pesca da sardinha e etc, pois para eles tudo significa encher o barco e ter dinheiro para limpar o c* até, agora, preocupação se a cota chegou ao limite, se tem tamanho? Isso nao é problema deles...
Mas estou de acordo com o  FilipePC, falar de nada adianta, é preciso tomarmos a iniciativa com pes e cabeca e vencermos pela inteligencia ;)
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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #27 em: 11:43 Quinta, 08 de Janeiro de 2015 »
Tudo o que escreves é uma realidade, mas é uma realidade que se mantém graças a maior força que a pesca profissional tem sobre a lúdica.

Mas só a tem porque vocês continuam sem a capacidade de perceber onde pode estar a solução. É que a pesca lúdica é quem movimenta mais dinheiro, e número de pessoas no sector da pesca. Mas infelizmente, 400 mil pessoas não percebem a força que poderiam ter na sua defesa.

Vai se fazendo o que se pode.
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Offline Sr Domingues

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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #28 em: 11:53 Quinta, 08 de Janeiro de 2015 »
Tens toda a razao Filipe, a uniao faz a forca nao é? Nos desportivos temos de nos juntar por aquilo que tanto gostamos, e defender os nossos interesses em o bem da pesca com unhas e dentes, mas utilizando a inteligencia. Mas contudo, tem de haver uma voz a falar mais alto, que leve as nossas pequenas vozes mais alem e que explique  o mal que realmente este pais esta a fazer a pesca.
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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #29 em: 11:57 Quinta, 08 de Janeiro de 2015 »
Essa voz existe, talvez faça pouca publicidade, talvez erre de alguma forma, mas existe.
A pesca lúdica está representada nas reuniões decisórias, mesmo tendo obviamente limitações e menos ajudas que outras, tens quem te represente e evite males maiores. Podia e devia estar mais forte, mas julgo que isso depende de todos nós.
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Offline joaonumberone

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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #30 em: 12:00 Quinta, 08 de Janeiro de 2015 »
a pesca profissional movimenta mais dinheiro...
terá menos pessoas, mas o valor que movimenta é de certeza mais de 10X
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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #31 em: 12:12 Quinta, 08 de Janeiro de 2015 »
Será João?
Onde está esses números?
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Offline Sr Domingues

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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #32 em: 12:16 Quinta, 08 de Janeiro de 2015 »
nem pensar, a desportiva, movimenta muito mais dinheiro...
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Offline Diomar

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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #33 em: 12:46 Quinta, 08 de Janeiro de 2015 »
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Filipe,  não tenho qualquer problema em tornar-me sócio e de ajudar no que me for possível dada a minha formação.
Tenho mais colegas que certamente também estarão interessados em colaborar. Um deles até faz parte aqui do pesqueiro...

Acuso-me! Realmente não conhecia tal associação e eu mesmo já tinha ponderado fundar uma algo semelhante um dia não só com vista a pesca lúdica mas também.

Relativamente à pesca desportiva vs pesca profissional em termos de capturas a pesca desportiva é irrisória face às profissionais. Estatisticamente as capturas feitas não teriam impacto significativo no planeamento de defeso e conservação. O problema está não só no que já foi referido da falta de uma época de defeso respeitada e eficazmente vigiada pelas autoridades. Também como já foi referido pescas ilegais de embarcações durante a noite sem iluminação (sim são ilegais e sim andam ai porque quantas vezes mesmo até a sair das barras de madrugada com embarcações eu ou quem está ao leme da embarcação tem de ir com mil olhos a ver o que está no caminho para não embater em ninguém). Existe ainda a questão das redes ao largo sem identificação a pescar a belo prazer e com abertura de malha inferior ao limite legal.

Aquilo que defendo é que haja uma taxa para a pesca lúdica (como as licenças que pagamos) mas que esse fundos sejam aplicados em defesa dos nossos interesses e de conservação o que não vejo a acontecer ainda. E chega de acusar os pescadores lúdicos de tirarem muito peixe ou peixe pequenos (não digo que tirem pequeno e levem para casa mas que devolvam a água), porque seriam precisos que todos os pescadores lúdicos pescassem diariamente durante um ano inteiro para provocar um estrago semelhante ao que um arrasto ilegal ou outras artes de pesca igualmente destrutivas fazem  em poucas horas.
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Offline Olho de peixe

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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #34 em: 13:54 Quinta, 08 de Janeiro de 2015 »
Ponho ainda em causa a arte xávega, que durante a época balnear tudo destrói só para inglês ver, com subsidios bastante bons porque "é tradicional, uma forma de cultura de um povo, etc" , cujas malhas só se vê trazerem a terra peixe do tamanho do dedo minimo e algas que por sua vez também essenciais para o transporte e fixação de alguns tipos de plancton.
 

Offline joaonumberone

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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #35 em: 14:04 Quinta, 08 de Janeiro de 2015 »
para quem lide bem com numeros grandes facilmente percebe que a pesca profissional movimenta muito mais dinheiro, como aliás é natural.

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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #36 em: 14:09 Quinta, 08 de Janeiro de 2015 »
Oh João, desculpa lá, mas estes dados são parvos. Ali não está a falar de números da pesca profissional, fala de numeros de uma série de actividades ligadas ao mar.
Aqui o que está em causa é a pesca desportiva x pesca profissional.
É melhor ires pesquisar por valores reais.
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Offline Marco Caparica

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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #37 em: 14:33 Quinta, 08 de Janeiro de 2015 »
Filipe em termos valores movimentados como actividade económica, a pesca lúdica leva 15 a 0 da profissional, agora não percebo é se te estás a referir a comparar certas despesas. :hummm:
Eles andavem lá, andavem erra desfarrçades.
 

Offline joaonumberone

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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #38 em: 14:43 Quinta, 08 de Janeiro de 2015 »
é por demais evidente que a pesca lúdica movimenta muuuuuuito menos dinheiro.
em todos os itens que sejam possivel isolar.

