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Autor Tópico: Conjunto jigging  (Lida 7855 vezes)

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Offline Pedroko

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Conjunto jigging
« em: 16:45 Domingo, 03 de Novembro de 2019 »
Malta.

Depois de algumas saídas ao jigging, sinto que está na hora de comprar material adequado. Até à data tenho pescado com coisas que tinha lá na garagem... noto que falta mais qualquer coisa. Se me puderem dar umas referências agradecia imenso.

A minha pesca vai ser feita principalmente em zona de estuário perto de uma barra. A pesca é feita maioritariamente à deriva em profundidades variáveis entre os 10 e o 40 metros. Pesco em embarcação semi rigida, regra geral somos dois bandidos a bordo. Não digo que não vá mais por fora até esses 50-70 metros tentar outro tipo de peixe mas isso serão saídas de menor regularidade. Para já treino na "piscina" , ainda assim preciso de material que me transmita confiança na eventualidade de ferrar uma fofinha mais jeitosa.

Consoante a aguagem, temos usado jigs com gramagens que variam entre as 40 e as 110 gramas.

A cana que estou a usar parte-me todo é um pau de 160cms com uma ponteira molengona. Por comparação com o material que o meu parceiro usa, já percebi que o trabalho de braço que tou a fazer é mal transferido para o jig e as minhas costas e pescoço sofrem e não tem sido pouco  :moca:.

Em termos de cana , procuro uma que dê para trabalhar apoiada debaixo da axila, acho mais confortável. Creio que com 190 a 200cms ... os 160 que uso agora parecem me ser demasiado curtos. EM relação ao carreto se calhar um 4000( pela versatilidade), tou indeciso se arrisco num carreto de casting ou num carreto "normal". Digo isto porque quando estou a jiggar a posição do pulso que segura a cana é muito pouco natural, ao fim de um bocado estou dorido. Dá me ideia que o carreto de casting torna a pega mais confortável e natural.

Orçamento, pois até 250€ já deve dar fazer um conjunto porreiro não é?

Ab
 

Offline Ricardo Nunes

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Re: Conjunto jigging
« Responder #1 em: 18:48 Domingo, 03 de Novembro de 2019 »
Assim que o mestre Ernesto Lima cá passe já ficas em elucidado  ;)
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Offline pantao

Re: Conjunto jigging
« Responder #2 em: 10:14 Segunda, 04 de Novembro de 2019 »
Queres fazer jigging e não slow certo?
 

Offline antoniopereira

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Re: Conjunto jigging
« Responder #3 em: 10:24 Segunda, 04 de Novembro de 2019 »
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Em termos de cana , procuro uma que dê para trabalhar apoiada debaixo da axila, acho mais confortável.
Não esqueças de fazer a depilação . Isto porque não vá a cana enrolhar-se nos pêlos :LooooL2: :LooooL2:
 Conforme disse o Ricardo deixa o grande mestre Ernesto entrar no,forum que ele te explicará  a melhor maneira
 

Offline Ernesto Lima

Re: Conjunto jigging
« Responder #4 em: 11:04 Segunda, 04 de Novembro de 2019 »
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Queres fazer jigging e não slow certo?

Bom dia Pedroko.

A resposta a esta pergunta do Pedro Antão, é importante, pois pode definir muito melhor as respostas a dar.
Penso ainda, que o Pedro, tanto pela sua experiência, quanto pelo que absorveu após o que viu com um grande mestre de Slow com que pescou, pode dar-lhe indicações muito valiosas.

Pessoalmente, conforme o desenvolvimento do tópico, participarei com os dados baseados na pesca que tenho feito.

Posso desde já dizer que para um conjunto de cana e carreto, sendo este de casting, e pensando em slow jigging, mesmo não indo para vôos muito altos, 250€ parece-me curto, principalmente quando fala em fundos de 50 metros e mais, já para 10 a 40 metros, com amostras leves, sem muita corrente e dependendo dos exemplares que procura, muito sinceramente, acho que poderá melhorar o conjunto sem grandes despesas.

Não me levem a mal o cuidado, mas, conjuntos deste tipo, com versatilidade para profundidades tão diversas, não é fácil aconselhar sem induzir em erro. Também eu já os cometi.

Aguardam-se então "cenas dos próximos capítulos" :).

Abraço

Ernesto 
Quanto mais pesco... mais sinto necessidade de aprender sobre a pesca.
 

