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Autor Tópico: "Canelão" Nacional.  (Lida 6265 vezes)

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Offline fisherman

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Re: "Canelão" Nacional.
« Responder #45 em: 03:31 Quarta, 06 de Dezembro de 2017 »
Já agora e por falar em Douradas (aceitando de bom grado a sugestão) quanto a mim os melhores pesqueiros para elas a pescar em praias mais rasas (agora são a maioria!) são aquelas coroas que ficam em seco na baixa-mar com rião baixo atrás mas que deixam ir para cima delas atravessando esse baixo rião. Por vezes, não está tão baixo como julgamos e lá nos molhamos até aos os tim-tins o q não é nada agradável-LoL. Mas depois há muito mais coisas em jogo, o mar deve ter vaga larga e redonda, o mar deve estar sobre o manso, águas abertas e azuis e vento fraco de preferência de Sueste ou de Sul, sendo no Verão ou Outono (melhor altura) quanto mais quente o tempo estiver melhor. Ao nascer do dia ou ao Pôr-do-Sol são as melhores alturas do dia para elas, mas de noite tb caiem mas em menor quantidade. Iscos, o nº 1 caranguejo mole, salsicha ou bibi, mexilhão c/casca para granjolas ou sem para as safatas, vermes -  casulo, americana, minhocão, coreano grande tudo iscado com agulha, anzol mto bem tapado e sem brilhos, empate comprido nunca acima de 0,45 mmo se de fuorcarbono. É pesca de espera pois passam no pesqueiro (quando passam) a uma certa hora e altura da maré, há k ter paciência e fé são os melhores trunfos para as apanhar. Devido ás caraterísticas da boca desferram-se muito quando a recuperamos, há q ter sangue frio, calma e delicadeza, nada de as puxar à bruta o mar é q traz o peixe e drake sempre com folga "just in case". As grandes devem ser cansadas 1º. Deixá-las correr para direita, esquerda e em frente sem deixar afrouxar mto a linha, senão quebram num ápice o anzol naquela bocarra tipo torno quando o apanham a jeito. Quando ferram fazem 1º umas "cócegas" na cana e não devemos ir logo puxar à bruta, apenas segurar bem na cana quando dão a valente estocada e manter a pressão controlando com o drake. Outras viram logo a cana toda (adoro!) ou apenas puxam lentamente e deixam a cana direita e linha folgada como acontece com os grandes robalos. É que com os vermes elas "aspiram" e saboreiam 1º o isco, já vi isso numa experiência a fazer mergulho. Bem, fico por aqui a sonhar com elas. Talvez alguém queira dizer mais alguma coisa sobre elas de sua justiça e..sua experiência! Ah, quando ferram mal, uma chumbada de correr por vezes consegue milagres. Saudações desportivas
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Re: "Canelão" Nacional.
« Responder #46 em: 07:14 Quarta, 06 de Dezembro de 2017 »
Belo texto Ernesto, muito bem escrito, mas se leres bem o que eu escrevi vês que não é bem o que escreveste...

As minhas respostas basearam se apenas a crença que quem tem um canelao consegue tirar o mesmo peixe que quem tem melhor material tendo os dois o mesmo conhecimento de pesca.. daí eu ter dito que um José Afonso com um canelao pesca mais que eu com canas de 600e.

Agora em condições semelhantes de tudo o resto um canelao está tão a anos luz em tudo de canas recentes até das baratas que não vale a pena gastar dinheiro para ir pescar com um.. apenas é só isso que eu disse...

E a minha opinião.. pesco desde pequeno , faço surfcasting já a muitos anos, já vendi material de pesca, já testei protótipos de várias marcas, já fiz canas para marcas, tenho aprendido muito de pesca com os melhores e vou tirando uns peixinhos quando lá vou... vou tendo algum conhecimento de material mas também de pescar que é o que eu gosto..

Eu já pesquei com um canelao .. e sinceramente nunca mais .. a evolucao serve para isso mesmo. As canas agora estão ao alcance de qualquer um.. sao bem mais baratas do que eram no tempo dos sportex... Quem não tem 100e para uma cana e porque não a deseja totalmente.. eu quando só estudava quando quis comprar a minha primeira cana.de 3 partes de carbono melhorzinha poupei meses e meses e fui trabalhar para a ter.. são filosofias..
 