O Costa que pergunte lá na loja dele a % de negócios
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Offline pantao

Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #39 em: 15:08 Quinta, 08 de Janeiro de 2015 »
Eu de números não falo que não tenho conhecimento de causa.
Mas penso que atravessamos a nive de pesca o que há uns anos os fiscais tributários faziam.
Face a escances de meios é preferível  fiscalizar um "tubarão" do que um cardume de "tainhas".
Posso estar errado mas somos milhares de pescadores lúdicos diariamente a lançar anzóis para a agua, contribuimos para que haja menos peixe e mt importante também a própria isca do meio natural que nos rodeia.
Ha 30-20 anos uma isca muito usada aqui na zona "serradela" que era quase dada, bastava irmos a ria uma cavadela em 5m tinhamos umas dezenas de "minhocas" para o vicio. Hoje em dia a "serradela" começa a ser dificl encontrar com tamanhos bons para iscar.
É um facto quer queiramos quer não tb contribuimos e em mt para a redução de tds as espécies.
Pode haver mil e uma medidas de proteção, mas o mais importante é a sensibilização de todos nós para o que capturamos.
Desde o tamanho até inclusivamente aos métodos de captura. Cada dia que passa a nível de artificiais vemos diariamente novos modelos.
Basta compararmos os resultados de uma pesca com boia e uma minhoca e uma "rapala".
Não critico quem pratica spining nem pouco mais ou menos, apenas penso que cada vez damos menos hipóteses aos nossos peixes de se defenderem seja em que modalidade for.
Eu próprio dentro da pesca que pratico, surfcasting se vir que um anzol me traz mais ferragens mudo logo! ou uma cana xpto lança mais longe já a estou a namorar.
Importante é mudar comportamentos e ai sim penso que faz todo o sentido existir algum organismo que trabalhe nesse sentido.
Coimas e defenso pouco interesse tem para quem os euros não sejam um problema, velho exemplo da multa ao pescador que esta no rio a tirar meia duzia de peixes quando não deve e leva multa, e aquele empresário que fez a descarga no rio e matou milhares de peixes não lhe aconteceu nada.
Importante é isto falarmos e debatermos opiniões, pelo menos os que aqui estamos que sejamos responsáveis pode ser que assim alteremos algumas mentalidades.

 

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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #40 em: 15:23 Quinta, 08 de Janeiro de 2015 »
Eu nem sequer falei nisso, o João é que o referiu. Mas tenho sérias dúvidas desses números, mas sérias mesmo.
Não referia que movimentava mais, referi que tem muito mais importância do que aquela que lhe dão.
Além de que parte da verba dos lúdicos serve para a pesca profissional, ou seja somos parte do orçamento deles.
Vocês quando pensam é só nos números deles, mas esquecem-se que se formos ver( e não há forma), do dinheiro que movimenta a pesca lúdica, ficariam muito surpreendidos.
Porque se for para abrangir tudo o que é "movimentar", então, desde deslocações, gasolina, restaurantes, cafés, roupa, etc... tem que ser contabilizado, e aí julgo que 400 mil consomem mais do que 20 e tal mil. Isso do "movimentar" daria muito que falar.
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Offline joaonumberone

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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #41 em: 15:58 Quinta, 08 de Janeiro de 2015 »
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o João é que o referiu

qual joão eu?
se foi dos valores não fui eu pá, tu é que referiste isso.

se calhar vou lá, ou por aqui :hummm:
daqui a nada ligo ao mata robalos.
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Offline Marco Caparica

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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #42 em: 16:21 Quinta, 08 de Janeiro de 2015 »
Filipe só a fatura anual de gasóleo dos profissionais dá para as nossas despesas todas.
Eles andavem lá, andavem erra desfarrçades.
 

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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #43 em: 16:24 Quinta, 08 de Janeiro de 2015 »
Esta semana não devo pescar. Mas logo vejo.

Sobre a questão dinheiro, continuo com a ideia de que a pesca desportiva movimenta muito dinheiro, muito, mas muito mais do que a maioria julga. 
O que acontece é que parte desse dinheiro, é disperso entre mercado pararelo, além de que não existe contabilidade em termos de estudo feito, de quanto, marcas, lojas, e 400 mil pescadores fazem girar. Adorava ver um estudo, e voces viam que estão longe da realidade.
Mas talvez interesse mais que não hajam estudos. Talvez seja isso.
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Offline pantao

Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #44 em: 16:43 Quinta, 08 de Janeiro de 2015 »
Um exemplo dos números, que a meu ver tenho a opinião do filipe, são os restaurantes.
Aqui na zona e arredores não conheço nenhum restaurante de "bom peixe" que não o compre aos pescadores "lúdicos".
Estes de lúdicos pouco tem, mas utilizam técnicas que nos usamos e estamos a falar de mts milhares de euros anuais.
Gasóleo para as traineiras sairem...quanto gasta cada um de nos em combustível para se deslocar para o vicio???
No meu caso não é vicio é doença!!! :)

 

Offline Marco Caparica

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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #45 em: 16:54 Quinta, 08 de Janeiro de 2015 »
Filipe eu e muitos como eu têm a noção do dinheiro que a pesca lúdica movimenta, mas daí a comparar com os profissionais ainda vai uma grande distância.
Pantão nós enchemos um depósito com 50/60litros, eles atestam com 500 ou 600 e há embarcações que é aos milhares de litros.
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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #46 em: 17:26 Quinta, 08 de Janeiro de 2015 »
OH Marco, tenho duvidas... Mas mesmo muitas. Se enchem com 600 e nos com 60, mas formos muitos mais do que eles gastamos muito mais.
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Offline PedrasSalgadas

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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #47 em: 17:29 Quinta, 08 de Janeiro de 2015 »
Esta é uma questão de sustentabilidade das espécies, neste caso particular do robalo, e que a ser vista do ponto de vista económico, tal como hoje o entendemos no presente imediato, nem sequer vai dar à pesca lúdica oportunidade de se sentar à mesa.
Na Irlanda o limite é de dois robalos por dia por pescador lúdico, o robalo é uma espécie altamente protegida e interdita a sua captura pela pesca profissional. Daí que as receitas proveniente do turismo que a pesca ao robalo proporciona são hoje uma enorme fonte de receita para a Irlanda. E é por aí que devemos olhar.