Offline ajrs

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Re: Conjunto jigging
« Responder #5 em: 17:51 Segunda, 04 de Novembro de 2019 »
Também tenho interesse no assunto pelo que vou seguir o tópico com interesse.
Ab.

António Silva

A PERSISTÊNCIA É QUE APANHA O PEIXE
 

Offline Pedroko

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Re: Conjunto jigging
« Responder #6 em: 20:11 Segunda, 04 de Novembro de 2019 »
Malta

Se os pelos estorvarem muito faço à ciclista, tiro tudo moh  ;D

Tenho usado jigs espalmados com forma tipo folha, tenho poucos mas são quase todos largos e espalmados de peso centrado, outros algo assimetricos. Em termos de trabalhar a cana, uso amplitudes elevadas desde a água até cá encima ( 180graus)  variando obviamente umas vezes mais outras menos utilizando movimento lentos sem grandes impactos. Creio que a técnica que tento aperfeiçoar será então o slow jigging.

Entendo que existem diversas variações mas acho que é essa a base que tento seguir. Percebi ser uma técnica bastante eficaz num variado tipo de condições, é essa que quero seguir, não me posso jogar a todas .

 
 

Offline pantao

Re: Conjunto jigging
« Responder #7 em: 11:18 Terça, 05 de Novembro de 2019 »
Respondendo ao tópico que tem a ver com material não vou aprofundar a técnica, os movimentos que descreves não é slow jigging. Slow jigging não é só jigging lento, é um conjunto de técnicas/material e muito importante manuseio da embarcação, aplicadas de uma forma correta. O que tu fazes é jigging, animas um "jig". Ficas todo roto não por a cana ter 1.6m, mas por falta de técnica.
Maioritariamente ouves dizer só apanho peixe na queda, em slow bem feito também ha ataques consistentes na subida.
É uma técnica usada quando todas as outras não funcionam.
Se queres fazer Slow jigging de uma forma correta e com resultados 250 euros não chegam e não vai ser esta a técnica a usar num estuário de uma barra devido as fortes correntes.
No teu caso e nas condições que descreves iria para o chamado "light jigging" em que com o teu orçamento vais conseguir bons resultados e consegues pescar o dia todo. Dentro dos 250€ aconselho a Gomuku Light Jigging (cor branca), tens que mandar vir de fora +-100E.  Cá tens uma muito boa a Nissin Japan Lioness LG-B66M LIGHT JIGGING +-160E. Carreto um 4000 serve perfeitamente, não necessitas de um carreto de tambor móvel. Onde vais ter que investir e imprescindível mesmo é num multifilar pe 04 ou 06 de muita boa qualidade ( Morethan 12x ou superior).
Esta minha resposta vai de encontro a obteres bons resultados e não talvez do que estivesses a espera. Existe muita má informação acerca de slow Jigging e os lojistas são os principais ao desconhecerem a técnica e a criarem confusão. Esta na moda vender jigs e canas de Slow quando depois não vão ser trabalhados de forma correta, os resultados não vão ser consistentes. Não vou falar em nomes mas em Portugal só existe uma loja com material realmente para Slow( e pouco), depois falha na parte prática. Se queres fazer uma éspecie  de Slow, nem sei que nome lhe dar :-) dentro do teu orçamento aconcelho a cana Cinnetic Rextail Slow Jigging e um carreto Hart Brutal GT. Tens também as barros Zero, são excelentes canas dentro do preço para jingarilhar, mas para Slow tem o nome certo, valem Zero :-) ...
 