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Offline Fred_Bicho

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Re: "Canelão" Nacional.
« Responder #47 em: 12:02 Quarta, 06 de Dezembro de 2017 »
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Comparando um canelão desses com as canas mais modernas concordo com a sua opinião, mas nem sempre o mais caro é mais confortável.
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Acho que se está a confundir algumas coisas aqui..

As canas mais pesadas não são sinonimo de Potencia Fred. As minhas canas actuais de Surfcasting, cana e Carreto pesam 873g CANA + CARRETO cada conjunto, E acredita que as canas têm mais potência que 95% das canas do mercado. Uma coisa não tem nada a ver ..
Em relação ao conforto, o Conforto de uma cana nova para um canelão, tem a ver com o peso, e claro com a grossura .. É bem mais confortável num surfcasting usar uma cana das novas.. em relação ao canelão.

Sergio o material não faz um pescador é claro que não, na pesca Faz o conhecimento, a sorte, os iscos, e claro o material faz parte da equação.

Que ninguém aqui venha dizer que não tem influência, porque quem o diz, é porque não tem real conhecimento do que é a pesca.. ou então não quer "ver".. :)

Volto a repetir:
"Comparando um canelão desses com as canas mais modernas concordo com a sua opinião, mas nem sempre o mais caro é mais confortável."

Agora outro ponto. Onde disse que o peso estava relacionado com a potencia? Apenas dei o exemplo das minhas canas mais que são mais modernas, mais caras, mais rijas e mais pesadas comparando com as minhas canas antigas que foram mais baratas, são mais leves e mais parabólicas. Normalmente a rigidez é sinonimo de potencia e sinonimo de dor nas costas. Para mim dor nas costas não é conforto nenhum. Com as canas antigas não tinha pois as canas vergavam muito mais a lançar embora não alcançasse grandes distancias. Não sei onde leu, mas eu nunca falei que o peso estava relacionado com a potencia pois isso é um perfeito disparate! As canas mais parabólicas como eram antigamente eram muito mais fáceis de lançar e muito mais confortáveis continuo a ter a mesma opinião. O meu conjunto antigo era 400gr + um shimano ultegra XT. Agora é 560gr + shimano ultegra XT. A diferença peso de 150gr nas canas nao vejo que seja muito relevante mas ao fim de umas 6h a pescar mas se nao estivessem lá era melhor. O que interessa aqui é que cana é mais moderna, muito mais potente pois lanço 150gr na boa e muito mais desconfortavel a pescar, tanto pelo seu peso como pela sua rijidez.

As canas da Hiro ão canas que agora uso apenas para pescar na ria e sao as que mais prazer me dão a pescar. Quando pesco com elas nem sinto que fui a pesca. Isso para mim é conforto. Hà canas novas que são muito mais potentes pesam cerca de 450gr, lançam muito mais, sao mais finas, mas não são cofortaveis pois são rijas que nem paus!
« Última modificação: 12:16 Quarta, 06 de Dezembro de 2017 por Fred_Bicho »
 
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Offline tiagopacheco

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Re: "Canelão" Nacional.
« Responder #48 em: 13:04 Quarta, 06 de Dezembro de 2017 »
Ainda existem canas parabólicas as mais baratas por norma são mais fáceis de lançar mas têm um problema também 'morrem' mais cedo.. morrer no sentido de serem mais limitadas.

Fiquei com a ideia errada do peso potência por esta frase

'tenho canas mais caras, mais rijas, mais pesadas umas 150/200gr e com a mesma açao. Pesco mais peixe, lanço muito mais longe e custa bem' ..

Fiquei com a ideia pela interpretação que tavas a dizer que as canas eram mais Rijas por serem mais pesadas. Isto as vezes um gajo lê meio a pressa e passa ao lado..
 
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Offline Ernesto Lima

Re: "Canelão" Nacional.
« Responder #49 em: 13:06 Quarta, 06 de Dezembro de 2017 »
Bom dia a todos

Em resposta ao Fisherman e ao Tiago Pacheco, quero deixar claro que não pretendi aconselhar o canelão nacional como solução, antes, aproveitando a discussão, realçar a oposição entre dois conceitos extremos que me pareceram emergir ao longo deste tópico:

- A capacidade de alguns, por conhecimento adquirido, conseguirem colmatar as incapacidades de materiais antigos e, hoje em dia, facilmente substituídos por outros muito mais efectivos, e mesmo assim conseguirem, em determinadas situações terem sucesso.

