collapse

Autor Tópico: MUDA O TEMPO MUDA A TECNICA?  (Lida 3244 vezes)

0 Membros e 1 Visitante estão a ver este tópico.

Offline canivete

  • Assessor do Pesqueiro
  • Marlin
  • *****
  • Mensagens: 3845
  • Agradecido: 405 vezes
    • vialonga
  • No Pesqueiro desde:
  • 13:59 Terça, 24 de Dezembro de 2013
MUDA O TEMPO MUDA A TECNICA?
« em: 10:12 Domingo, 28 de Dezembro de 2014 »
Estamos numa faze propicia a boas capturas,os mares encontram-se mexidos as aguas ficam mais ricas em nutrientes,aguas menos lusas  os peixes tem tendência a alimentar-se inclusive mais perto da costa.Com o decorrer do tempo este maná vai ter o seu decrescimo as pescas ficam mais dificeis,pescadores há que evoluiram para outros tipos de captura esta situação irá passar ao lado a sua experiência dará a volta á situação.
Haverá sempre o dito pescador dos diversos,os iniciados,os que se querem iniciar etc.
Agora começam as dificuldades,perde-se a qualidade,a quantidade,normalmente nas MT as zonas estão massacradas.
Muda o tempo muda a técnica?a meu ver sim.
Materiais:vamos ter que pescar bem mais fino,em relação ás canas continuam as mesmas,os multifilamento eu optaria entre um 0,12 e um 0,18 no maximo, sempre com um chicote (nesta pesca uso quase sempre um 0,28 ou 0,30)em média a rondar os 8m quando necessário encurto se a pesca o assim ditar.
Os iscos mais consumiveis que uso são o camarão dependendo do seu tamanho assim faço a iscada,infelizmente a ameijoa aqui para os meus lados não abunda a preços convidativos mas para esta de pesca considero fundamental e nao podia faltar a sardinha. 
 Descura-se o atrás enumerado:as canas,iscos,linhas,anzois,não se lê o mar para tentar concertar com a ponteira adequada,a primeira preocupação MONTAGENS.
Simplificando:
Madres:entre 0,26  a 0,30
Estralhos :0,23 a 0,28
Anzois:os mais comuns são so chinus
A grande maoria dos amigos que pesca comigo utiliza se não a perder durante a acção de pesca a mesma montagem,façam o favor de ter atenção ao que se passa em redor e se nesseçário mudar as ditas montagens se a pesca o ditar.
Façam o favor de fazer uma pesquiza sobre montagens que o amigo Braga tem por aqui uns esquemas
Opinem se faz favor para melhorar o tópico  ;D


abraço


Manuel Matos
 

Offline Diomar

  • Corvina
  • ****
  • Mensagens: 389
  • Agradecido: 37 vezes
    • Massachusetts/Vila Nova de Gaia
  • No Pesqueiro desde:
  • 20:36 Terça, 09 de Dezembro de 2014
Re: MUDA O TEMPO MUDA A TECNICA?
« Responder #1 em: 13:00 Domingo, 28 de Dezembro de 2014 »
Penso que mais importante ainda que mudar a técnica será mudar de pesqueiro. Numa jornada de pesca temos tendência a escolher um pesqueiro e passar lá horas sem sentir um toque ou apenas tirando peixe pequeno que é para devolver ao mar. Podemos colocar um anzol maior para evitar ferrar os pequenos mas estes continuam a limpar o isco e a não deixar nada para os grandes.
Como por vezes o material que levamos é bastante acabamos por sucumbir à preguiça de pegar nas tralhas e caminhar pelo areal ou subir e descer umas pedras para procurar novo pesqueiro. Claro que adaptar a técnica ao mar e ao evoluir da maré também é de grane importância no meu ver.

Abraços e muitos peixinhos para 2015!  ;)
"Deus ao mar o perigo e o abismo deu, Mas nele é que espelhou o céu" - Fernando Pessoa
 

Offline Fishing beast

  • Boga
  • *
  • Mensagens: 39
    • tvd
  • No Pesqueiro desde:
  • 21:48 Quarta, 05 de Março de 2014
Re: MUDA O TEMPO MUDA A TECNICA?
« Responder #2 em: 17:00 Domingo, 28 de Dezembro de 2014 »
A meu ver o que mais muda ( na embarcada )é a temperatura da água e com ela , invariavelmente , o comportamento do peixe. Nesta altura até inicios da primavera a temperatura do mar desce para os 14/15 aqui na zona da ericeira o que faz com que o alimento do peixe seja menor levando o peixe para zonas mais fundas na busca de alimento. Outras espécies de peixe tornam-se mais letárgicas com a baixa temperatura das águas. O que podemos nos, pescadores , fazer ? Creio que pescar em zonas mais fundas ( 13,14 milhas da Costa não é invulgar ) na busca do peixe é regra de ouro , apartir dai é fazer como o amigo canivete disse e tentar várias abordagens, várias montagens , vários iscos e ver qual produz melhores resultados .
Se posso viver sem pesca embarcada? Posso, mas é uma treta... :)
 