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Offline Ricardo Nunes

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Re: Conjunto jigging
« Responder #8 em: 12:39 Terça, 05 de Novembro de 2019 »
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Respondendo ao tópico que tem a ver com material não vou aprofundar a técnica, os movimentos que descreves não é slow jigging. Slow jigging não é só jigging lento, é um conjunto de técnicas/material e muito importante manuseio da embarcação, aplicadas de uma forma correta. O que tu fazes é jigging, animas um "jig". Ficas todo roto não por a cana ter 1.6m, mas por falta de técnica.
Maioritariamente ouves dizer só apanho peixe na queda, em slow bem feito também ha ataques consistentes na subida.
É uma técnica usada quando todas as outras não funcionam.
Se queres fazer Slow jigging de uma forma correta e com resultados 250 euros não chegam e não vai ser esta a técnica a usar num estuário de uma barra devido as fortes correntes.
No teu caso e nas condições que descreves iria para o chamado "light jigging" em que com o teu orçamento vais conseguir bons resultados e consegues pescar o dia todo. Dentro dos 250€ aconselho a Gomuku Light Jigging (cor branca), tens que mandar vir de fora +-100E.  Cá tens uma muito boa a Nissin Japan Lioness LG-B66M LIGHT JIGGING +-160E. Carreto um 4000 serve perfeitamente, não necessitas de um carreto de tambor móvel. Onde vais ter que investir e imprescindível mesmo é num multifilar pe 04 ou 06 de muita boa qualidade ( Morethan 12x ou superior).
Esta minha resposta vai de encontro a obteres bons resultados e não talvez do que estivesses a espera. Existe muita má informação acerca de slow Jigging e os lojistas são os principais ao desconhecerem a técnica e a criarem confusão. Esta na moda vender jigs e canas de Slow quando depois não vão ser trabalhados de forma correta, os resultados não vão ser consistentes. Não vou falar em nomes mas em Portugal só existe uma loja com material realmente para Slow( e pouco), depois falha na parte prática. Se queres fazer uma éspecie  de Slow, nem sei que nome lhe dar :-) dentro do teu orçamento aconcelho a cana Cinnetic Rextail Slow Jigging e um carreto Hart Brutal GT. Tens também as barros Zero, são excelentes canas dentro do preço para jingarilhar, mas para Slow tem o nome certo, valem Zero :-) ...

Mesmo não pescando nada do assunto (literalmente) adoro ler estas explicações 😎 top
Obrigado
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Offline antoniopereira

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Re: Conjunto jigging
« Responder #9 em: 20:53 Terça, 05 de Novembro de 2019 »
Boas . Estive a ver um filme sobre este tipo de pesca. Uma pessoa  ou tem material próprio  para este tipo de pesca  ,ou então  chega ao fim da jornada nao sabe onde  tem os braços.  Para j0a  é um estilo de pesca que requer  jogo de braços , e é  como eu digo ou uma pessoa tem materisl específico  para esta pesca , ou então  ao fim da  jornada nao mexe os bracinhos , nem sabe onde os têm
 

Offline Ricardo Nunes

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Re: Conjunto jigging
« Responder #10 em: 21:03 Terça, 05 de Novembro de 2019 »
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Boas . Estive a ver um filme sobre este tipo de pesca. Uma pessoa  ou tem material próprio  para este tipo de pesca  ,ou então  chega ao fim da jornada nao sabe onde  tem os braços.  Para j0a  é um estilo de pesca que requer  jogo de braços , e é  como eu digo ou uma pessoa tem materisl específico  para esta pesca , ou então  ao fim da  jornada nao mexe os bracinhos , nem sabe onde os têm

Só de ver dá para perceber bem que ou é o material certo, ou vão braços e costas num instante 😮 isso sem contar que as capturas vão falhar

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Offline Ernesto Lima

Re: Conjunto jigging
« Responder #11 em: 22:39 Quarta, 06 de Novembro de 2019 »
Boa tarde a todos.

Considerando a resposta do Pedroko, à pergunta do Pantão e considerando ainda uma visão purista do Slow Jigging, concordo a 100% com o Pantão.

Relativamente ao meu percurso nesta técnica, ainda bastante pequeno, sem ter tido contacto directo com toda a sua dimensão e sem ter tido uma frequência de pesca que me habilite como grande conhecedor do assunto, não posso, nem devo fazer grandes afirmações, posso sim desenvolver algum raciocínio, correspondente ao que tenho feito e ao que tenho lido sobre o assunto. Considerando as limitações referidas, vamos ver o que sai daqui...

Sobre a técnica:

Qualquer técnica, ou método, só por si, dificilmente obtém resultados regulares, tendo em conta as variáveis de mar, vento, luas, marés, pesqueiros escolhidos, profundidades, formas de usar o barco (mantê-lo sobre o pesqueiro ou em deriva)..., em cada jornada. Neste caso o Slow Jigging e os materiais correspondentes, na sua dimensão mais purista, permitem variações que se adequam às várias condições, tendo no entanto em conta que, para tal, torna-se quase obrigatório ter pelo menos 4 conjuntos cana / carreto, a preços incomportáveis para a esmagadora maioria dos pescadores portugueses e de muitos estrangeiros.