- A, na minha opinião, exagerada aposta em materiais recentes como forma de melhorar a pesca, relegando muitas vezes para segundo plano o conhecimento, a experiência, e, consequentemente o comportamento do pescador em acção de pesca.

Quero com o acima referido realçar que o que pretendi com a minha anterior intervenção foi dirigir-me ao meio termo, ou seja, se o Canelão Nacional já não é solução, penso que também não o será, a aquisição excessiva de materiais diversos recentes, sem que tal seja acompanhado de prática frequente e experimentação, em locais bem escolhidos, tendo em conta a capacidade de os entender face à época do ano e às acções a desenvolver pelo pescador em cada momento da jornada.

Também não quis dizer que o pescador deve unicamente tentar saber onde está a dar, porque outros lá capturaram e ir para determinado local chatear quem lá está, mas sim procurar informação sobre como "ler" o mar, neste caso a praia, e entender quais os supostamente melhores locais que face às condições do dia apresentam condições para serem efectivos enquanto bons pesqueiros, desenvolvendo a partir daqui a sua pesca.

Pessoalmente, na embarcada, quando me pedem marcas, o que faço é dar-lhes um ponto de GPS que representará uma zona de pesca onde poderão encontrar vários tipos de pesqueiros, explico-lhes que tipo de fundo lá existe, em termos de estruturas e profundidades e explico ainda que espécies e tipos de iscas e iscadas melhor têm resultado, cabendo ao pescador procurar melhor, sondando e fundeando, e colocar em prática usando o que sabe e eventualmente as dicas que lhe deixei. Doutra forma não dou marca nenhuma. Isto sob o conceito de "..., não lhe dês um peixe, ensina-o a pescar".

Mais uma vez realço a importância do Canelão Nacional que ainda hoje permite, o que me parecem frutuosas discussões sobre pesca.

Cumprimentos

Ernesto
Quanto mais pesco... mais sinto necessidade de aprender sobre a pesca.
 
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Offline tiagopacheco

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Re: "Canelão" Nacional.
« Responder #50 em: 13:12 Quarta, 06 de Dezembro de 2017 »
Claro que sim.
Não é por levar um canelon que não se vai apanhar peixe.
 Vejo tantos com canas de 500e que chegam a praia e nem sabem para onde não de ir.. se outro fulano tirou peixe no sítio A 15 dias e para lá que eles vão também em vez de tentar ver se as condições são iguais e de pensarem por eles próprios.

Acho que está frase vai resumir BEM o que penso sobre o assunto

O MAIOR LIMITADOR DE UMA PESCA BEM SUCEDIDA E SEMPRE O PESCADOR SEJA PELO SEU INTELETO OU FALTA DE PREPARACAO MAS FORA ISSO TUDO O QUE ENTRA NA EQUACAO TAMBEM O LIMITA INCLUINDO O MATERIAL
 
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Offline Nelson Peres

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Re: "Canelão" Nacional.
« Responder #51 em: 14:04 Quarta, 06 de Dezembro de 2017 »
O tema vai muito interessante, e não posso deixar de agradecer aos participantes que têm dado agua pelas barbas ao assunto. Gostei muito da dissertação do Ernesto, como sempre a valorizar o que é mais importante e que eu concordo tambem.

Mais do que o material xpto, que sem duvida ajuda muito nos dias de hoje, o fundamental é tudo o resto. Que me adianta a mim ter carretos e canas de topo e não perceber o que me rodeia ?! Eu não vou repetir o que o Ernesto disse mas é uma verdade. Eu sempre defendi que não é o material que faz o pescador. Nunca tive problemas nenhum em pescar ao lado de malta com carretos e canas melhores que as minhas. Que tratam por tu tudo o que é novidades, sabem conceitos, explicar o que é e para que serve, sempre passos á frente em upgrades disto e daquilo.

E depois não confiam nos seus instintos, vão á pesca para onde sabem que está a sair peixe porque viram publicações nas redes sociais grande douradas, robalos ou sargos. Concerteza que o senhor do canelão não tem internet, pesca com base no que a experiência lhe foi ensinando, se bem que não há verdades absolutas e as coisas alteram-se mas há padrões que se percebem a quem prefere entender aquilo que não consegue controlar.

Aquilo que não conseguimos alterar é o que nos envolve. O mar, o vento, a maré e as suas amplitudes, as luas, etc...