Offline Zealmeida

  • Robalo
  • ***
  • Mensagens: 196
  • Agradecido: 11 vezes
    • Póvoa de Santa Iria
  • No Pesqueiro desde:
  • 17:33 Segunda, 30 de Junho de 2014
Re: MUDA O TEMPO MUDA A TECNICA?
« Responder #3 em: 22:37 Domingo, 28 de Dezembro de 2014 »
Amigo Manel a ver vamos no dia 30 lá estaremos na certeza de que MUDA O TEMPO MUDA A TÉCNICA.
Muda também a forma de vestir porque parece que vai estar um frio do cacete;
Como tal roupa adequada ao momento fará certamente muito jeito.
Quanto ao resto é o trivial:
Aguas limpas---->o mais fino possível
Águas mais tapadas---->fio mais grosso,
Peixe XL------>Fio e anzol maior.

Vamos ver aonde o mestre nos leva.
Um abraço.
 

Offline Braga

  • Gestor do Pesqueiro
  • Marlin
  • *****
  • Mensagens: 14956
  • Agradecido: 629 vezes
  • Seguir em frente, mas não esquecer o passado.
    • Coimbra
  • No Pesqueiro desde:
  • 18:29 Sábado, 21 de Dezembro de 2013
Re: MUDA O TEMPO MUDA A TECNICA?
« Responder #4 em: 23:53 Domingo, 28 de Dezembro de 2014 »
Boas

É verdade que muitas vezes para conseguirmos umas capturas, temos de reduzir o diâmetro do estralho para o 0,20 mm e até menos, mas muitos começam grosso e acabam igual, que nem sempre resulta e porque será?
-Como já foi dito e comungo da mesma ideologia, com águas muito abertas e nas profundidades até à casa dos 50 metros, os fios de menor diâmetro devem ser os utilizados, mas atenção à época do ano e ao estado do mar.

Eu sou muito pouco apologista de se andar sempre a fazer poitada para aqui e para ali, numa pesca embarcada, mas muitos querem mudar de local porque não está a dar peixe, será esta a razão suficiente?
-Depois de estarmos a fazer pesqueiro no local, com o fundo engodado, vamos mudar e começar de novo, mas as razões não as sabemos do peixe ter alvorado, pode ter sido causada na entrada de predadores, por ligeira deslocação da embarcação ter saído de cima do pesqueiro, etc.

Estamos a pescar 8 no barco, 2 apanham peixe e os outros nada, porque será?
-Vou responder com outra pergunta, quantos são aqueles que perguntam aos que estão a apanhar peixe, que fio estão a usar, anzol, isco, etc? Pesco com mais oito companheiros e poucos são aqueles que fazem perguntas, apesar de pescarmos há anos.

Continuando com o mesmo número de lotação, os 4 de estibordo apanham peixe e do outro bordo nada, porquê?
-Isto pode acontecer por o peixe estar a comer à sombra da embarcação, ou ao sol e aqui temos de saber tornear este senão, conseguir colocar a chumbada o mais possível para baixo da embarcação, ou não dependendo das circunstância.   

Claro que nesta altura do ano podemos aumentar um pouco o diâmetro do fio, mas eu ainda continuo na casa dos 0,23 mm, portanto pode até mudar o tempo, mas a técnica?

Fiquem bem.

Braga
Comunguem deste ideal e divirtam-se neste Pesqueiro.
F. Braga
 

Offline Beto_Manja

  • Marlin
  • *****
  • Mensagens: 3283
  • Agradecido: 297 vezes
  • Já tenho saudades de ir à pesca....
    • Benedita
  • No Pesqueiro desde:
  • 09:37 Quinta, 26 de Dezembro de 2013
Re: MUDA O TEMPO MUDA A TECNICA?
« Responder #5 em: 11:56 Segunda, 29 de Dezembro de 2014 »
Boas

Quando li o título pensei que se tratava do tempo "espaço temporal" depois de ler percebo que se trata de tempo na forma de alterações climatéricas sazonais...

Na questão de espaço temporal, penso que é óbvio que, com o passar dos anos, foram-se alterando algumas técnicas o que, na maioria das vezes, trata-se apenas de muitos e pequenos melhoramentos, nas técnicas e materiais já usados, que se foram fazendo em virtude do aumento da dificuldade das capturas.

Em relacao as diferentes abordagens, de acordo com a época que se apresenta, as técnicas não penso que variem muito, o que varia são as espécies alvo e consequentemente, tudo o que está relacionado, seja os materiais utilizados, as iscas, os pesqueiros, etc..
Cumprimentos,
Roberto

...e se tiver que me calhar uma grade...
...que seja de minis Sagres!!!
 

