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Autor Tópico: Material para iniciar Slow Jigging  (Lida 7851 vezes)

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Offline Beto_Manja

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Re: Material para iniciar Slow Jigging
« Responder #15 em: 09:29 Quarta, 20 de Maio de 2020 »
Boas,

A solução foi trocar de sonda ;D por uma melhor, mas só troquei porque a outra deu o berro...  :(
Fica o aviso para não deixarem o transdutor ao sol quando  barco está parado! Inventei um braço articulado para que a sonda ficasse fora de água com o barco parado, de forma a não ganhar algas, mas parece que foi pior a emenda que o soneto, portanto fica a dica, se tiverem o transdutor fora de água quando o barco está parado, convém proteger o mesmo do sol com um saco ou pano.

Com esta sonda nova (humminbird helix 5 chirp g2 gps) tenho leituras boas mesmo a 7 ou 8 nós mas não consigo ler abaixo dos 100m apesar da sonda dizer que vai até aos 300m... talvez seja uma questão de ajuste do transdutor, não sei...

Em relação ao jigging, acredita que não tenho mesmo nada para ensinar ;D
Já fiz algumas investidas sem nada de assinalável e por isso, como o tempo que tenho para pescar é tão escasso, vou dando prioridade a outras técnicas que me dão melhores resultados.
Cumprimentos,
Roberto

...e se tiver que me calhar uma grade...
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Offline Ernesto Lima

Re: Material para iniciar Slow Jigging
« Responder #16 em: 10:58 Quarta, 20 de Maio de 2020 »
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Boa tarde António.

De facto colocam-se normalmente nas duas pontas e ficam um pouco mais curtos de fio.

As Hering não são de SPJ, o que não quer dizer que não trabalhem bem.

Abraço


Obrigado Ernesto, lá tenho então de me dedicar á bricolage. (Uma das boas partes da pesca  :D ;D)

As Hering serão mais adequadas para uma pesca mais superficial? E trolling, não?

Grande abraço.

Bom dia António

Sobre as Hering, elas são usadas em Jigging Vertical normal, ou jigging rápido, não quer dizer que não funcionem com as canas de Slow Jigging. É uma questão de experimentar. Algumas reagem bem em Slow Jigging. Veja o comportamento à superfície e tente adaptar as animações em modo slow.

Relativamente à sondagem, a velocidade da passagem da imagem deve estar adequada à velocidade de sondagem, mais rápida para mais velocidade e vice-versa.

Abraço

Ernesto
Quanto mais pesco... mais sinto necessidade de aprender sobre a pesca.
 

Offline Ernesto Lima

Re: Material para iniciar Slow Jigging
« Responder #17 em: 11:14 Quarta, 20 de Maio de 2020 »
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Boas,

A solução foi trocar de sonda ;D por uma melhor, mas só troquei porque a outra deu o berro...  :(
Fica o aviso para não deixarem o transdutor ao sol quando  barco está parado! Inventei um braço articulado para que a sonda ficasse fora de água com o barco parado, de forma a não ganhar algas, mas parece que foi pior a emenda que o soneto, portanto fica a dica, se tiverem o transdutor fora de água quando o barco está parado, convém proteger o mesmo do sol com um saco ou pano.

Com esta sonda nova (humminbird helix 5 chirp g2 gps) tenho leituras boas mesmo a 7 ou 8 nós mas não consigo ler abaixo dos 100m apesar da sonda dizer que vai até aos 300m... talvez seja uma questão de ajuste do transdutor, não sei...

Em relação ao jigging, acredita que não tenho mesmo nada para ensinar ;D
Já fiz algumas investidas sem nada de assinalável e por isso, como o tempo que tenho para pescar é tão escasso, vou dando prioridade a outras técnicas que me dão melhores resultados.