Mas vamos também ver uma coisa, as MT quanto é que declararam às finanças neste últimos 5 anos? Alguém sabe?
Quanto “facturam“ os furtivos, e esses são lúdicos ou profissionais?

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Pantão nós enchemos um depósito com 50/60litros, eles atestam com 500 ou 600 e há embarcações que é aos milhares de litros.

Um arrastão de pesca costeira tem 20 a 30 toneladas de gasóleo nos depósitos. Até por aí a pesca profissional é pouco sustentável.
Em termos de movimentação de dinheiro, a pesca lúdica cabe na cova de um dente da pesca profissional. Quem tiver dúvidas que veja o volume de vendas da docapesca num ano que fica esclarecido.

Hoje alimentamo-nos de carne de pecuária, ninguém vai ao supermercado comprar galinha do mato, nem javali do nordeste, isso é coisa pouca, o futuro do peixe como alimento será a aquacultura, será não, já é. Porque o preço do pescado nas Lotas em Portugal é totalmente insustentável para pescadores e armadores. Por isso é que se pesca muito para se ganhar algum, basta ver as estatísticas do preço de pescado nas Lotas, a lota que mais movimenta em toneladas em Portugal é Sesimbra com um custo médio de 1,31€ por quilo nos 4 primeiros meses de 2014.

Lembram-se do Luz do Sameiro que naufragou na praia da légua a norte da Nazaré, acham que andava a pescar o quê?

Um mestre aqui do Norte até diz em termos de brincadeira que os primeiros a chegar à lua não foram os americanos, foram os cachineiros! É que lá já não há peixe!
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Offline Marco Caparica

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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #48 em: 17:45 Quinta, 08 de Janeiro de 2015 »
Manel é isso que o pessoal tem que perceber, não há dúvidas que a pesca lúdica movimenta muito dinheiro e em certas zonas do país tem uma importância económica muito grande, mas não é comparável à pesca profissional.
A empresa onde eu trabalho à uns anos atrás fez a recuperação contabilística a uma das maiores empresas de comércio de peixe do nosso país, eu era um dos técnicos responsáveis e nem vos passa pela cabeça o volume de faturação mensal deles, uma autêntica brutalidade e isto é só um exemplo de outros que poderia dar, por isso Filipe não tenhas a mínima dúvida é 15 a 0.
« Última modificação: 17:49 Quinta, 08 de Janeiro de 2015 por Marco Caparica »
Eles andavem lá, andavem erra desfarrçades.
 

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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #49 em: 17:47 Quinta, 08 de Janeiro de 2015 »
Nenhuma explicação que me dêem sem números exactos do que a pesca desportiva movimenta com 400 mil pessoas não me vão fazer acreditar em nada. Posso ter muita ou pouca razão, mas  para se provar algo tem que se ter dados.

Dados que da parte Desportiva não existem.
O que sei é que sem pesca lúdica, vão, lojas, vão marcas, vai tudo po calheiro. Ah e vai patrocínios da competição, porque quem consome são os lúdicos.
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Offline PedrasSalgadas

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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #50 em: 17:54 Quinta, 08 de Janeiro de 2015 »
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Dados que da parte Desportiva não existem.

Pois esse é um grande problema, não existem. E quando não existem, quando não há dados que se possam contabilizar para se colocarem sobre a mesa então essa vertente não tem como argumentar. Portanto não existe enquanto parte que possa ou pretenda reclamar o que quer que seja.

Não é por ficarmos limitados a um robalo por dia que o negócio da pesca desportiva acaba, seja ela lúdica ou de competição.
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Offline joaonumberone

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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #51 em: 17:56 Quinta, 08 de Janeiro de 2015 »
basta fazeres 400.000*(um valor que aches adequado, não o que tu possas gastar, mas em média)=x

se fossem 400.000*1000€ano=400 milhões, mas 1000€ por pescador acho mesmo muito, mas mesmo que fosse.

Quanto ao resto se houver alguma mobilização é possivel que alguém pense que consegue uns votos do pessoal.
Entretanto vão continuar a dizimar o peixe mais perseguido do país que é o robalo.
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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #52 em: 18:21 Quinta, 08 de Janeiro de 2015 »
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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #50 em: Hoje às 17:54 »
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Não é isso que eu defendo. Enganas-te se pensas que a minha argumentação é para evitar esse aspecto.
Eu o que duvido é que as diferenças sejam assim tão grandes. Apenas isso. E ninguém me pode provar o contrário, a menos que se apresente dados. Eu tenho dúvidas, até serem dissipadas, fico com elas.

A questão do robalo a ser defendida deve-o ser de uma forma ordenada, e com cabeça. Da forma que já o defendi, através de uma organização.

João, para mim as contas não se fazem assim. Quando eu saio para a pesca, gasto em N factores. Seria um estudo minuncioso, e complexo.
Em casa gasto 0, quando não vou, quando vou, gasto amostras, ou isco, material de pesca, gasolina, portagens, dinheiro em cafés, restaurantes, ou em supermercados... N factores. Isto X 400 mim é muita coisa. Não sei os valores, nem os imagino. E nem é essa a minha preocupação. A minha preocupação é provar a importância que esta modalidade tem, todo o seu impacto, e todas as repercurssões que traz quer a nível económico, quer a nível social, quer até a nível psicológico a toda uma população.