Aquilo que conseguimos controlar também é importante mas dentro daquilo que conseguimos controlar eu coloco 2 vertentes diferentes. Uma que controlo que sao os materiais que utilizo e a influência que estes têm em acção de pesca. As canas, os carretos, a linhas e as suas diferentes espessuras, acessórios, etc, que me permitem ter um desempenho melhor.

Dentro disto depois também consigo controlar a forma como vou pescar, o isco que vou utilizar em determinados períodos da maré (caso seja necessário e para mim ás vezes é), a forma de iscar os diferentes iscos que levamos, e toda uma serie de coisas que pudemos fazer para alterar a sorte que queremos ter, o que podemos chamar de pesca proativa que é a segunda vertente e para mim, de longe, a mais importante.

 É muito fácil chegar a um pesqueiro, meter o isco la dentro e esperar.  E concerteza que já todos fomos assim numa fase inicial. E porque não alterar coisas ?! Se não estamos a ter resultados, que tal tentar perceber o que nos come o isco ?! Alterar para não nos comerem o isco. Experimentar mais longe, zona intermédia, mais perto. Mudar para estralhos mais finos, mais curtos, mudar o anzol se for necessário. Mas temos que perceber tambem onde estamos a pescar. Se a praia é rasa, funda ou se tem fundões ou caneiros. Mudar as canas uns metros mais para o lado.

 Nada na pesca é matemático, não há padrões infalíveis mas mais do que influência do material na pesca é muito mais influente a nossa postura proativa, ir entendendo com base na experiência que vamos adquirindo e isso passa por fazer experiência também.

Eu passo horas a insistir em coisas que por vezes não me dão resultados, o surfcasting as vezes é penoso.

A melhor forma de aprendermos é pescar muito, saber o que estamos a fazer, ter paciência. Aplicar o que sabemos ou que vamos ouvindo falar. Eu aprendo muito com a malta da embarcada, do spinning, da boia, até das pescas interiores. Interiorizo aquilo que acho que consigo transportar de uma pesca diferente da minha e aplico-a na minha forma de pescar. É só estar atento e práticar, muita pratica...

Há um rapaz aqui perto de mim que tem insistido muito em querer pescar comigo :). Disse-me a cana que tinha e o carreto que tinha e perguntou se dava. Não me recordo das marcas, não interessa para nada para era um carreto de embarcada e uma cana de 3.80mts. Eu respondi que dava, claro que dá. A minha primeira cana tinha 3.80mts e eu pescava tambem. Como é lógico, quando o levar comigo tenho que adequar o material que tem ao local onde vamos pescar. Mas com 3.80mts pode perfeitamente pescar aqui no rio ou em qualquer um dos molhes e fazer bons peixes.

Depois disto e pegando no que o fisherman também disse, partilhar as vezes tem complicações. Sempre fui a favor das partilhas, continuo a partilhar pescarias, entro em opiniões sobre pesca mas hoje tenho algum cuidado em partilhar alguns conhecimentos específicos em locais onde pesco por causa das garganeirice. Eu e uns amigos criamos uma página, e vamos partilhando pescarias e spot´s inclusive.

Claro que não publico no dia seguinte as capturas, mas tem graça que depois das partilhas há aqui algumas praias com uma afluência brutal, mas brutal mesmo, como se aquilo fosse lá chegar e pumba. Não conhecem o sitio e a maior parte utiliza maus iscos, maus tamanhos de estralho, más distâncias pelo que não é estranho serem mal sucedidos. Infelizmente correu muito mal para muitos, nesta ultima fase então foi penoso ver a malta não tirar nada. Vão na conversas das redes sociais em vez de molharem mais o cu >:D. Estava tentado a seguir o Fisherman sobre as douradas mas já que o tópico é sobre o canelão não vou seguir os passos. Até já noutro topico, fica o desafio  :)



« Última modificação: 14:08 Quarta, 06 de Dezembro de 2017 por Nelson Peres, Motivo: a »
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Re: "Canelão" Nacional.
« Responder #52 em: 15:09 Quarta, 06 de Dezembro de 2017 »
Todas as vossas opiniões são muito bem vindas e com toda a certeza avaliadas, e desde já vos deixo o meu muito obrigado a todos...................mas esta menina vai à água ver de peixinho :D .
Eu tenho a noção de que seria melhor uma cana mais moderna e outro carreto, só que de momento não é possível (por isso tentarei "remediar" a situação nos pontos que estão ao meu alcance , melhores fios, anzóis, estralhos e tudo o que puder fazer ) , mas o bichinho é mais forte do que eu , e nem que seja para ir apenas dar banho à minhoca , ou até mesmo para ir beber umas minis à beira mar.
Adoro pesca embarcada (e talvez seja essa a minha "praia" ) , das 2 que fiz , ainda trouxe uns bons quilos de peixe , mas trata-se de uma pesca mais dispendiosa e impossível de realizar com a assiduidade que gostaria, por isso vou tentando outros tipos de pesca sempre que possível...................