Offline Ernesto Lima

Re: MUDA O TEMPO MUDA A TECNICA?
« Responder #6 em: 18:33 Quarta, 31 de Dezembro de 2014 »
Boa tarde a todos

Sobre esta questão penso que as adaptações técnicas terão a ver com um conjunto alargado de factores como por exemplo:

- Época do ano
- Exemplares que se procuram
- Se se vai em MT, direccionada para pesca aos diversos, ou em barco próprio com intenções variadas.
- Se procuramos maiores exemplares ou queremos levar uns peixes para casa, em vez de apanhar uma seca atrás de maiores e a coisa correr mal (o que não é difícil)...

Sobre esta Época do Ano e Exemplares que se procuram:

- Os Pargos continuam a comer, tendendo no entanto a procurar pesqueiros mais fundos, onde também nesta altura tendem a alimentar-se os peixes de que estes se alimentam. Pesqueiros estes normalmente situados em zonas onde se criem correntes ascendentes condutoras de nutrientes. Normalmente zonas com diferenças significativas de profundidades que se apresentam de forma abrupta.
- As Douradas ainda vão andar por aí e mais tarde podem dispersar-se para outras zonas onde também se pescam, mas talvez não com a suposta facilidade deste momento anual.
- Os Besugos, dependendo das características de vários locais ao longo da costa, poderão andar por vários tipos de fundos. Por exemplo, quando pescava em Setúbal, era usual capturá-los em zonas baixas, assim como em zonas mais profundas, em fundos limpos e não tão limpos. Já em Sines, é mais fácil capturá-los em zonas mais profundas ao longo do dia e, ao cair da tarde, ali mesmo por fora dos molhes.
- Quanto aos diversos, podem estar em qualquer lado, principalmente perto de zonas com muita pedra, nos intervalos destas formações e em profundidades diversas, não me parecendo necessário procurar muito fundo.

Sobre as questões de diversidade técnica:

- Sobre a pesca aos diversos, pois os especialistas deverão variar os seus materiais e técnicas em função do que acharem melhor.
- Sobre a pesca a exemplares de maior porte, pois a grande diferença parece-me estar nas zonas de pesqueiros a testar, já que tecnicamente poderemos manter montagens, anzóis e linhas idênticas, variando com a chumbadinha ou com a pesca mais usual de dois estralhos compridos, tendo em conta, entre outros factores, a existência ou não de aguagem e a profundidade a que se pesca.
Como iscas... a Cavala, Sardinha, Bombocas inteiras, Caranguejo e Camarão grande inteiro, iscado sem ou com casca. Também as tiras de choco e os buchos de Polvo, podem ser uma boa opção nesta altura e até noutras.

Sobre outras questões:

O Material versus atitudes/comportamentos do pescador:

Se é verdade que o material poderá fazer a diferença, em tipo, tamanho, qualidade..., também me parece verdade que num barco, em que todos estão a pescar com objectivos idênticos e com materiais que pouco diferem, serão a atenção, concentração, capacidade de reacção a pequenas adversidades, até a não conseguir capturar enquanto outros o fazem e uma boa utilização do tempo útil de pesca, os factores determinantes para o sucesso.
Atrevo-me mesmo a dizer que um pescador com alguns conhecimentos, ou nem tanto, mas com uma atitude virada para o gozo da prática do processo de pesca, acabará por ser recompensado. Já um outro com o material mais adequado do mundo mas com atitudes diversas, não sei como será!?
E, se correr mal, na volta... a culpa será do material!?

Sobre situações que não se controlam:

Dou-vos um exemplo:

Já estive no meu barco a pescar com outros 3 pescadores, a quem fiz as montagens, iguais às minhas, a quem ensinei a iscar tal e qual como eu o faço, com canas e carretos emprestados por mim e montados como se fora para eu pescar... eles apanharam mais peixe que eu. Como explicar?

Muita coisa pode ter influído... eram os primeiros na linha de aguagem, não eram, mas o peixe estaria a entrar do lado deles por razões que desconheço, eu não estaria atento por estar a ajudá-los..., mas neste último caso, sendo um dia com bastante peixe não me parece que tenha sido só desconcentração, já que dois de um lado, capturaram mais que eu e outro do outro lado. Portanto, não terá sido da diferença de material. Talvez eles, na sua ingenuidade, estivessem a fazer bem e eu não, ou outros factores não observados.

Sobre a questão de pescar do lado da sombra ou do Sol, penso que não poderá ser significativo, em águas portuguesas continentais, para além dos 10 a 20 metros de profundidade e unicamente com águas extremamente limpas. Outras razões certamente estarão presentes.