Quantos desportos movimentam mais praticantes em Portugal? 2,3??? Não devem ser muito mais.
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Offline dpeneireiro

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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #53 em: 18:37 Quinta, 08 de Janeiro de 2015 »
Quatro coisas:

1º - Quando apareceu a "primeira" portaria, aquela que prejudicava pescadores lúdicos "à grande", foi criada uma associação por um movimento de diversos pescadores para "combater" essa legislação, a ANPLED.Muitos dos sócios fundadores foram "recrutados" no antigo sitio. Essa associação cresceu muito em pouco tempo e criou diversos grupos de trabalho para as diversas "modalidades" de pesca desportiva - embarcada, surfcasting, submarina... para que estudassem alterações à lei e as fundamentassem com coerência e eloquencia. Esta associação ganhou diversas batalhas e teve que ceder em muitas outras: é preciso saber dar para poder receber. A segunda portaria denota bem algumas das vitórias obtidas pelos pescadores lúdicos, não apenas por intermédio da ANPLED mas também de muitas outras associações das quais não falo porque não conheço. O que sei é que durante muito tempo os sócios recebiam relatórios frequentes das diversas reuniões que se iam sucedendo com os secretários de estado, com os grupos de trabalho de outras associações... O trabalho era muito meritório e os sócios viam bem as duras batalhas que se travavam. Entretanto, o trabalho da associação ANPLED esmoreceu muito, talvez porque dê trabalho e custe muito lutar contra poderes instituídos, ou porque talvez se tenham acomodado (ou nos tenhamos acomodado porque afinal a associação somos todos nós os sócios), mas considero que os sócios ainda podem dinamizar muito a associação, a vontade e o empenho continua lá. E novos sócios, com novas ideias e novas vontades são sempre precisos.

2º - Sobre a arte Xávega: não sou nem conheço ninguém ligado á atividade. Deviam perder 40m do vosso tempo e ouvir a seguinte reportagem:
Não está autorizado a ver ligações. Registe-se ou Entre x%E1vega
Muitas pessoas não sabem sequer o que é a arte xávega. Muitos não sabem os riscos que aqueles pescadores correm e muitos não sabem que maior parte do peixe que pescam é puro desperdício mas que é inerente a este tipo de pesca. E nesta reportagem pedem uma alteraçãozinha que acho que faz todo o sentido: pedem para que exista uma cota de peixes pequenos apenas para esta arte onde a sua apanha é inevitável, se essa cota for excedida numa saída, saltam a seguinte saída, mas aproveitam todo o peixe miúdo que vão desperdiçar atualmente (exceto o que vendem à margem ilegalmente). Reparem ainda numa das ultimas frases da reportagem: "Ó menina, o peixe nunca acaba" - isto sim devemos combater e prevenir como falo no ponto 4.

3º - A pesca profissional não dá 15 -0 à lúdica em termos de movimento de dinheiro. Dá sim 15-5 ou 20-3 ou...(números aleatórios). Mas esses 5 não devem ser descurados. Conheço (como outros aqui) famílias que vivem à conta da pesca lúdica, tanto com lojas, como com importação... e posso-vos dizer que a pesca lúdica movimenta muito, mas mesmo muito dinheiro... somos 400.000 como diz o Filipe. E esse dinheiro, apesar de ser uma migalha perto da pesca profissional, é necessário neste pais em que todas as migalhas contam. E qualquer desequilíbrio a esta frágil estrutura faz logo grandes mossas. Dou como exemplo a entrada em vigor da primeira portaria e a introdução de licenças a par da crise que se instalou: deu um grande rombo no negocio que só agora mostra ténues sinais de recuperação. Eu vi lojas a falirem, outras a patinarem e pessoas à rasca. Essas famílias têm de contar e não se pode legislar à parva só porque se diz que somos nós os lúdicos que derretemos tudo quando está na cara de todos que não é bem assim.

4º - Fiscalizar, fiscalizar e fiscalizar. Posso um dia ter de pagar pela língua porque não sou santo nenhum (nem sei as medidas legais de todos os peixes nem sequer conheço maior parte das espécies) mas neste pais faz falta fiscalizar. E é em tudo: desde o rendimento mínimo, à pesca lúdica, passado pela profissional e etc. O povo português precisa de muita fiscalização porque infelizmente anda meio mundo a tentar ser mais esperto que os outros. Já falaram aqui das redes, dos barcos às escuras, dos petardos, falta falar do meixão, dos chicos espertos que dizem que "uma azeitona é mais pequena e tem caroço e também se come", das imensas estacas que "pesco" aqui na zona com estralhos colocadas na maré baixa, do tipo que é lúdico mas abastece 3 restaurantes finos em Odemira, dos ninjas da lampreia etc, etc, etc. Temos que ser todos fiscalizados. E temos que nos consciencializar que o peixe não é inesgotável, logo temos que "ensinar" os nossos camaradas de armas que existem regras na pesca para que os nossos putos possam ter algumas alegrias connosco daqui a 30 anos. Temos que incutir nas nossas crianças que apanhar um robalo com 10 cm, ou no prazo da desova é equivalente a bater numa menina: não se faz. E temos que nos consciencializar que também somos parte do problema, talvez uma parte pequena mas somos, e cabe-nos decidir se queremos ou não ser conscienciosos independentemente da lei. Para os que não querem... fiscalizem.

Cumprimentos.
 

Offline PedrasSalgadas

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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #54 em: 18:46 Quinta, 08 de Janeiro de 2015 »
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Não é isso que eu defendo. Enganas-te se pensas que a minha argumentação é para evitar esse aspecto.

Não estou a contestar nem o que defendes nem o que defendem os outros. Acho apenas que a questão não se pode colocar do ponto de vista económico, porque aí fica sempre a perder quem gera menos receitas e quem está menos organizado. E não seria difícil de ver quem será.