Quanto ao "espalhar" pesqueiros pela net , estou de acordo com as vossa opiniões, nunca irá trazer nenhum benefício , pois a GULA por vezes estraga o que existe de bom, prefiro ir à procura, meter as pernas a funcionar e através da tentativa/erro adquirir novos conhecimentos , pois o que pode ser bom para uns pode não ser para outros.
E graças a Deus não sou preguiçoso , e não tenho medo de "gradar", sempre pesquei muito mas em águas interiores , mas em mar estou muito tenrinho ainda. e graças aos membros deste forum e aos relatos das vossas experiências tenho aprendido muito, só me falta controlar o factor emocional relativamente a escolher um tipo de pesca, porque sinceramente "TODOS" me fascinam, embora poucos tenha praticado............................
 

Offline tiagopacheco

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Re: "Canelão" Nacional.
« Responder #53 em: 18:33 Quarta, 06 de Dezembro de 2017 »
Concordo em tudo com o que disseste Nelson, e o bonito da pesca é mesmo não podermos controlar tudo.. perdia a piada..
Há "padrões" que vamos reconhecendo, o peixe também se nota de ano para ano que vai aprendendo.. há muita coisa, muito pesqueiro diferente..
 

Offline fisherman

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Re: "Canelão" Nacional.
« Responder #54 em: 18:52 Quarta, 06 de Dezembro de 2017 »
Caros companheiros, a conversa está do melhor mas parece q entrámos tipo "pescadinha de rabo na boca", andamos às voltas, temos as mesmas ideias, dizemos as mesmas coisas mas no final até parece q discordamos.
NUNCA falei em canas XPTO caríssimas e rijas tipo "quebra costas", aliás nunca as aconselho para um iniciado pois requerem já dominar bem o lançamento, senão é "pum" e lá se vai toda a montagem. Na minha modesta opinião, deve-se começar sempre por uma semi-parabólica q não é tão exigente na prática e ir evoluindo para uma um pouco mais rija mais tarde ou até ficar nas semi-parabólicas se melhor se adaptar ao estilo do lançador.
Pessoalmente gosto mais das um pouco rijas (sem serem paus de vassoura!), já tive uma Daiwa Paul Kerry q despachei logo pois era mto curta e ...ai as costas! Mas tb uso semi-parabólicas com mares + mansos, linhas ultra finas e chumbadas leves pois adaptam-se melhor a esse tipo de pesca (beach ledgering) principalmente em praias rasas e mares suaves típicos de Vila do Bispo (Sagres) e Costa Vicentina, costa Sul do Algarve ou até cá por cima no Verão ou Outono, se bem cá o mar tem sempre uma pancada mais forte e mais tendência para correr. Canas com 3,80 para surfcasting? Atira para a água, mas as cristas das ondas altas de mares fortes "agarram" na linha e não para quieta e a chumbada está sempre a correr. Para mim, 4,20 no mínimo e usando estaca ou apoio de praia p evitar isso mesmo. O tamanho da cana deve ser tb em função da altura do lançador, senão há desiquilibrios de alavancas e não lançam nada. Em tempos idos havia a mania dos q se diziam mto valentes das com 5 mts e tal, era vê-los, aos + baixinhos, a bater com a ponteira atrás no chão e a chumbica a cair-lhes quase aos pés - LOL! Depois disto tudo, CLARO Q SÓ O MATERIAL NUNCA FARÁ O PESCADOR (quantas vezes terei k repetir isto!?) e só a mta experiência e errando, analisando e corrigindo depois este pode ficar + completo se souber ser humilde e ter capacidade e vontade de progredir e melhorar, principalmente no super exigente surfcasting pois a chamada "sorte de principiante" apenas acontece "calhando" e nunca ensinará nada a ninguém. Qto a dizer onde anda o peixe, não retiro 1 vírgula ao q eu disse pois já fui mto vítima disso, nos "bons velhos tempos" chegaram ao ponto de nos seguirem o carro para verem onde íamos (tinha 1 boa equipa) na Praia Grande e Santa Cruz, mas acabavam sempre enganados pois já sabíamos disso mto antes e não andávamos a dormir na forma. Saudações desportivas.
 