Toda esta conversa para dizer que as mudanças terão talvez mais a ver com mudar de pesqueiros, questionar atitudes e comportamentos de mestres e pescadores e, caso se verifiquem alterações manter ou alterar iscas, iscadas, materiais e montagens.

Um ano excelente de 2015, são os meus sinceros votos

Forte abraço
Quanto mais pesco... mais sinto necessidade de aprender sobre a pesca.
 

Offline canivete

  • Assessor do Pesqueiro
  • Marlin
  • *****
  • Mensagens: 3845
  • Agradecido: 405 vezes
    • vialonga
  • No Pesqueiro desde:
  • 13:59 Terça, 24 de Dezembro de 2013
Re: MUDA O TEMPO MUDA A TECNICA?
« Responder #7 em: 18:55 Quarta, 31 de Dezembro de 2014 »
De momento divido-me entre pequenissímos picos de tristeza que depois é compensada com grandes momentos de alegria.
Picos de tristeza:o pesqueiro tem a felicidade de ter nesta area(embarcada) gente com tanto conhecimento mas actualmente pouco participativa
Momentos de alegria:quando escrevo,a melhor dadiva é sempre a resposta e quando carregada de ensinamento fico feliz



abraço



Manuel Matos
 

Offline Mário Leão

  • Marlin
  • *****
  • Mensagens: 804
  • Agradecido: 69 vezes
    • Oeiras
  • No Pesqueiro desde:
  • 08:35 Terça, 24 de Dezembro de 2013
Re: MUDA O TEMPO MUDA A TECNICA?
« Responder #8 em: 12:32 Quinta, 01 de Janeiro de 2015 »
Um dos fascinios da pesca, é mesmo a impossibilidade de estabelecermos regras. Na nossa pesca de dia 30, na primeira poitada aos 80 metros, comecei com uma montagem de madre 0.29, estralhos 0.25 mas com anzois  Maruseigo da Barros ( não serão os melhores para a embarcada, mas tinha esta montagem há muito tempo e tinha de a aproveitar). Quando o peixe começou a sair peixe cada vez mais pequeno, mudei para uma montagem de madre 0.35, estralhos 0.25 e 0.28, com anzois ( FKS130 )  e iscadas maiores. O peixe que ferrava continuava a ser cada vez mais escasso e pequeno, mudei para madre 0.29, estralhos 0.22 e 0.25, e o peixe práticamente desapareceu. Na segunda poitada, com o mesmo material, como te lembras praticamente não se sentia peixe. Depois vieram os carapaus e deixei de me preocupar. Ou seja, quando o peixe não quer morrer, nada feito. Em retrospectiva, se calhar devia ter começado a pescar com estralhos mais pequenos, mas quem sabe ...
 

Offline canivete

  • Assessor do Pesqueiro
  • Marlin
  • *****
  • Mensagens: 3845
  • Agradecido: 405 vezes
    • vialonga
  • No Pesqueiro desde:
  • 13:59 Terça, 24 de Dezembro de 2013
Re: MUDA O TEMPO MUDA A TECNICA?
« Responder #9 em: 15:34 Quinta, 01 de Janeiro de 2015 »
Olá Mário
Fizeste exactamente, na minha perspectiva o correto,mau era não procurares outras alternativas,depois de passar o dia quase todo com as montagens na procura de especimes maiores,na ultima mea hora entre as 15,30 e 16 horas utilizei uma montagem de 3 anzois em madre 26 estralhos 23,5 anzois sasame nº i keyru e o resultado foi

um grande abraço




Manuel Matos
 

Offline canivete

  • Assessor do Pesqueiro
  • Marlin
  • *****
  • Mensagens: 3845
  • Agradecido: 405 vezes
    • vialonga
  • No Pesqueiro desde:
  • 13:59 Terça, 24 de Dezembro de 2013
Re: MUDA O TEMPO MUDA A TECNICA?
« Responder #10 em: 16:30 Quinta, 01 de Janeiro de 2015 »
Não está autorizado a ver ligações. Registe-se ou Entre
Olá Mário
Fizeste exactamente, na minha perspectiva o correto,mau era não procurares outras alternativas,depois de passar o dia quase todo com as montagens na procura de especimes maiores,na ultima mea hora entre as 15,30 e 16 horas utilizei uma montagem de 3 anzois em madre 26 estralhos 23,5 anzois sasame nº i keyru e o resultado foi

um grande abraço




Manuel Matos


Dias antes com o amigo Helder confidenciavamos experimentar na pesca aos diversos a chumbadinha,nessa ultima meia hora como perdia muitos toques resolvi fazer esse ensaio,para não perder muito tempo coloquei uma chumbada de 120g,resultou ?pura e simplesmente a ferragem passou a ser mais acertiva, quase 100%

 