A questão, quanto a mim, tem de ser vista pelo lado da sustentabilidade, o que está em causa é a espécie, não é?
Então que é que mata mais, uma rede ou um anzol? E de forma indiscriminada, a pesca profissional e as licenças para redes são muito mais nocivas para a espécie do que todos os lúdicos juntos. E depois os lúdicos também não queiram tapar o sol com a peneira, porque de lúdicos só têm a licença que tiram no multibanco, o mais são furtivos e balanceiros.

A Xávega é um problema “cultural“ que ninguém tem coragem para colocar um ponto final como já devia ter acontecido. Não se admite que no século XXI se mate peixe indiscriminadamente da forma como a Xávega o faz, e havendo hoje condições de pesca e de navegabilidade que há 150 anos nem sequer se vislumbravam.
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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #55 em: 18:48 Quinta, 08 de Janeiro de 2015 »
Muito bom. Acho uma interpretação com pés e cabeça.
Chamem-me maluco, mas movimentamos Biliões, leiam bem, não são milhões. Tenho total convicção disso, não sei é valores exactos, nem quero saber, lol.

Bem sobre o texto anterior. Posso responder ao que penso sobre o ponto 1.
A ANPLED, mesmo sem meios e com pouca força, faz milagres, que alguns que apontam o dedo nem imaginam.
Erramos, epa sim, quem não erra. Mas trabalhar de borla, no dia de folga, abdicar por vezes desse dia para pescar ou para estar com a família, para ir dar workshops, ou ir a reuniões, meus amigos, só dá para quem gosta do que faz.
Por isso é que dentro da ANPLED só se esforçaram nos ultimos anos os que realmente AMAM a pesca lúdica, os que querem abdicar dos seus interesses pessoais em prol de todos nós.

Sou muito crítico comigo, e por isso não estou satisfeito, mas podem ter a certeza que estamos vivos, e que por isso escrevi aqui que precisamos de uma equipa, precisamos de ajuda. Esqueçam guerras pessoais, ou ideais. Esqueçam isso, tentem entender que se precisa de ter mais força, e isso só com união.

Por isso não custa aderir no Facebook, para quem pode não custa fazer-se sócio.
Algumas das práticas comuns antigas vão voltar a estar em prática, mas tentem entender que eu e os que restamos a trabalhar, não somos de ferro...
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Offline Ernesto Lima

Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #56 em: 18:51 Quinta, 08 de Janeiro de 2015 »
Boa tarde a todos

Relativamente ao assunto em discussão, não propriamente do "Robalo por dia" mas das limitações consecutivas à pesca lúdica, no que respeita à necessidade de nos fazermos ouvir, concordo na generalidade com o Filipe... só com uma união forte nos poderemos defender. Mas, para união forte, além de todos nós pescadores de todas as técnicas, deveríamos contar com outros agentes ligados à pesca desportiva, como sejam: lojistas, marcas, náutica de recreio relacionada, associações, clubes, federações..., todos a trabalhar no mesmo sentido, unidos (... é bom sonhar) e fundamentados com estudos e números.

Quer se goste ou não, na verdade, a partir do momento em que capturamos também fazemos parte do problema da diminuição de pescado, no entanto também não se pode negar que cada área que retira produtos do mar (desportiva e profissional), deveria ser limitada e fiscalizada de forma proporcional e efectiva ao que daí aufere.
Portanto também me parece pouco aceitável que continuamente, "para fazer ver inglês" sejamos nós os lúdicos a papar com as limitações e fiscalizações. Sim... fiscalizações, porque na embarcada, em Sines e em Setúbal, pelo menos, a fiscalização é contínua, regular, cansativa e penso até inapropriada, face ao tipo de fiscalização que efectuam.

Mas aceito que de facto tenhamos a nossa parte de limitações, ficando no entanto a questão: será que ainda são necessárias mais limitações no que à pesca lúdica se refere?

Sobre o número 400.000 pescadores, gostaria de saber da sua verdade, tendo em conta o número de licenças tiradas e constantes do quadro da DGRM que podem ver neste link  Não está autorizado a ver ligações. Registe-se ou Entre, referente ao número total de licenças tiradas até 30 de Setembro de 2014.

Quanto ao trabalho até agora desenvolvido pela ANPLED, acho que foi o possível dado o meu conhecimento parcial do assunto, e enviar um abraço, entre alguns outros, ao sempre batalhador João Borges.

Abraço

Ernesto
Quanto mais pesco... mais sinto necessidade de aprender sobre a pesca.
 

Online FilipePC

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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #57 em: 18:53 Quinta, 08 de Janeiro de 2015 »
Que eu saiba, logo no inicio desta discussão, eu escrevi que não somos o maior problema, mas somos parte dele. Logo há que trabalhar organizada mente para travar alguma injustiça e para lutar por o que pode ser feito.

Agora eu questiono todos os que nunca ajudaram, se sentem legitimidade para apontar o dedo. O maior erro que podemos cair é em nos pormos a parte da problemática. Existimos, não somos poucos. Logo somos parte activa disto, movimentamos muito dinheiro, valemos muito, temos que procurar ter também essa aceitação para poder não diria lutar, mas conversar de igual para igual.

A pergunta que fazer de onde inserir os furtivos, para mim é simples. Pesca profissional. Pessoas que vivem da pesca sem pagar para tal.
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Online FilipePC

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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #58 em: 18:57 Quinta, 08 de Janeiro de 2015 »
Olá Ernesto, esta gente toda deve TANTO ao João Borges que nem imagina...
Ernesto há muito que defendo uma união Total entre pescadores, pelo menos daqueles que defendem versões desportivas da mesma.

Mas vão ter que começar a dar mais a cara, pois a batalha só se pode vencer com união e compreensão entre todos.