Bom dia Roberto

Não sei o que já fizeste com a sonda ou em que modo trabalhas, mas o que acontece é:

- Se sondares com o Chirp, em baixas frequências, ela consegue ver mais fundo, mas a definição perde-se, obrigando a jogares com sensibilidades e ganhos manualmente. Mesmo assim não é fácil nessas sondas menos potentes.
- Se sondares com o Chirp, em altas frequências, ela dá melhor definição de fundo e de alvos, mas perde o fundo mais cedo. De qualquer modo é capaz de ir a mais de 100m, em chirp de altas frequências e em modo automático. Não sei se já experimentaste, mas se não..., experimenta.

Eu tinha uma Humminbird, há uns 20 anos, a preto e branco, com 200w de potência, e, em alta frequência (200Hz) e automático, conseguia ver o fundo até 140m, embora já meio desmaiado. Em baixas era 0.

Para todos os efeitos, na maioria das sondas, raramente a profundidade indicada corresponde ao que de facto vêem.

Abraço

Ernesto
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Offline ajrs

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Re: Material para iniciar Slow Jigging
« Responder #18 em: 14:09 Quarta, 20 de Maio de 2020 »
Grande abraço para os meus amigos e, mais uma vez :), obrigado.

Em relação á sonda a minha é uma humminbird helix 7 side view gps mas as imagens que mostra não têm nada que ver com aquilo que vejo nos vídeos, não só nos promocionais, mas nos do Youtube.

Vou ver esse pormenor da velocidade da apresentação da imagem da sonda. Se tiver uma velocidade automática vou tentar essa. Em todo o caso creio que o anterior dono também deve ter sentido alguma dificuldade pois ela foi mudada de sitio pois vêem-se no espelho da poupa os antigos buracos já tapados mas dá para perceber.

Grande abraço.
Ab.

António Silva

A PERSISTÊNCIA É QUE APANHA O PEIXE
 

Offline Ernesto Lima

Re: Material para iniciar Slow Jigging
« Responder #19 em: 19:48 Quarta, 20 de Maio de 2020 »
Acho que a velocidade não se consegue em automático. Penso que as novas têm 2 ou 3 opções, sendo a cruise speed a mais rápida.

Penso que o Menu para carregar chama-se Display Speed.

Acho que vai ter de optar António.

Em automático tem modos de sondagem, mas a frequência também tem de ser o António a optar.

Abraço
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Offline Ernesto Lima

Re: Material para iniciar Slow Jigging
« Responder #20 em: 20:32 Quarta, 20 de Maio de 2020 »
Boa noite António

Quando lhe respondi a última vez não me apercebi da questão dos buracos que indicam a mudança do transdutor. Esta mudança teve certamente a ver com turbulências iniciais decorrentes de uma montagem do transdutor em lugar desadequado por estar sujeito às bolhas criadas pelo motor ou pelo deslocamento do casco, não tendo relação com as escolhas dos modos e frequências de sondagem ou com a velocidade de passagem de imagens.

Abraço
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Offline ajrs

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Re: Material para iniciar Slow Jigging
« Responder #21 em: 14:49 Sexta, 22 de Maio de 2020 »
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Acho que a velocidade não se consegue em automático. Penso que as novas têm 2 ou 3 opções, sendo a cruise speed a mais rápida.

Penso que o Menu para carregar chama-se Display Speed.

Acho que vai ter de optar António.

Em automático tem modos de sondagem, mas a frequência também tem de ser o António a optar.

Abraço


Bom dia Ernesto. Em relação ás frequências, a sonda tem como opção escolher entre a de 83 ou 200 MHz ou a dupla frequência 80\200 e é esta a opção que escolhi. Tem uma terceira mas é só para a imagem lateral, creio que de 485 mhz, isto se não estou em erro, irei confirmar no manual. Como geralmente navego em zonas baixas, configurei-a para não "procurar" fundos para além dos 50 metros de modo a ganhar capacidade de processamento de imagem e também a configurei para a Shallow salt water pela mesma razão. Para sondar para além dos 100 metros deve-se escolher Deep salt water  Em relação á velocidade a que a imagem é apresentada no ecrã, creio que tem uma "graduação" que permite várias velocidades e de facto não sei bem como está, tenho de verificar tanto no manual como na sonda.

Ab.