Offline Zealmeida

  • Robalo
  • ***
  • Mensagens: 196
  • Agradecido: 11 vezes
    • Póvoa de Santa Iria
  • No Pesqueiro desde:
  • 17:33 Segunda, 30 de Junho de 2014
Re: MUDA O TEMPO MUDA A TECNICA?
« Responder #11 em: 16:56 Quinta, 01 de Janeiro de 2015 »
Não está autorizado a ver ligações. Registe-se ou Entre
Boa tarde a todos

Sobre esta questão penso que as adaptações técnicas terão a ver com um conjunto alargado de factores como por exemplo:

- Época do ano
- Exemplares que se procuram
- Se se vai em MT, direccionada para pesca aos diversos, ou em barco próprio com intenções variadas.
- Se procuramos maiores exemplares ou queremos levar uns peixes para casa, em vez de apanhar uma seca atrás de maiores e a coisa correr mal (o que não é difícil)...

Sobre esta Época do Ano e Exemplares que se procuram:

- Os Pargos continuam a comer, tendendo no entanto a procurar pesqueiros mais fundos, onde também nesta altura tendem a alimentar-se os peixes de que estes se alimentam. Pesqueiros estes normalmente situados em zonas onde se criem correntes ascendentes condutoras de nutrientes. Normalmente zonas com diferenças significativas de profundidades que se apresentam de forma abrupta.
- As Douradas ainda vão andar por aí e mais tarde podem dispersar-se para outras zonas onde também se pescam, mas talvez não com a suposta facilidade deste momento anual.
- Os Besugos, dependendo das características de vários locais ao longo da costa, poderão andar por vários tipos de fundos. Por exemplo, quando pescava em Setúbal, era usual capturá-los em zonas baixas, assim como em zonas mais profundas, em fundos limpos e não tão limpos. Já em Sines, é mais fácil capturá-los em zonas mais profundas ao longo do dia e, ao cair da tarde, ali mesmo por fora dos molhes.
- Quanto aos diversos, podem estar em qualquer lado, principalmente perto de zonas com muita pedra, nos intervalos destas formações e em profundidades diversas, não me parecendo necessário procurar muito fundo.

Sobre as questões de diversidade técnica:

- Sobre a pesca aos diversos, pois os especialistas deverão variar os seus materiais e técnicas em função do que acharem melhor.
- Sobre a pesca a exemplares de maior porte, pois a grande diferença parece-me estar nas zonas de pesqueiros a testar, já que tecnicamente poderemos manter montagens, anzóis e linhas idênticas, variando com a chumbadinha ou com a pesca mais usual de dois estralhos compridos, tendo em conta, entre outros factores, a existência ou não de aguagem e a profundidade a que se pesca.
Como iscas... a Cavala, Sardinha, Bombocas inteiras, Caranguejo e Camarão grande inteiro, iscado sem ou com casca. Também as tiras de choco e os buchos de Polvo, podem ser uma boa opção nesta altura e até noutras.

Sobre outras questões:

O Material versus atitudes/comportamentos do pescador:

Se é verdade que o material poderá fazer a diferença, em tipo, tamanho, qualidade..., também me parece verdade que num barco, em que todos estão a pescar com objectivos idênticos e com materiais que pouco diferem, serão a atenção, concentração, capacidade de reacção a pequenas adversidades, até a não conseguir capturar enquanto outros o fazem e uma boa utilização do tempo útil de pesca, os factores determinantes para o sucesso.
Atrevo-me mesmo a dizer que um pescador com alguns conhecimentos, ou nem tanto, mas com uma atitude virada para o gozo da prática do processo de pesca, acabará por ser recompensado. Já um outro com o material mais adequado do mundo mas com atitudes diversas, não sei como será!?
E, se correr mal, na volta... a culpa será do material!?

Sobre situações que não se controlam:

Dou-vos um exemplo:

Já estive no meu barco a pescar com outros 3 pescadores, a quem fiz as montagens, iguais às minhas, a quem ensinei a iscar tal e qual como eu o faço, com canas e carretos emprestados por mim e montados como se fora para eu pescar... eles apanharam mais peixe que eu. Como explicar?

Muita coisa pode ter influído... eram os primeiros na linha de aguagem, não eram, mas o peixe estaria a entrar do lado deles por razões que desconheço, eu não estaria atento por estar a ajudá-los..., mas neste último caso, sendo um dia com bastante peixe não me parece que tenha sido só desconcentração, já que dois de um lado, capturaram mais que eu e outro do outro lado. Portanto, não terá sido da diferença de material. Talvez eles, na sua ingenuidade, estivessem a fazer bem e eu não, ou outros factores não observados.

Sobre a questão de pescar do lado da sombra ou do Sol, penso que não poderá ser significativo, em águas portuguesas continentais, para além dos 10 a 20 metros de profundidade e unicamente com águas extremamente limpas. Outras razões certamente estarão presentes.