 
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Offline Nelson Peres

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Re: "Canelão" Nacional.
« Responder #55 em: 19:30 Quarta, 06 de Dezembro de 2017 »
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Canas com 3,80 para surfcasting? Atira para a água, mas as cristas das ondas altas de mares fortes "agarram" na linha e não para quieta e a chumbada está sempre a correr. Para mim, 4,20 no mínimo e usando estaca ou apoio de praia p evitar isso mesmo. O tamanho da cana deve ser tb em função da altura do lançador, senão há desiquilibrios de alavancas e não lançam nada.


Eu em momento algum falei em fazer surfcasting com canas de 3.80mts, falei sim em ajustar o pesqueiro á cana, no caso particular que especifiquei  ;D  Mas, como todos sabemos, Surfcasting tambem se faz sem sem em mar aberto :), e nesses casos os tais 3.80 mts e algum conhecimento, juntando alguma paciência é possível fazer brilharetes.

Vou contar uma pequena história. Um determinado dia fui á pesca com um amigo. Sem duvida, canas topo e carretos topo tambem e ele orgulhosamente destacava o material e diga-se tambem era e é um lançador bom. Chegou um rapaz com uma cana telescópica, uma geringonça mesmo  ;D e um carreto que deviam ver, coisa tão mal tratada. O fio devia ser um 0,45mm e a ponteira não tinha a cerâmica no ultimo passador, uma coisa surreal. O gajo lança e pronto, aquilo não saiu mais que uns 25 metros.

Esse meu colega achou graça ao lançamento e a gozar com o material e eu dizia-lhe que não é o material que faz o pescador. Nunca gostei desse tipo de abordagens porque eu não me sentia, nem me sinto inferiorizado por ter material muito mais fraco que o dele ou de qualquer outro, assim como não me sinto ser algo mais por ter material melhor que alguém. Nada disso. O que acontece é que o gajo 5 minutos depois de ter lançado tirou uma dourada de quase 2 kg, de forma pouco ortodoxa  ;D, nunca tinha visto alguém entrar dentro de agua com agua até ao peito para tirar um peixe. Esse meu amigo, imaginam como ficou. Eu fui lá ver se o rapaz precisava de ajuda, por não estava a perceber aquele «movimento» e fiquei contente, achei justo para o rapaz aquele momento e serviu de lição.

Não quero com isto dizer que o material não interessa. É claro que interessa, em mar aberto muita vezes faz a diferença. Mas que ninguem deixe de pescar por A ou B achar que um Canelão não serve para pescar. Claro que serve para fazer uma pessoa feliz. No entanto, concordo com o Tiago, SE eu tiver 100 euros prefiro comprar algo moderno que me permita atingir perfomances diferentes. Tudo evolui e temos que acompanhar a evolução, não em tudo, concordo também com o fisherman, muitas coisas são marketing puro mas faz parte.
Nelson Peres
 

Offline tiagopacheco

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Re: "Canelão" Nacional.
« Responder #56 em: 19:34 Quarta, 06 de Dezembro de 2017 »
Pois ainda agora fizeram marketing puro contigo ehehehehe
 