António Silva

A PERSISTÊNCIA É QUE APANHA O PEIXE
 

Offline ajrs

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Re: Material para iniciar Slow Jigging
« Responder #22 em: 15:34 Sexta, 22 de Maio de 2020 »
Bom, agora vou apresentar o resultado da minha estreia ao Jigging  C:-).

[Atalho: Você não está autorizado a visualizar anexos ]

Sei que não é UMM PEIXÃÃOOO  :D mas pronto é o primeiro nesta técnica.

Fui para um sitio pertinho, aos 36 metros e para lá chegar tive de andar quase 7 milhas  :com:, aqui nesta zona do algarve é assim. Deitei ancora ao fundo, dei cerca de 70 metros de cabo, e lá nos pusemos a pescar, os meus colegas no modo tradicional e eu com a máquina nova e não é que ao fim de menos de meia hora saiu este parguito sem saber ler nem escrever, sorte de principiante.  :LooooL2: :LooooL2: :LooooL2: :LooooL2: :LooooL2:

Nas primeiras duas horas o mar estava muito mexido com ondas pequenas mas curtas pelo que andávamos num carrocel, depois foi acalmando e até ás 16 horas esteve-se bem. Experimentei  durante uma hora de manhã e uma outra de tarde mas apenas tive aquele ataque. Foi um bocado estranho, experimentei primeiro com uma de 150 gr, a cor de rosa em forma de folha que se pode ver nas postagens anteriores e depois com outra de 110, da Daiwa na cor sardinha, logo coloco aqui as fotos pois estas já comprei depois, comprei duas uma sardinha e outra rosada.

A primeira coisa que me surpreendeu foi que o carreto é um pouco "preso" quando se dá á manivela. Enquanto que nos carretos de spinning a manivela fica a rodar quando lhe damos alguma embalagem, aqui não, é até necessária alguma força para o fazer rodar?! Depois a "afinação" do carreto também não é intuitivo. Se nos de spinning é apertar o travão até cerca de um terço da capacidade da linha, aqui tem de se rodar um "parafuso" (1) mas antes tem de se colocar uma patilha (2) na posição de combate (3) e depois tem de se trazer essa patilha para uma zona de "carreto livre" para soltar a linha e mandar o jig para baixo (4) ...(só aprendi isto depois de vir da pesca, claro  ](*,))

[Atalho: Você não está autorizado a visualizar anexos ]

Em relação aos movimentos aquilo é um pouco mais difícil do que parece, sem ser complicado começamos a pensar se devemos recolher a linha na descida ou na subida, ou será quando estamos com a cana parada. Olhamos para a ponteira da cana e com a de 150 gramas pareceu-me que ficava lenta, com a de 110 pareceu-me que ficava leve de mais ... dou quartos de volta?, meias voltas? grandes amplitude com a cana, curto,...  isto é demasiada informação, vou descansar  :beer: :fishcool: ao fim do dia tentei mais um pouco mas mais para tentar coordenar movimento pois nessa altura o rancor já não era muito.  zzzz

E pronto, voltámos, bem dispostos, fomos beber uma cervejinha para combater o calor e ...até á vista.

Grande abraço.
« Última modificação: 15:37 Sexta, 22 de Maio de 2020 por ajrs »
Ab.

António Silva

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Offline A Machado

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Re: Material para iniciar Slow Jigging
« Responder #23 em: 16:41 Sexta, 22 de Maio de 2020 »
Parabéns António !!

Apesar de tantas dúvidas, pode dizer-se que em dia de estreia de barco, cana, carreto, amostras e técnica, não é para qualquer um obter resultados.....

E, mais ainda, não é que as montagens até aguentaram !!! (nós entendemos a piada  ;D
Abraço
Os políticos e as fraldas devem ser mudados frequentemente e pela mesma razão (Eça de Queiroz)
 

Offline ajrs

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Re: Material para iniciar Slow Jigging
« Responder #24 em: 16:45 Sexta, 22 de Maio de 2020 »
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Parabéns António !!

Apesar de tantas dúvidas, pode dizer-se que em dia de estreia de barco, cana, carreto, amostras e técnica, não é para qualquer um obter resultados.....