Toda esta conversa para dizer que as mudanças terão talvez mais a ver com mudar de pesqueiros, questionar atitudes e comportamentos de mestres e pescadores e, caso se verifiquem alterações manter ou alterar iscas, iscadas, materiais e montagens.

Um ano excelente de 2015, são os meus sinceros votos

Forte abraço
Não está autorizado a ver ligações. Registe-se ou Entre
Boa tarde a todos

Sobre esta questão penso que as adaptações técnicas terão a ver com um conjunto alargado de factores como por exemplo:

- Época do ano
- Exemplares que se procuram
- Se se vai em MT, direccionada para pesca aos diversos, ou em barco próprio com intenções variadas.
- Se procuramos maiores exemplares ou queremos levar uns peixes para casa, em vez de apanhar uma seca atrás de maiores e a coisa correr mal (o que não é difícil)...

Sobre esta Época do Ano e Exemplares que se procuram:

- Os Pargos continuam a comer, tendendo no entanto a procurar pesqueiros mais fundos, onde também nesta altura tendem a alimentar-se os peixes de que estes se alimentam. Pesqueiros estes normalmente situados em zonas onde se criem correntes ascendentes condutoras de nutrientes. Normalmente zonas com diferenças significativas de profundidades que se apresentam de forma abrupta.
- As Douradas ainda vão andar por aí e mais tarde podem dispersar-se para outras zonas onde também se pescam, mas talvez não com a suposta facilidade deste momento anual.
- Os Besugos, dependendo das características de vários locais ao longo da costa, poderão andar por vários tipos de fundos. Por exemplo, quando pescava em Setúbal, era usual capturá-los em zonas baixas, assim como em zonas mais profundas, em fundos limpos e não tão limpos. Já em Sines, é mais fácil capturá-los em zonas mais profundas ao longo do dia e, ao cair da tarde, ali mesmo por fora dos molhes.
- Quanto aos diversos, podem estar em qualquer lado, principalmente perto de zonas com muita pedra, nos intervalos destas formações e em profundidades diversas, não me parecendo necessário procurar muito fundo.

Sobre as questões de diversidade técnica:

- Sobre a pesca aos diversos, pois os especialistas deverão variar os seus materiais e técnicas em função do que acharem melhor.
- Sobre a pesca a exemplares de maior porte, pois a grande diferença parece-me estar nas zonas de pesqueiros a testar, já que tecnicamente poderemos manter montagens, anzóis e linhas idênticas, variando com a chumbadinha ou com a pesca mais usual de dois estralhos compridos, tendo em conta, entre outros factores, a existência ou não de aguagem e a profundidade a que se pesca.
Como iscas... a Cavala, Sardinha, Bombocas inteiras, Caranguejo e Camarão grande inteiro, iscado sem ou com casca. Também as tiras de choco e os buchos de Polvo, podem ser uma boa opção nesta altura e até noutras.

Sobre outras questões:

O Material versus atitudes/comportamentos do pescador:

Se é verdade que o material poderá fazer a diferença, em tipo, tamanho, qualidade..., também me parece verdade que num barco, em que todos estão a pescar com objectivos idênticos e com materiais que pouco diferem, serão a atenção, concentração, capacidade de reacção a pequenas adversidades, até a não conseguir capturar enquanto outros o fazem e uma boa utilização do tempo útil de pesca, os factores determinantes para o sucesso.
Atrevo-me mesmo a dizer que um pescador com alguns conhecimentos, ou nem tanto, mas com uma atitude virada para o gozo da prática do processo de pesca, acabará por ser recompensado. Já um outro com o material mais adequado do mundo mas com atitudes diversas, não sei como será!?
E, se correr mal, na volta... a culpa será do material!?

Sobre situações que não se controlam:

Dou-vos um exemplo:

Já estive no meu barco a pescar com outros 3 pescadores, a quem fiz as montagens, iguais às minhas, a quem ensinei a iscar tal e qual como eu o faço, com canas e carretos emprestados por mim e montados como se fora para eu pescar... eles apanharam mais peixe que eu. Como explicar?

Muita coisa pode ter influído... eram os primeiros na linha de aguagem, não eram, mas o peixe estaria a entrar do lado deles por razões que desconheço, eu não estaria atento por estar a ajudá-los..., mas neste último caso, sendo um dia com bastante peixe não me parece que tenha sido só desconcentração, já que dois de um lado, capturaram mais que eu e outro do outro lado. Portanto, não terá sido da diferença de material. Talvez eles, na sua ingenuidade, estivessem a fazer bem e eu não, ou outros factores não observados.

Sobre a questão de pescar do lado da sombra ou do Sol, penso que não poderá ser significativo, em águas portuguesas continentais, para além dos 10 a 20 metros de profundidade e unicamente com águas extremamente limpas. Outras razões certamente estarão presentes.