Offline fisherman

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Re: "Canelão" Nacional.
« Responder #57 em: 20:43 Quarta, 06 de Dezembro de 2017 »
O episódio da cana telescópica com ponteira sem ring, cana já mto velhinha e carreto dos chineses a capturar uma grande Dourada nada me diz para o caso. Na volta, até podia ter sido com qualquer cabo de vassoura (mas não da loja dos chineses - LOL) e um cordel se o peixe estivesse mmo ali aos pés! A "SORTE DE PRINCIPIANTE" E NUM SÒ EPISÓDIO QUE, APENAS POR MERO ACASO ACONTECEU ALI AO CALHAS, NUNCA ENSINARÁ NADA A NINGUÉM NESTA DIFÍCIL APRENDIZAGEM DO SURFCASTING! ANTES PELO CONTRÁRIO, CRIA FALSAS IMAGENS, DÚVIDAS E BARALHANÇOS E DESVIA AS ATENÇÔES DO Q REALMENTE É IMPORTANTE NESTA DIFÍCIL MAS APAIXONANTE MODALIDADE. Cria ilusão de facilitismo, descontração e falsas esperanças q nada tem a ver com a pura e dura realidade. Tb já vi casos desses aos montes "pescarem grandes peixes, sem saberem como e porquê", mas para mim são ZERO ou BOLA como agora se diz, não tem nada para se aprender com eles, são pura sorte e uma conjugação (inconsciente, claro) de fatores positivos no geral totalmente irrepetíveis. Saudações desportivas
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Re: "Canelão" Nacional.
« Responder #58 em: 21:01 Quarta, 06 de Dezembro de 2017 »
Ora aí é que eu discordo completamente, e o amigo diz isso porque não conhece a realidade do local que estou a falar ou da situação em si. As coisas as vezes acontecem ao acaso mas não é uma acaso fazer caso delas. Por isso eu escrevi, o contrário do que o amigo disse, que ás vezes apanha-se douradas á biqueira das botas. O que não interessa para sim para mim é importante, eu não descuro nada.

Aceito todas as opiniões, aceito que discorde seja do que for, mas não faço disso uma regra pois tenho por experiência que o acaso daquele amigo não era acaso nenhum. As coisas que acontecem ao acaso podem algumas vezes abrir-nos os olhos para coisas que nem imaginávamos que fossem possíveis. Não quero com isto colocar todos os peixes fortuitos no mesmo saco. 

Aceito que acredite na sorte, mas eu sempre achei que a sorte dá muito trabalho. Eu penso ao contrário de si, fico a pensar em todo o processo. E acredite, que aquele rapaz com a ponteira sem ring, sabe o que faz. É pescador habitual ali e esse meu amigo ao pé dele e com material de topo leva o bigode. Não era a primeira, nem a segunda dourada que tira mas lá está.... O sacana, e outros sacanas que conhecem aquilo são uns sortudos várias vezes, as vezes muitas  ;). Sigamos com os canelões nacionais. ;D
Nelson Peres
 

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Re: "Canelão" Nacional.
« Responder #59 em: 22:45 Quarta, 06 de Dezembro de 2017 »
Caro companheiro, nem por sombras duvidei do que disse e aceito plenamente a sua opinião, aliás como todas as de todos. Não pretendo ser, nem nunca isso me passou pela cabeça, o detentor da verdade absoluta que bem sabemos q na vida e muito menos na pesca, jamais existirá. Talvez pela maneira como descreveu o episódio com figurantes e cenários q desconheço, fui levado ou pensei erradamente em "sorte de principiante", facto de q lhe peço desculpa. Pescando durante mtos anos na Costa Vicentina e mtas vezes no Malhão Alto q nunca foi nem será "minha praia", levei grandes "banhadas" de pescadores locais com materiais e linhas q até me arrepiavam todo quando os via a sacarem brutos Sargos e gigantes Douradas "nas minhas barbas" enquanto eu tirava uma ou levava pra casa pesada e triste "grade" com boas canas, carretos e linhas. Porquê? Conheciam o local de olhos fechados, sabiam tudo o q o peixe ia fazer quando ferrado e o local certo onde o tirar facilmente. Aprendi mto com eles e fiz por lá boas amizades com gente simples e franca q nos explica tudo sem rodeios. Contudo, neste delicioso Fórum tenho preocupação de falar mais sobre a floresta e não de qq árvore em particular, não sei se me faço entender, pois certamente haverá iniciados e pessoal "danadinho"(e ainda bem!) em captar dicas e conhecimentos de surfcasting (teóricos é certo, mas bem melhor do q nada) e meter a poita na água para capturar seu 1º peixinho. Essa preocupação leva-me a não dar grande importância a casos + raros, alguns fruto apenas da sorte q confesso-lhe tenho muitos (alguns estranhos) para contar. Mais uma vez repito, concordando plenamente consigo: NUNCA SERÁ A QUALIDADE DO MATERIAL Q FAZ O PESCADOR MAS SIM A EXPERIÊNCIA ADQUIRIDA MAS BEM ASSIMILADA E TESTADA. Contudo, a partir de uma certa fase de conhecimentos, creiam q ajudará e muito na evolução e resultados por ele atingidos . Saudações desportivas
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