Boas
Um membro colocou-me uma questão e a justificação que lhe dei, acabei “empurrado” para dar a minha opinião a outros membros.
Não sou grande amante, para opinar sobre material, principalmente canas, porque uns gostam de canas de ação de ponteira/muito rápida (rijas, pouco reage para além da ponteira), progressivas/rápida, (vai progredindo a sua curvatura e algumas vezes confundidas com as canas semi-parabólicas), semi-parabólicas/moderada, (reagem ao peso com uma curvatura acentuada) e parabólicas/lenta, (com a maior curvatura de todas).
Depois temos quem goste de canas curtas, outros compridas e ainda outros de canas telescópicas e outros de canas de elementos/parte, como tal a variedade de marcas, modelos, comprimentos, telescópicas ou elementos e tipos de ação, são mais que muitos.
Partindo do pressuposto do título e tentando justificar algumas das minhas ideias, acho que para se fazer uma escolha de canas para pesca embarcada e deixando de parte muito do que já referi, acho que implica lembrarmo-nos que vamos estar dentro duma embarcação, para tal temos de pensar no seguinte e resumindo:
a)-a nossa altura,
b)-o comprimento da cana,
c)-o comprimento da montagem que vamos utilizar,
d)-a altura da amura/antepara do barco estar pela cintura,
e)-a curvatura da cana.
Para um indivíduo de estatura média, na casa de 1,70 m de altura, (alínea a), com uma cana com 3,5 m de comprimento, (alínea b), vamos utilizar uma montagem de 50 cm de estralho, que terá cerca de 2 m de comprimento, (alínea c), 85 cm do corpo está encoberto pela amura do barco, (alínea d) e vamos perder com a curvatura da cana, que não pode estar totalmente na vertical, com peso do peixe, do chumbo e comprimento da montagem e mais o restante perdemos cerca de 85 cm a 1 m ou mais dependendo do tipo de cana, (alínea e).
Como não podemos somar a nossa altura com o comprimento da cana, pois trabalhamos com a cana pela cintura, quando estamos a levantar peixe, porque temos de subtrair a altura da amura, ou seja o conjunto pessoa/cana, resume-se à cana.
Ao comprimento da cana de 3,5 m, temos de descontar os 2 m, do comprimento da montagem, caso a linha não tenha muita elasticidade. Depois temos de descontar a linha de água ao topo da amura, que nunca é menos de 1 metro e não nos podemos esquecer que temos de deixar alguma linha entre o destorcedor, onde está o topo da montagem e a ponteira da cana, para não termos acidentes, (ponteiras partidas), fazendo as contas, chegamos à conclusão que ficamos com muita pouco espaço de manobra, entre o destorcedor e a ponteira, na casa dos 25 cm, para além de muitas vezes a chumbada e o peixe do último anzol, bater na amura da embarcação e perdermos alguns deles.
Se utilizarmos montagens cujos estralhos sejam mais compridos, de 60, 80 e mais centímetros, temos de pensar em reduzir o número de anzóis, dos três habituais, para dois, ou quando adquirimos uma cana ter em linha de conta algumas destas nuances.
Numa montagem, com estralho de 60 cm de comprimento, teríamos um comprimento mínimo de 2,2 m.
Não sei se ajudei, sobre algumas incidências das escolhas na aquisição duma cana de pesca embarcada, mas alerto que gastei algum dinheiro em canas curtas e depois tive de fazer outros investimentos, comprando outras canas mais compridas, pescando atualmente com canas na casa dos 4 aos 4,25 m de comprido, apesar duma delas ter um extensor que aumenta mais 60 cm, muitas poucas vezes o utilizei.
Fiquem bem.
Braga