Toda esta conversa para dizer que as mudanças terão talvez mais a ver com mudar de pesqueiros, questionar atitudes e comportamentos de mestres e pescadores e, caso se verifiquem alterações manter ou alterar iscas, iscadas, materiais e montagens.

Um ano excelente de 2015, são os meus sinceros votos

Forte abraço

Excelente texto.
Estamos sempre a aprender.Bons ensinamentos .
Votos de um bom ano de 2015.
Cumprimentos.
 

Offline Mário Leão

  • Marlin
  • *****
  • Mensagens: 804
  • Agradecido: 69 vezes
    • Oeiras
  • No Pesqueiro desde:
  • 08:35 Terça, 24 de Dezembro de 2013
Re: MUDA O TEMPO MUDA A TECNICA?
« Responder #12 em: 13:46 Sexta, 02 de Janeiro de 2015 »
Não está autorizado a ver ligações. Registe-se ou Entre
para não perder muito tempo coloquei uma chumbada de 120g,resultou ?pura e simplesmente a ferragem passou a ser mais acertiva, quase 100%

Manel, tal como te disse, não me parece que menos chumbo torne a ferragem mais eficaz, mesmo em dias de pouca ou nenhuma corrente. Vamos ver se algum colega mais experiente opina sobre o tema.
 

Offline Fishing beast

  • Boga
  • *
  • Mensagens: 39
    • tvd
  • No Pesqueiro desde:
  • 21:48 Quarta, 05 de Março de 2014
Re: MUDA O TEMPO MUDA A TECNICA?
« Responder #13 em: 16:38 Sexta, 02 de Janeiro de 2015 »
Boas  ! Em minha opinião a relação entre o peso do chumbo e o " sentir " o peixe vai no sentido em que que quanto maior o peso melhor se sentirá o peixe, uma vez que um chumbo mais pesado vai criar naturalmente maior tensão na linha e com isso o pescador terá uma maior facilidade em sentir o peixe. Agora se a ferragem se torna mais eficaz ou não é outra historia. Curiosamente há vezes em que sentir todos os "toquezinhos" se torna contraproducente, ora porque o peixe está desconfiado ou porque está a comer mal e convem deixar o peixe comer " a vontade " antes de fazer a ferragem. Desta forma, na minha opinião , colocando uma chumbada de gramagem inferior o que acontece é que a montagem não ficando tão " fixa " acaba por trabalhar mais naturalmente e instiga o peixe mais desconfiado a atacar.
Se posso viver sem pesca embarcada? Posso, mas é uma treta... :)
 

Offline Ernesto Lima

Re: MUDA O TEMPO MUDA A TECNICA?
« Responder #14 em: 22:50 Sexta, 02 de Janeiro de 2015 »
Boa noite a todos

Relativamente às chumbadas, há uns anos atrás escrevi o seguinte texto:

As Chumbadas:

São normalmente fabricadas em chumbo, discretas, fala-se dos seus formatos, dos seus pesos; ligam-se à madre com fios mais finos, para se perderem caso se prendam mas têm, sem dúvida, um papel importantíssimo e alargado a várias funções relacionadas com o material, tanto ou mais importante que o que as fundamenta: serem um peso suficiente para apresentar as nossas baixadas e iscas no local onde cálculamos estarem os objectivos da nossa procura, de forma rápida e eficiente, sem se tornarem um pesadelo quando as quisermos subir.

Para que cumpram o seu papel, as chumbadas, deverão ter um formato que se movimente facilmente através do meio aquático, nos dois sentidos (subida e descida) e um peso adequado à profundidade, às condições de mar e aos materiais que constituem o conjunto com que pescamos num determinado dia.

O formato deverá, por razões actualmente óbvias, andar perto do de um torpedo, tanto mais quanto mais espaço tenha de ser percorrido.

O peso parece ser uma questão bem mais complexa e variável. Vejamos:

O peso da chumbada deverá assegurar que sintamos continuamente onde ela está... Assente no fundo,  ou a determinada altura deste, tendo em conta: profundidade; existência ou não de vaga e/ou aguagem; materiais com que estamos a pescar; e, assegurando que as iscas maiores ou mais pequenas que vão nos nossos anzóis desçam a uma velocidade que lhes permita passar, mais ou menos intocadas, por eventuais cardumes de peixes que se encontrem a meia água e que as poderão consumir antes que cheguem ao fundo.

Que circunstâncias nos decidirão a adequar o peso da chumbada, aumentando-o?

A profundidade: quanto mais fundo, maior o peso necessário.
O tamanho das iscas: Quanto maiores, mais atrito e, consequentemente, factor de aumento de peso!
Material utilizado: canas e fios mais rijos, atendendo ao pouco tempo que levam a reagir ao peso, solicitarão também mais peso de chumbada.
Aguagem/corrente: Sem dúvida, outro factor de aumento do peso da chumbada.
Existência de vaga: a vaga afasta e aproxima continuamente o barco do fundo marinho o que, aliado a canas e fios rijos ou mais grossos poderá ser outro factor de aumento do peso da chumbada, tentando evitar que a baixada se eleve do fundo sem nos apercebermos.