Só para terem uma ideia, o Slow Jigging, de forma muito simplista, tem vários modos de trabalho de animação:

1. High Pitch - Movimentos rápidos da cana, em simultâneo com partes de voltas, ou voltas inteiras, da manivela do carreto.
2. Slow Pitch - Movimentos lentos da cana, em simultâneo com partes de voltas, ou voltas inteiras, da manivela do carreto.
3. Long Fall - Movimentos ascendentes, mais ou menos rápidos, com elevação da ponteira da cana, seguindo-se queda acompanhada da amostra, fazendo com que esta paire na descida, se for adequada para este trabalho.
4. A conjugação simultânea das formas de trabalhar referidas em 1, 2 e 3.

Consideremos ainda outros pormenores:

a) Quanto mais grosso for o fio do carreto e quanto maior for a profundidade, mais pesada e, eventualmente, mais rápida terá de ser a amostra.
b) Se tivermos a pescar a determinada espécie mais, ou menos, batalhadora e potente, a determinada profundidade, com determinado uso do barco e com determinadas condições de mar e vento, maior terá de ser o equilíbrio de todo o conjunto cana / carreto / fio / lider / amostra, tendo em conta a animação pretendida, a possível luta com o peixe e a comodidade do pescador.

Considerando agora, entre outras questões, o unicamente referido nos pontos 1 a 4, e nas alíneas a) a c), e, considerando ainda a especificidade das canas e dos carretos mais adequados; se quisermos ser puristas a trabalhar esta técnica,  imaginem os conjuntos diversos, e caros, que deveremos ter!?

Como quem tenta resumir, vejamos:

- Quem se inicia necessita, em primeiro lugar, pesquisar e ler sobre a técnica; adquirir algum material que não o leve à falência e iniciar a prática. Em função dos resultados, continuar a ler, pesquisar, praticar, e, quase de certeza, melhorar e aumentar o material, visto que o inicial vai ser, eventualmente, não muito adequado e certamente insuficiente.

Este último parágrafo tem por base a forma como fui fazendo a minha iniciação a esta técnica, pelo que me parece importante falar-vos dos erros que acho que cometi e das alterações que fui fazendo, tendo em conta que certamente estarei ainda a cometer erros, dos quais não me apercebi e que só a frequência de pesca poderá desvendar.

Então vamos lá à história:

Como em todas as técnicas em que me tenho iniciado, comecei por adquiri material em conta que, podendo não ser o adequado, com alguma adaptação me permitiria dar os primeiros passos. Como tenho vários carretos de tambor fixo, normalmente designados como carretos de spinning, resolvi adquirir canas que pareciam ter características de Slow Jigging, mas para carretos de spinning. Foram elas a Hard Pitch de 2,00m e a Soft Pich de 2.10m, ambas da Barros.

Como refere o Pantão, embora sejam potentes, não são canas de Slow Jigging, mas adequando o trabalho, a Soft para trabalhar em menos profundidades, com amostras mais leves; e a hard para mais fundo com amostras mais pesadas, até que funcionaram e capturaram, mas obrigavam, para tal, a movimentações que levavam ao cansaço, pois ambas tem um trabalho inicial de ponteira que tem de ser vencido a braço para que a amostra trabalhe como queremos.

As verificações acima não tardaram a levar-me para a procura de material mais adequado, pelo que, por “portas e travessas”, passado uns meses, resolvi abrir os cordões à bolsa e adquiri o primeiro conjunto de Slow Jigging – Cana Game type 684 da shimano (a mais rápida e rija desta série) e Carreto Ocea Jigger 1501HG, da shimano – e posso dizer-vos que a diferença foi abismal, tanto pelo peso do conjunto (127g da cana e 400g do carreto), quanto pela forma como, sem qualquer esforço se conseguem animar as amostras, entre as 150 e as 200g, já que com 300g como vem indicado na cana, a animação da amostra parece-me demasiado lenta. Já para não falar das facilidades de saída e recuperação de linha, tanto sem, como em luta com peixe.
 
Não há muito tempo, por sentir necessidade de uma cana para pescar com amostras mais pesadas e um carreto para pescar mais fundo, e mais potente, adquiri um outro conjunto: Cana RYVL G-Blade II,  Neozelandesa que trabalha muito bem amostras de 250g, a 100m de profundidade, podendo ir às 300g, sem problemas; e, carreto Maxel F50 CHL, que leva 600 metros de multifilar 0,24.