Por isso vão levar sempre comigo, desculpem,  :D, mas visitem a ANPLED, tentem ajudar. Porque é o vosso desporto que está em causa. Não deixem que isto chegue ao ponto que a caça chegou.
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Offline dpeneireiro

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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #59 em: 19:17 Quinta, 08 de Janeiro de 2015 »
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sempre comigo, desculpem,  , mas visitem a ANPLED, tentem ajudar

Contigo, comigo, e com todos os que sabem ou têm noção do que lá se fez e faz, do que se foi conseguindo a muito custo.

Como eu disse considero ainda, tal como na altura em que me fiz sócio, que uma associação forte que represente a vontade de muitos, que debata os assuntos de forma autoritária, credível, fundamentada é olhada como um aliado dos grupos de trabalho do governo e não um inimigo.

Eu tenho noção de algumas das batalhas que se travaram e do quanto se conquistou (basta olhar para a segunda portaria), muitos dizem que foi pouco. Eu digo que foi o possível e teremos que continuar a lutar para melhorar a nossa condição e justificar algumas das coisas que não estão bem contadas. Mas para isso a associação precisa de força, e da força de todos.

Eu ao contrário do FilipePC (pelo que me dá a parecer a sua forma de falar) não sou nem nunca fui parte de nenhum grupo de trabalho nem fiz nada ativamente em prol da associação, nunca perdi um dia em prol da nossa comunidade apesar de estar disponível e o ter indicado quando mo solicitaram, mas sou um no meio de muitos que mandatando os que por nós lutam lhes damos a força dos números. Quantos mais formos, mais força eles terão. E olhem que agora não sei, mas tempos houve que a associação tinha uma força bem patente.



 

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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #60 em: 19:08 Sábado, 10 de Janeiro de 2015 »
Com tantos temas abordados dentro do tópico, não é fácil opinar sobre todos eles sem que acabe por sair daqui um parecer enfadonho para a leitura. Mas enfim, lerá quem tiver pachorra e entenda fazê-lo.

Acerca dos limites de captura, seja do robalo, da quantidade de pescado ou de que espécie for, quem anda por esta coisa chamada internet, sabe que a "coisa” gira sempre em torno de opiniões que acabam por ir parar à falta de períodos de defeso. À comparação do impacto entre a pesca profissional e a lúdica. Que eles, os que fazem as leis não percebem nada de pesca. Ou à ineficaz ou falta de fiscalização.

De alguns anos a esta parte, tenho acompanhado (em representação da Anpled) os processos negociais com os dois últimos governos. As experiências adquiridas nas mesas de negociação, tem-me feito encarar todo o processo de revisão da legislação, como um processo negocial. Podemos requerer a alteração daquilo que bem entendermos, mas temos de ter consciência que algumas irão cair por terra e outras não se conseguirão sem nada “dar” em troca. Temos de ter consciência que quem tutela, é quem tem a faca e o queijo na mão e por isso, é quem dita as regras do jogo. De nada serve argumentar que nós os lúdicos somos uma gota de água no oceano, enquanto o resto dessa água o vai dizimando rapidamente. Nada, mas mesmo nada dessa argumentação serve para mudar o conceito instituído na mente de quem decide. Esse conceito está enraizado, apoiado, reforçado e forçado por um lóbi de muito peso e poder de mobilização. Lóbi, contra o qual a nossa desorganização ou falta dela nada consegue fazer.

Sendo apologista da preservação e sustentabilidade dos recursos, não contesto aqueles que se manifestem favoráveis ao aumento das medidas mínimas, ou à instituição de períodos de defeso. Antes pelo contrário. Considero que face ao impacto do esforço de pesca e à nossa responsabilidade para com as gerações futuras, mais tarde ou mais cedo, esse irá ser o caminho para alcançar essa sustentabilidade. Foi “peditório” para o qual contribui (defeso do sargo no PNSACV), e agora acho que esse assunto deve ser bem “marinado”. Aquilo que for requerido pela pesca lúdica, dificilmente se aplicará à restante pesca. De momento e enquanto os conceitos não se alterarem, esqueçam os pedidos de instituição de períodos de defeso e esqueçam o aumento dos tamanhos mínimos de captura. Estou convicto que não é necessário sermos nós os lúdicos a formular esses pedidos. A nossa desorganização permitirá a “alguém” que essas medidas nos sejam impostas, sem que quem as formule seja afetado.

Durante os trabalhos do grupo que deu origem à atual legislação, foram feitas algumas abordagens aos períodos de defeso, sendo que o resultado final foi aquele que hoje é conhecido por todos. “À pesca lúdica, aplicam-se os períodos de defeso que forem instituídos para a pesca profissional”. Face ao “jogo de poderes”, à ação fiscalizadora e ao respeito pela igualdade, entendo ser uma medida justa e assertiva.  No atual contexto, entendo que requerer períodos de defeso ou o aumento das medidas mínimas de captura, será o mesmo que “dar um tiro no próprio pé”. Enquanto nós os lúdicos reclamamos por mais fiscalização, ou contestamos a sua ação e inercia, outros há para quem tudo está bem. Esses confiam na ação de quem está incumbido de zelar pelo património que é de todos. Quando assim não for, saberão justificar a infração, invocando razões de sobrevivência, advogando para eles o papel de vítimas do mau tempo ou da perseguição de quem fiscaliza.

Sobre as diferenças das incidências no impacto que a pesca lúdica e profissional têm sobre os recursos, acho que não vale a pena discutir aquilo que é óbvio. Todos temos a nossa cota parte de responsabilidade, mas a diferença é tanta, mas mesmo tanta, que até quem nada entende de pesca se apercebe dela. Só não se apercebe quem não se quer aperceber e mesmo esses apercebem-se mas fingem que não se apercebem.