As circunstâncias contrárias ou conjugadas, como tudo indica, serão factores de diminuição de peso.

As escolhas mais correctas, essas, só o tempo e a prática nos ensinarão.


Considerando o texto, deveremos ainda ter em conta vários factores que podem ser importantes, como por exemplo:

- A forma como o peixe está a comer como referiu o Eurico Pereira... tem dias que necessita de sentir menos travamentos, importando adequar o peso da chumbada, mas sem deixar de pensar nos outros factores de aumento ou diminuição de peso.
- Os objectivos de pesca... sei que, em competição, principalmente os italianos usam ou usaram chumbadas bem pesadas que lhes permitiam ir mais longe numa determinada forma de lançamento "aceite pelas regras" e assim conseguirem explorar a frente da zona em que pescavam de barco, arrastando lentamente a baixada pelo fundo até à vertical do barco.
- A localização de um pescador num barco, em dia de aguagem... neste caso terá de adequar o peso ao dos companheiros em torno par evitar "empachanços".

Sobre a ferragem:

Mais peso dificulta a ferragem sem dúvida, muito mais se estiver com uma cana curta e macia, obrigando neste caso a uma elevação mais alta, por vezes precedida de enrolar rápido de carreto, tudo se agravando quanto maior for a profundidade.

Sobre o sentir, mais uma vez, concordo com o Eurico Pereira, depende da conjugação entre a forma como o peixe estiver a comer, o conjunto de material com  que estamos a pescar e até a técnica em uso (fundo com dois/três estralhos ou chumbadinha). Portanto, salvaguardando os cuidados já referidos no texto a bold, parece-me que as restantes opções terão de ser tomadas em função da adequação às condições de mar e aos sinais dos toques de cada jornada, coisa que só testando se conseguirá ir dominando.

Pessoalmente, continuo a testar.

Abraço

Ernesto
« Última modificação: 22:53 Sexta, 02 de Janeiro de 2015 por Ernesto Lima »
Quanto mais pesco... mais sinto necessidade de aprender sobre a pesca.
 

Offline N Moreira

  • Robalo
  • ***
  • Mensagens: 218
  • Agradecido: 14 vezes
    • Alverca - V.F.X
  • No Pesqueiro desde:
  • 23:17 Quinta, 26 de Dezembro de 2013
Re: MUDA O TEMPO MUDA A TECNICA?
« Responder #15 em: 12:12 Terça, 27 de Janeiro de 2015 »
Boas pessoal

concordo com todos ;)

na minha opinião cada vez se tem que pescar mais fino tenho a noção que há 2 / 3 anos a traz pescava com 0,28 e hoje pesco com 0,25 e 0,23 no estralho. há 4 anos a traz era para mim impensável pescar com  anzóis 6 e 8, mas tem vezes que andão a mamar tanto que lhe tenho que meter um 6 ou um 8 pela boca dentro, so com uma niquinha de isco a tapar a ponta do anzol, para ver se aquilo se crava em algum lado. são os tempos meus amigos, são também outros fatores como a crise que nos levam a ter que ir em MT, e com muitos companheiros que é para se uma MT barata. faz-se o que se pode.

também já tenho visto e confesso que já me aconteceu e não só uma vez o nervosismo, por isto, por aquilo, ha dias !!!!?????, que somos nos que tiramos o isco da boca do peixe, não temos calma, não o deixamos saboriar, não o deixamos fechar a boca a segunda vez, queremos muito ferrar e acabamos por lhe tirar o isco da boca.
 

 

* Tópicos Recentes

Chuva, Vento, Frio e Robalos por Bruno87 [21:09 Quarta, 01 de Maio de 2024]

Okuma por Paulo1973 [18:30 Quarta, 01 de Maio de 2024]

Finalmente tempo para lá ir por Paulo1973 [18:30 Quarta, 01 de Maio de 2024]

cana surfcasting 300/ 350 euros por Victor Teixeira [23:27 Terça, 30 de Abril de 2024]

Dúvida sobre linhas por Ricardo Pepino [21:56 Terça, 30 de Abril de 2024]

Silicone em spray Lidl por FilipePC [18:51 Terça, 30 de Abril de 2024]

PENN SARGUS II 4000 vs PENN SARGUS I 5000 por Joaquim Alves [18:31 Terça, 30 de Abril de 2024]

Pessoal que pesca na lagoa de Obidos por Rider [14:59 Terça, 30 de Abril de 2024]

Massa lubrificante shimano por voron [14:33 Terça, 30 de Abril de 2024]

Cana de bóia para mulher por duas [10:29 Terça, 30 de Abril de 2024]