E, mais ainda, não é que as montagens até aguentaram !!! (nós entendemos a piada  ;D
Abraço

Grande abraço A. Machado, obrigado. Aquilo está feito para aguentar um tubarão :):)
Ab.

António Silva

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Offline Beto_Manja

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Re: Material para iniciar Slow Jigging
« Responder #25 em: 22:32 Sexta, 22 de Maio de 2020 »
Bpas,

Antes de mais, muitos parabéns pela estreia, em tão pouco tempo de acção e sair logo um vermelhinho, melhor só mesmo se fosse um vermelhão ;D

Agora relativamente ao carreto, faz aqui falta o quantum para explicar isto bem mas vou tentar simplificar a ver se não digo nenhuma besteira...

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A primeira coisa que me surpreendeu foi que o carreto é um pouco "preso" quando se dá á manivela. Enquanto que nos carretos de spinning a manivela fica a rodar quando lhe damos alguma embalagem, aqui não, é até necessária alguma força para o fazer rodar?! Depois a "afinação" do carreto também não é intuitivo. Se nos de spinning é apertar o travão até cerca de um terço da capacidade da linha, aqui tem de se rodar um "parafuso" (1) mas antes tem de se colocar uma patilha (2) na posição de combate (3) e depois tem de se trazer essa patilha para uma zona de "carreto livre" para soltar a linha e mandar o jig para baixo (4) ...(só aprendi isto depois de vir da pesca, claro

Deves estudar bem o carreto de casting e as várias afinações que tem, para usufruires bem do equipamento.
Enquanto que os carretos de spinning apenas têm a embraiagem que controla a saida de linha em acção, os carretos de casting têm 3 tipos diferentes de controlo de linha, a embraiagem que tal como nos carretos de spinning controla a saida de linha em acção, tens mais dois tipos de afinação, o travão que pode ser magnético ou centrífugo e controla a inércia do tambor quando estamos a lançar (ou largar linha no barco) e tens ainda um botão de tensão do tambor que controla o aperto do tambor no veio e que influencia a rotação do mesmo em todos os momentos, este botão se estiver muito apertado vais sentir dificuldade até no recolher da linha, o que pode ser o teu caso pelo teu relato.
Cumprimentos,
Roberto

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Offline Ernesto Lima

Re: Material para iniciar Slow Jigging
« Responder #26 em: 16:11 Sábado, 23 de Maio de 2020 »
Boa tarde António Silva

Antes de mais, sinceros parabéns pela primeira captura em modo SPJ. O Bichinho costuma ficar!?

Relativamente ao que referiu, vamos por partes:

Sonda / Escolha de frequência:

Pessoalmente, quando procuro fundear para pescar ao fundo, até aos 140 metros, uso só a alta frequência (200Kz). Isto porque o feixe desta frequência é mais estreito, assegurando-me maior acuidade sobre o que tenho debaixo do barco. Também a resolução, em termos de imagem, é superior à da baixa frequência.

Quando estou em modo de SPJ, à deriva, uso a dupla frequência (no caso da minha sonda 50 / 200Kz), com o ecrã dividido, sendo que a alta me dá o que está debaixo do barco, e, a baixa, o que está em volta. Quando os alvos se mostram grandes, em baixa frequência, costuma ser sinal de peixe maior.

Relativamente às suas escolhas de modo de sondagem e da dupla frequência, atendendo às profundidades a que pesca, parecem-me bem e têm lógica. Quanto à graduação da velocidade procure escolher uma graduação lenta, caso esteja a sondar devagar, e uma graduação mais alta, caso pretenda sondar em velocidades mais altas, tentando observar a melhor correspondência entre a velocidade a que sonda e a velocidade a que passa a imagem no ecrã.

Sobre as afinações do carreto:

Esses carretos têm, normalmente, dois tipos de controlo do drag:

Star drag: uma roda em estrela que se aperta ou desaperta, conforme se pretenda respectivamente, maior ou menor potência de drag. Neste sistema, costuma também ter uma palheta que serve para libertar linha, independentemente de a roda em estrela estar mais fechada ou menos, permitindo manter sempre o drag afinado para a potência pretendida.