Acerca de quem movimenta mais dinheiro, se a pesca lúdica, se a pesca profissional. Eu embora pense que o Filipe (por aquilo que tenho conversado com ele) não tenha feito passar convenientemente o seu raciocínio, a minha opinião vai ao encontro da dele. Aquilo que penso que ele quis (Filipe corrige-me se estiver enganado) não foi por em causa se o valor de faturação de uma atividade é superior à outra. Isso parece-me não ter grandes hipóteses de ser contestável. Não o será por falta de informação, porque embora os valores de uma das partes estejam disponíveis para consulta pública, os da outra parte pelo menos a mim são-me desconhecidos e inacessíveis. Aquilo que contesto não é o volume de faturações, mas sim o resultado final das mesmas…o “sumo”. O “sumo”, aquilo que reverte para os cofres do estado. Quando à faturação de ambas as partes forem deduzidas, as despesas, os subsídios, as verbas recebidas do fundo de compensação e os fundos da comunidade europeia, então aí sim apura-se o “sumo”. É nesse ponto, ou seja, quando todas as contas forem “espremidas”, tenho grandes dúvidas que a pesca lúdica não gere mais “sumo” que a pesca profissional.

Relativamente ao associativismo e ao “trabalho” que a Anpled tem desenvolvido, julgo não me caber a mim (que tenho feito parte de todas as direções), julgar aquilo que a associação tem feito pela pesca. Tenho opinião formada, mas isso cabe aos sócios e à comunidade de pescadores lúdicos criticar, comentar e indagar junto dos órgãos sociais, dos porquês de não se ter feito mais.

Não querendo contribuir ainda mais para alongar este texto tornando-o quiçá ainda mais enfadonho, mas não posso no entanto deixar de manifestar uma rápida e superficial opinião sobre o associativismo em geral e na pesca em particular.

Nos tempos que correm o associativismo é parte contributiva e integrante na definição das condições de vida dos cidadãos. Sem associativismo os cidadãos delegam a responsabilidade de participação em terceiros, auto impedindo-se de manifestar a sua opinião, ou apresentar proposta para melhoria dos assuntos que podem influir na qualidade das suas vidas. Fazer parte e participar nas ações do associativismo, é um direito que não deve ser menosprezado, nem considerado de menor importância pelo cidadão. Fazer parte do associativismo, é ser parte ativa da sociedade. É fazer com que as oportunidades de vida sejam justas e igualitárias para todos.

Fazer parte do associativismo, é dispor de algum tempo em prol do benefício comum. Fazer parte do associativismo é dar mais que receber. Fazer parte do associativismo é estar imbuído de espirito de voluntariado.

Sobre o associativismo na pesca lúdica, ele representá-la-á com a força que os praticantes lhes queiram dar. Uma associação, seja ela qual for, não consegue representar o setor sem que os seus órgãos dirigentes sintam apoio da restante comunidade. Por outro lado, conseguir até consegue, só que se for necessário extremar posições essa falta de apoio vai por a força da associação à prova e um trabalho de muitas horas ou dias, por muito justo e meritório que seja, pode cair por terra.

Para que possamos continuar a praticar a nossa atividade, em igualdade de circunstâncias com outras, é muito importante o nosso associativismo. Não importa se é a associação A ou B a representar-nos. O que importa é que possamos fazer parte e ter voz ativa na definição daquilo que nos diz respeito.

A Anpled, foi criada para defender os princípios da preservação, da sustentabilidade dos recursos e dos direitos dos pescadores lúdicos e desportivos. Se não o tem feito nas condições desejáveis, muito se deve à falta dos fatores inerentes ao associativismo que antes referi. No entanto e por falta de divulgação dos seus atos a grande maioria possa pensar o contrário, a Anpled não está parada nem “morta”. As bases foram lançadas. A Anpled é hoje reconhecida pela tutela como representante da comunidade de pescadores lúdicos e desportivos. A sua continuidade e o continuar na defesa dos motivos que levaram à sua fundação, apenas precisam de ser reforçados por gente imbuída pelo espirito do associativismos. Gente com algum tempo disponível. Gente que prescinda de uma ou outra jornada de pesca. Gente com mais para dar que receber. Gente capaz para fazer.

João Borges
Posso não pescar nada, mas não deixo de pescar
 

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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #61 em: 19:39 Sábado, 10 de Janeiro de 2015 »
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Acerca de quem movimenta mais dinheiro, se a pesca lúdica, se a pesca profissional. Eu embora pense que o Filipe (por aquilo que tenho conversado com ele) não tenha feito passar convenientemente o seu raciocínio, a minha opinião vai ao encontro da dele. Aquilo que penso que ele quis (Filipe corrige-me se estiver enganado) não foi por em causa se o valor de faturação de uma atividade é superior à outra. Isso parece-me não ter grandes hipóteses de ser contestável. Não o será por falta de informação, porque embora os valores de uma das partes estejam disponíveis para consulta pública, os da outra parte pelo menos a mim são-me desconhecidos e inacessíveis. Aquilo que contesto não é o volume de faturações, mas sim o resultado final das mesmas…o “sumo”. O “sumo”, aquilo que reverte para os cofres do estado. Quando à faturação de ambas as partes forem deduzidas, as despesas, os subsídios, as verbas recebidas do fundo de compensação e os fundos da comunidade europeia, então aí sim apura-se o “sumo”. É nesse ponto, ou seja, quando todas as contas forem “espremidas”, tenho grandes dúvidas que a pesca lúdica não gere mais “sumo” que a pesca profissional.

Julgo que todos têm essa noção ou deviam. Os milhões envolvidos na pesca desportiva são no seu sumo, a meu ver superiores aos da pesca profissional. Como em qualquer empresa, o sumo, é o resultado da relação custoXproveito. A pesca lúdica tem muito mais poder do que aquele que lhe querem conferir, porque as outras modalidades ligadas a pesca, interessa que assim seja. Não nos querem fortes, não nos querem unidos. E na realidade vão o conseguindo. Mas sobre isso há muito que "jogo" de outra maneira, que passa por trabalhar o melhor que se pode independentemente dos apoios que se tenha. Se forem muitos, melhor, ganhamos todos, se forem poucos, faz-se menos, mas tenta-se fazer o mais importante que garanta a manutenção das nossas bases em defesa da pesca desportiva. Bases essas que há anos que têm sido a barreira entre pescarmos e sermos dizimados por vontades alheias.