Agora, quando vou pescar, monto, no mínimo, 3 conjuntos:

- Shimano Game Type + Ocea Jigger 1501, com 300m de Sufix 832, multicolor, 0,24; isto para profundidades entre os 50 e 70 metros, para amostras entre 150 e 180.
- RYVL G-Blade II + Maxel F50 CHL, com 600m de Power Masaru Jigging Coulours 0,20 (na verdade um 0,25, mais potente que o Sufix); isto para profundidades superiores a 70m e amostras mais pesadas que 180g, ou, menos fundo, quando desconfio que na zona / época poderão andar peixes que o justifiquem.
- Soft Pitch da Barros + Quantum Cabo 50 antigo, com 0,18 da Sufix, para trabalhar entre os 20  e os 50m, com vinis, ou amostras até 100g.

Quanto a novas aquisições, não vejo que as faça tão cedo, não porque não se venham a tornar importantes, mas porque, actualmente, não estou com vida, nem com tempo, para assegurar uma frequência de pesca que as justifique.

Toda a prosa anterior para dizer o quê:

O purismo de uma determinada técnica estará sempre relacionado com o nosso conhecimento, a capacidade de termos os meios necessários para sustentar as exigências desse “purismo”, a frequência de pesca e consequente aprendizagem que conseguimos realizar. Tal obriga-nos muitas vezes a adquirir o possível, mais, ou menos, próximo do adequado e, o resto, virá com o tempo e conhecimento entretanto adquirido.

Portanto, ao Pedroko sugiro vivamente, os materiais aconselhados pelo Pantão, tanto ao nível do light Jigging, quando do Slow Jigging. Parecem-me bem adequados para se iniciar, com menos erros do que os inicialmente cometidos por mim. Não se sinta, por isso, menos capaz, pois certamente vai entrar no mundo do Slow Jigging e, com o tempo e experiência, vai com certeza ficar cada vez mais entendido nesta pesca, e, consequentemente, virá a atirar-se para outros conjuntos…, é assim a pesca.
Não se esqueça que, neste momento, há pessoal por esse mundo fora a pescar, tanto com amostras e canas de Slow, a 60, 80, 100, 200 e até 800m de profundidade, com conjuntos de milhares de euros e com amostras de quilo. Com barcos parados a toque de motor ou em deriva. Imagine a quantidade e qualidade de conjuntos que estes meninos têm de possuir.

Numa perspectiva de continuar a pesquisar deixo-lhe os que, para mim, entre outros possíveis são os sites / páginas pessoais de referência:

Página do Luís Ramos:

Um Português a pescar em Benguela - Angola, que pescando todos os dias nos deixa dicas bem importantes, tanto em formato texto, como video - Não está autorizado a ver ligações. Registe-se ou Entre

Um americano que vive da pesca e das marcas, que depois de muitas técnicas, humildemente se virou para o Slow Jigging, produzindo palestras sobre o assunto que acho bastante elucidativas (pena ser em Inglês): Não está autorizado a ver ligações. Registe-se ou Entre

Finalmente..., talvez o site mais elucidativo (também em inglês) sobre o Slow Jigging: Não está autorizado a ver ligações. Registe-se ou Entre

Não sei se me fiz entender, mas não se pode dizer que não tentei.

Abraço

Ernesto
« Última modificação: 22:55 Quarta, 06 de Novembro de 2019 por Ernesto Lima »
Quanto mais pesco... mais sinto necessidade de aprender sobre a pesca.
 
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Offline kalvas

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Re: Conjunto jigging
« Responder #12 em: 23:21 Quarta, 06 de Novembro de 2019 »
Até dá gosto ler e aprender com pessoal que domina bem a pesca .

Quando nos sentimos perdidos, só mesmo elementos assim é que nos colocam no caminho certo.

Agradecido ao Pantão e ao Mestre Ernesto.
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Re: Conjunto jigging
« Responder #13 em: 08:25 Quinta, 07 de Novembro de 2019 »
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Até dá gosto ler e aprender com pessoal que domina bem a pesca .

Quando nos sentimos perdidos, só mesmo elementos assim é que nos colocam no caminho certo.

Agradecido ao Pantão e ao Mestre Ernesto.

E mesmo não praticando ou tendo ideias de, dá gosto ler estas dissertações tão bem explicadas
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Re: Conjunto jigging
« Responder #14 em: 08:53 Quinta, 07 de Novembro de 2019 »
Com uma explicação destas só podia  vir de uma pessoa. Mestre Ernesto  Lima  pois claro :aplau:
 
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