Lever Drag: Uma palheta (2) que se empurra, ou se puxa, conforme se pretenda, respectivamente, maior ou menor potência de drag, ou se puxa totalmente para baixo (4), quando se quer libertar a linha. Neste sistema costuma haver uma zona central do curso da palheta (2), onde está escrito “Strike”. Esta zona deverá ser a zona onde a palheta fica para iniciar a ferragem e o combate, podendo aumentar-se a potência durante o combate, caso necessário, empurrando a palheta da zona de Strike para cima / frente. Tudo isto dependendo do peixe com que se luta e da resistência das montagens em uso. Pode ainda ter o drag mais fechado (para além do Strike) se estiver à procura de um peixe que tenha de ser mais travado na fase inicial de luta.

O sistema do seu carreto é do tipo Lever Drag.

Para além das afinações referidas, ambos os sistemas têm uma coroa roscada (parafuso 1) que, no caso do seu carreto, roscando mais ou menos, aumenta ou diminui a velocidade de saída da linha, quando liberta, e, como referiu o Beto, poderá ter influência na tal “prisão”. A maior ou menor velocidade de libertação da saída de linha, deve ser afinada um pouco mais apertada de modo a evitar que amostras mais pesadas desçam demasiado rápido e criem emaranhados de fio, ou menos apertada no caso de amostras mais leves, de modo a manter idênticas velocidades.

Finalmente, como agir com movimentos de cana e rotações de carreto:

Relativamente a esta questão não é fácil dar receitas, pois muito se pode diversificar. Posso tentar dar-lhe algumas ideias sobre o que cada acção sua poderá corresponder, em termos de movimento dum (jig) e mesmo assim não será fácil, atendendo a que cada jig tem reacções diferentes, tanto devido ao seu formato, quanto ao peso, face á cana que estiver a usar. Mas vou tentar.

Antes de mais, deverá ler com atenção sobre este assunto, entre outros, nos seguintes sites:

1. Não está autorizado a ver ligações. Registe-se ou Entre (site dos iniciadores desta técnica)
2. Não está autorizado a ver ligações. Registe-se ou Entre (Português que pesca em Benguela todos os dias, usando esta técnica)

Voltemos às acções de uma cana:

A cana, que está a usar (já usei e conheço), tem acção rápida com amostras abaixo das 150g; média, entre as 150 e as 180g, e lenta, das 180g para cima.
Tendencialmente, e falando de forma mito simplista, as movimentações rápidas usam-se para determinados peixes, ou para momentos em que o peixe está mais activo, assim como, “proporcionalmente”, as animações médias e lentas se usam para outros peixes, ou para alturas em que estão menos activos.

Para todos os efeitos, seja qual for a acção escolhida, quando dá 1/4, ½ ou uma volta de carreto, sem mexer a cana, esta deverá, com velocidade rápida, média ou lenta, descer a ponta quando dá a volta de carreto, recuperar à horizontal quando pára, podendo posteriormente dobrar outra vez se o peso da amostra estiver no limite máximo da acção da cana, ou para além deste.

Se conjugar uma elevação da cana, com uma fracção ou volta inteira do carreto e um baixar da cana, sequencialmente, terá de imaginar o que acontece ao jig em uso. Aconselho vivamente que o faça à superfície para ver o que acontece e tente fazer o mesmo, ou parecido, quando tem a amostra no fundo.
A partir dos movimentos referidos poderá fazer o que entenda, variando, mas deixando sempre a amostra ir até ao fundo, trabalhando-a a partir daí, para cima.

Se a sonda lhe mostrar acção predatória, na coluna de água, mais, ou menos, acima do fundo, poderá animar da mesma forma na profundidade que achar melhor. Embora seja aconselhável deixar sempre ir ao fundo e animar a partir daí. Muitas vezes o peixe, que queremos, pode ainda estar a subir, bem antes de chegar à acção predatória mais elevada na coluna de água.