A outra parte que retiro do teu texto que me apraz comentar é a parte final. A ANPLED, precisa de pessoas que entendam o que é a pesca desportiva, que vivam sem vaidades, sem mesquinhices e que possam e queiram dar algum do seu tempo a associação.
Não basta dizer que sim, há que o dar, e nem acho que seja assim tanto. Provavelmente alguns dias por ano entre todos tornaria o trabalho mais fácil e justo.
A vida é complicada, todos temos a nossa vida, o trabalho, os filhos, os problemas, etc... E tal como muitos eu sou dos que gosta pescar, logo espero quase todas as semanas pelo meu dia de ir ao mar, e claro que tenho total ideia, de que por vezes apetece ir a pesca e tal, ou apetece somente estar no facebook a falar da cana X ou do anzol Y, ou meter fotos de montagens ou chumbadas que se está a fazer... E julgo que há tempo para tudo.
Mas quando existe eventos da associação tento estar presente, abdico de ir a pesca naquele dia, e que tanta falta isso me faz, acreditando que a minha ajuda nesse evento pode me dar mais anos de pesca... Se é que me entendem... A Anpled só precisa de pessoas que gostem da pesca na sua vertente mais desportiva, só isso. Precisa de pessoas puras.

Porque torno a dizer, valemos muito, mas muito mais do que a maioria julga.
Não se deixem dividir, unam-se, entendam a importância disso.
Ponham os olhos por exemplo na equipa que gere este forum. Uma organização assim é o que se pede. Uma equipa no seu todo.

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Offline amaromar

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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #62 em: 11:21 Segunda, 12 de Janeiro de 2015 »
Um robalo por dia ,ok para bem da sustentabilidade da especie,para que no futuro ,outros tambem possam ter o prazer de apanhar robalos.Mas não são os ludicos que acabam com a raça,veja -se neste video o mau exemplo,este e outros tipos de pesca é que deveriam acabar.
Pescar com redes a menos de um quarto de milha da linha da costa nao é permitido por lei,no entanto passam.se licenças para as mejoeiras.que são armadas aos nossos pés e dizimam os peixes todos na epoca de desovar.
A explicação para tal facto é para dar a ganhar o pão de algumas familias mais carenciadas,e uma maneira de entrar mais alguns €€€€€ nos cofres com a emissao de licenças,porque o peixe que dai provem é todo,ou quase  todo vendido sem pagar impostos.

Porque não acabar com a pesca de redes e incentivar a pesca ao anzol por exemplo?

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Boas pescarias <º((((><
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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #63 em: 11:23 Segunda, 12 de Janeiro de 2015 »
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Porque não acabar com a pesca de redes e incentivar a pesca ao anzol por exemplo?
Porque o Lobby da pesca profissional é mais forte do que o nosso. Eles podem se dar mal entre eles, mas são muito unidos no que toca a estarem contra os outros.

Vai ser sempre o elo mais fraco a pagar a factura...

Pois vai, enquanto não se ganhar a força necessária para se lutar contra isso.
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Offline Beto_Manja

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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #64 em: 12:12 Segunda, 12 de Janeiro de 2015 »
Boas,

Estes videos fazem mesmo ver o futuro e sustentabilidade dos recursos oceânicos...
Que percentagem daquela rede acham que ficará comestível e apresentável para venda?
Cumprimentos,
Roberto

...e se tiver que me calhar uma grade...
...que seja de minis Sagres!!!
 

Offline Rider

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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #65 em: 12:53 Segunda, 12 de Janeiro de 2015 »
Antes de mais queria agradecer a participação do João Borges neste tópico, e salientar e agradecer tudo o que têm feito pela pesca lúdica. Sempre esteve do lado dos pescadores, e faz questão de participar no convívios que temos feito.
Talvez tenha passado ao lado de muita gente, mas esteve presente no convívio da costa alentejana.

Relativamente ao tema em questão, quero partilhar convosco uma conversa que tive á cerca de 15 dias com pescadores profissionais conhecidos da zona de Peniche.

Neste caso são pescadores quase exclusivamente de percebes na Berlenga. Vivem disto.

Falava com eles sobre a falta de peixe na zona, e segundo eles, a maioria dos pescadores profissionais da zona defende a proibição total de qualquer tipo de pesca na Berlenga. Dizem eles que a Berlenga é a sustentação da zona, um santuário de vida marinha que deveria ser preservado. Quase todo o peixe que se apanha na zona, nasceu, cresceu e desenvolveu-se na Berlenga.

E também eles notam que os recursos estão a reduzir-se, e cada vez há menos de tudo, e uma zona que contrariamente é muito castigada, e devido a vários factores o peixe ao longo destes anos tem procurado outras zonas para reprodução.

Ainda segundo eles que pescam na zona, e vão continuar a pescar, o problema deve-se á inexistente de fiscalização, uma vez que existe algumas formas de pescar proibidas na zona, mas continuam a faze-la. E também de pessoal de fora que ao fds invade a zona.
E aqui entra aquela velha maxima " se os outros fazem, por não faço também" ou " se não os consegues vencer, junta-te a eles".
Espera o melhor, prepara-te para o pior e aceita o que vier.

Cumprimentos,
José Matos
 

Offline Joao Rodrigues

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Re: Limite de um Robalo por dia
« Responder #66 em: 14:22 Segunda, 12 de Janeiro de 2015 »
Oh Zé, se não estou em erro parece que ás 2ªs e 3ªs feiras as embarcadas são proibidas. Exceto se forem MT. Todos os outros não podem pescar.
Certo? Se assim for, já foi feito qualquer coisa.
João Rodrigues
 

 

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