Não sei mais o que lhe diga para além de: veja o máximo de vídeos sobre o assunto, pratique muito e observe os resultados. Pescar fundeado, uma hora de manhã e outra à tarde…, para começar, não está mal. Mas, em termos de aprendizagem, é francamente curto.
Na minha opinião, este é um tipo de técnica que não pode ser encarada como uma continuação do que já fizemos. Temos mesmo que “vazar o copo de água” completamente, esquecer o conceito “trazer peixe para casa” e praticar até que o peixe acabe por, de facto, vir para casa.

Na 2.º e na 3.ª feira, fui pescar em modo SPJ. Um dia para uma zona, outro dia para outra. O vento mandou-me embora por volta das 14.00, em ambos dias. Para além de carapaus e cavalas, nem um parguito desses trouxe. Mas assim que puder estou lá outra vez, em outras zonas, até dar com eles.

As vitórias são vistas! As derrotas…, é raro! Mas são muitas!

Abraço

Ernesto
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Re: Material para iniciar Slow Jigging
« Responder #27 em: 11:46 Segunda, 25 de Maio de 2020 »
Ora bom dia a todos e mais uma vez obrigado pelas vossas ajudas.

Em relação á sonda estive a ver ontem e a graduação vai de 1 a 9\10, não me recordo bem se é 1-9 se 1-10 e tem uma última posição de "ultra velocidade" (não é este o nome que lá está mas é o que quer dizer)  e era nessa que estava.  :o Já corrigi para a posição 5 e estive a brincar um pouco no rio, melhorou mas ainda tenho de batalhar na coisa. Hoje trouxe o manual para lhe dar uma vista de olhos novamente.

Quanto á afinação do carreto, por diversas vezes durante o fim de semana andei a experimentar as vossas sugestões e amigo Ernesto, faz-me todo o sentido aquilo que diz de afinar o carreto para a tal posição "intermédia" que no caso deste carreto não está assinalada, para que depois, em combate, se possa aliviar ou apertar consoante a necessidade do momento. No entanto não é isso que é dito por um representante da marca num vídeo que vou colocar abaixo, em que recomenda especificamente que se deve afinar o carreto na zona de combate, sempre nessa zona, reforça ele, zona essa que fica imediatamente atrás do ponto de bloqueio do carreto a qual se deve utilizar para situações extremas, nomeadamente em prisões no fundo (acho eu). O que é estranho é que se fica sem margem de manobra para aumentar a potencia do drag, apenas se pode reduzir ??!!! Confesso que tive dificuldade em ouvir o que o rapaz dizia mas parece-me que é isto que ele propõe  :-\.


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Re: Material para iniciar Slow Jigging
« Responder #28 em: 16:00 Segunda, 25 de Maio de 2020 »
Esse foi só o 1º de muitos e maiores.
Parabéns e obrigado pela partilha.
Espera o melhor, prepara-te para o pior e aceita o que vier.

Cumprimentos,
José Matos
 

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Re: Material para iniciar Slow Jigging
« Responder #29 em: 18:30 Segunda, 25 de Maio de 2020 »
boas, normalmente esses carretos sem ser de estrela tem duas posições, strike e full.
por experiência e pelo que me ensinaram, a posição de trabalho é o strike, para situações em que exijam mais esforço, o dedo é o melhor drag que conheço neste tipo de carreto.
em casos normais trabalho sempre de maneira a que o carreto, enquanto animo as amostras não ceda nenhuma linha, e é sempre essa a minha tara. quando em combatimento com um pargo, um robalo, pequenos atuns uso sempre o dedo quando necessito.
com estrela a afinação pode ser feita quando se quer, com lever drag é assim que trabalho, e agora acabo por fazer o mesmo com os de estrela. sinceramente o dedo é a melhor ferramenta. pode haver quem tenha opiniões contrárias, e que tenha melhores resultados de outra maneira, mas para mim é a melhor maneira que conheço.

ps- normalmente uso uma fita no polegar para evitar queimar, daquelas fitas das farmácias, visto que a descida da amostra também controlo com o dedo. os carretos tem afinação para a descida da amostra mas essa afinação não consegue trabalhar igual durante a descida e assim garanto que trabalha.
 
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